As festas juninas estão profundamente gravadas no imaginário de todos os brasileiros. Quem, numa noite de junho, não pulou fogueira, comeu canjica ou bebeu quentão? Quem não dançou quadrilha, soltou rojão e, sobretudo no Nordeste, não subiu num pau-de-sebo? Essas festas são as mais alegres e populares celebrações de fundo religioso do nosso país, sobretudo em cidades do interior e zonas rurais. Embora muita gente nas grandes metrópoles ainda as comemorem como folguedos indispensáveis no início do inverno.
Apesar da sua popularidade, poucos sabem que todas as festas juninas são herança, assimilada pela Igreja Católica, de festividades pré-cristãs ligadas a cultos da fertilidade. No hemisfério norte, junho marca a chegada do verão, da abundância e da alegria.
Nessa época, os pagãos europeus comemoravam o solstício de verão (o dia mais longo e a noite mais curta do ano, o que ocorre no hemisfério norte por volta de 21 de junho) com rituais ligados às colheitas, dos quais faziam parte sacrifícios aos deuses da terra e da fertilidade.
Essa tradição já existia nas culturas egípcia e grega, que a passaram aos romanos. O período era também considerado o mais propício em todo o ano para as “atividades de reprodução” da espécie...
Porque se uma mulher engravidava no decorrer de junho, iria ter a criança entre março e abril do ano seguinte, quando o inverno estaria terminando e as primeiras frutas e verduras surgindo, enquanto, ao mesmo tempo, pariam as vacas, cabras e ovelhas, e as aves chocavam seus ovos. Tudo isso significava: comida farta, e leite no peito para as crianças.
Fonte, citado parcialmente: https://www.brasil247.com/cultura/noite-de-sao-joao-o-misterio-das-festas-juninas
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