Hoje [dia 24] é a festa de João Batista que, na tradição cristã, agiu como iniciador de Cristo pelo sacramento do batismo. O nome "João" vem do hebreu "Yohanen" significando "vindo das águas".
A história de João Batista parece ser um eco de uma história pagão muito mais antiga - a história de Oannes, o Deus-peixe iniciador dos Babilônicos. De noite, Oannes se ergueria do mar e, como outros Deuses mensageiros, ensinaria arte, linguagem e ciências. Estas duas figuras, Oannes e João Batista, dividiam não apenas o nome, mas uma função (iniciação pela água). Na história cristã, é Jesus quem se torna o mensageiro de Deus, mas mesmo no século II, os Evangelhos afirmavam: "Agora o povo estava cheio de expectativa e todos perguntavam em seus corações se João não seria o Messias”.
De fato, muitos cristãos no Oriente Médio erma batizados não em nome de Jesus, mas em nome de João/Oannes.
Existem mais pistas pagãs em volta da figura de João Batista: ele foi decapitado e sua iconografia era centrada na cabeça cortada. Isto pode parecer concordar com várias tradições do Oriente Médio e Célticas quanto à veneração de uma cabeça decepada. Os cavaleiros templário, também, eram suspeitos de adorarem uma cabeça cortada e descrita como tendo as mesmas propriedades do Santo Graal. Vale a pena dizer que a palavra "graal" vem da palavra em latim "prato [ou travessa-NT] raso de serviço" (não um copo) e é em um travessa que a cabeça de João Batista era tradicionalmente desenhado (e para deixar a materia mais interessante, se João era o Messias, então tal vasilhame certamente continha o "sangue de Cristo").
Há outro João/Oannes no panteão cristão: João Evangelista, cuja festa é no solstício de inverno, coincidindo com o par do Rei Azevinho e o Rei Carvalho descritos por Robert Graves no livro "A Deusa Branca".
Para ser claro, eu não estou falando de história aqui, mas mito: como estas histórias se entrelaçam e dançam juntas, como elas flirtam uma com a outra através das crenças e culturas vizinhas e são reinterpretadas e ilustradas usando motivos familiares. A batalha perceptiva entre o Paganismo e o Cristianismo é um revisionismo recente e histórias que tornam a cultura ocidental serem desordenadas, confusas, suculentas e mágicas como qualquer outro empreendimento humano.
Fonte: Wild Hunt
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