segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Entre Jardins e Deusas

Lilith, a primeira mulher, havia desafiado a ordem divina. Recusando-se a ser submissa a Adão, ela havia voado do Jardim do Éden, suas asas recém-descobertas a impulsionando para um mundo desconhecido. Vagou por terras áridas e florestas exuberantes, buscando um lugar onde pudesse ser livre.

Em uma noite estrelada, ao lado de um lago cristalino, Lilith se deitou para descansar. A lua, em seu esplendor, iluminava uma figura feminina que se aproximava. Era Inanna, a deusa suméria do amor, da guerra e da fertilidade. Seus olhos cintilantes, como estrelas, penetraram a alma de Lilith.

– Quem é você, criatura da noite? – indagou Inanna, sua voz melodiosa ecoando no silêncio da noite.

Lilith, tímida, contou sua história. Inanna ouviu com atenção, fascinada pela coragem daquela que ousara desafiar os céus.

– Você é livre, Lilith. Mas a liberdade tem um preço. – Inanna sorriu enigmaticamente. – Você precisa aprender a sobreviver neste mundo.

E assim, Lilith tornou-se aia de Inanna. Aprendeu os segredos da magia, da sedução e da guerra. A deusa a ensinou a dominar seus poderes, a controlar suas emoções e a navegar pelas complexidades do mundo divino.

Com o tempo, um sentimento profundo nasceu entre elas. A admiração inicial de Inanna por Lilith se transformou em afeto, e o respeito de Lilith por Inanna em amor. Elas se entregaram a uma paixão intensa, vivendo uma relação proibida e avassaladora.

Em uma de suas viagens, Lilith e Inanna encontraram Ishtar, a deusa babilônica do amor, da fertilidade e da guerra, equivalente a Inanna. Ishtar, com sua beleza exuberante e personalidade forte, atraiu Lilith imediatamente. As três deusas, unidas por laços profundos, passaram a viver juntas, explorando os prazeres da vida e os mistérios do universo.

Lilith, que antes se sentia sozinha e perdida, encontrou em Inanna e Ishtar uma família, um lar. Ela aprendeu que Yahweh não era o único Deus, que existiam outras divindades, cada uma com sua própria visão do mundo. A convivência com as deusas a fez questionar tudo o que havia aprendido sobre o paraíso e o pecado.

Lilith, a exilada do Jardim do Éden, tornou-se uma figura poderosa e respeitada no panteão divino. Ela era mais do que apenas a amante de Inanna e Ishtar; era uma guerreira, uma maga e uma amante apaixonada. Sua história, contada em sussurros e canções, inspirou gerações de mulheres a buscarem sua própria liberdade e a desafiar as convenções.

E assim, Lilith, a primeira mulher, encontrou seu lugar no mundo, não como uma pecadora, mas como uma deusa, vivendo em um eterno verão ao lado das mulheres que amava.

Criado com Gemini, do Google.

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