quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Na falta de razão, ódio

Eu tento estar disposto para o debate e o diálogo. Neste blog, pode-se ver críticas de ateus, cristãos e outros.

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Em algum lugar eu escrevi que eu não vou brigar com o Azarão. Isso seria tão estúpido quanto brigar por torcer por um time diferente.

Mas eu posso analisar, comentar e criticar seus textos.
Citando:

"90% dos professores que conheço, merecem essa perseguição. Esquerdistas de merda, postulantes de que todo trabalho é exploração, sempre usaram da liberdade dada em sala de aula para escolherem seus currículos e didáticas, sempre usaram a liberdade de cátedra para não fazerem nada, para não darem o mínimo do conteúdo necessário, usaram desse, digamos, assim, voto de confiança, para transformar suas salas de aula em celeiros de semianalfabetos doutrinados na nefanda ideologia esquerdista."

Dentro de uma perspectiva estatística, esses "90% dos professores" que ele conhece representa quanto, dentro do total do censo brasileiro? Não tenho elementos para avaliar essa afirmação.

Na cantilena irracional e reacionária do Azarão, esses "professores esquerdistas" postulam que o trabalho é exploração.
Como eu não tenho elementos para entender o que ele conceitua como "professor esquerdista", ainda assim, por observação, eu posso afirmar que existem "professores direitistas/conservadores", com notáveis sinais de mente limitada, tacanha, militarista e fascista/nazista, frequentemente associado com o fundamentalismo cristão e isso não é mera coincidência.

Por inevitável associação, ao se postar contra o estudo da política, da economia e da sociedade, eu posso reconhecer e definir o Azarão como sendo de direita e reacionário.
A análise do modo de produção capitalista demonstra que o trabalho é exploração e expropriação. Omitir, negar ou tentar refutar esse fato é sinal de alienação.
Cabe tanto à sociologia quanto à psicanálise estudar o que faz um trabalhador (professor?) rejeitar uma teoria comprovada para defender seu inimigo de classe.

O absurdo contido na afirmação de que os "professores esquerdistas" fazem uso da "liberdade dada em sala de aula para escolherem seus currículos e didáticas" demonstra desconhecimento da própria profissão. Existe uma lei e um programa de governo na educação pública que deve ser seguido. Assim como existe uma exigência curricular que é auferida por provas de caráter municipal, estadual e federal. E por observação, ao me deparar com textos escritos por conservadores/direitistas/reacionários/fundamentalistas cristãos, sabendo que muitos "aprenderam" com Olavo de Carvalho, eu posso apontar analfabetismo funcional e indigência acadêmica.

Diga-se de passagem, com tantas pessoas inocentes mortas por fome, doenças e guerras patrocinadas pelo capitalismo, defendido tão arduamente pelos conservadores/direitistas/reacionários/fundamentalistas cristãos, eu posso me questionar onde fica a ética e a moral desses senhores.

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