sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Sem conserto

Uma engenheira civil de 37 anos afirma ter sido vítima de intolerância religiosa ao tentar consertar seu celular no quiosque Prime Tech, localizado em um shopping de Belo Horizonte. O incidente teria ocorrido em 22 de setembro, mas só foi denunciado pela vítima nesta segunda-feira (7). Segundo o relato, a proprietária da loja teria reagido de forma agressiva após a engenheira mencionar seus Orixás, referindo-se à mulher como "demônio" e lançando o celular em direção a uma lixeira.

A engenheira conta que levou seu aparelho para reparo no dia 16 de setembro, após a tela apresentar uma mancha. Ao retornar para buscar o celular, ela percebeu que o microfone estava com problemas, impossibilitando o uso para ligações e envio de áudios. Ela voltou ao quiosque, onde foi informada de que o problema seria resolvido no final de semana seguinte.

Ao buscar o aparelho no domingo, 22, a situação piorou. A dona da loja teria afirmado que o problema no microfone já existia antes do conserto da tela e exigiu o pagamento de R$ 100. A engenheira, no entanto, contestou, dizendo que o áudio funcionava normalmente antes do reparo e mencionou sua religião, afirmando que não poderia mentir por seus Orixás. Foi nesse momento que a proprietária teria proferido as ofensas e arremessado o celular.

"Ela disse: 'sai daqui você e seus demônios', e jogou o celular em direção a uma lixeira", relatou a engenheira. O aparelho foi encontrado por um funcionário, que ajudou a vítima e acionou a segurança do shopping.

Ainda em choque e constrangida, a engenheira só percebeu a gravidade do ocorrido após pessoas ao redor comentarem sobre o ato de intolerância religiosa. Posteriormente, ela procurou o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) do shopping, que a encaminhou para uma reunião com a administração. O centro de compras se desculpou pelo incidente e garantiu que as imagens de segurança estavam à disposição para um possível processo judicial.

Contudo, após a engenheira registrar boletim de ocorrência e acionar o advogado Wagner Dias, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG, o shopping se recusou a fornecer as filmagens, alegando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). "Iniciaremos os procedimentos judiciais para que essas imagens sejam liberadas o mais rápido possível", afirmou o advogado.

A assessoria de imprensa do shopping repudiou qualquer forma de discriminação em nota oficial, mas reiterou que as imagens só podem ser disponibilizadas mediante solicitação das autoridades competentes, conforme a LGPD.

Fonte: https://revistaforum.com.br/brasil/2024/10/8/sai-demnio-intolerncia-religiosa-registrada-em-shopping-de-bh-167113.html

Nota: enquanto isso, o governo e jornais ditos progressistas tentam promover a compreensão e o diálogo com a comunidade evangélica.

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