Afrodite é uma deusa tão velha quanto o tempo, pertencendo a uma linhagem de deusas femininas que representavam a fertilidade na Antiguidade. O culto de Afrodite foi provavelmente baseado no culto de Astarte da Fenícia, que era venerada em todo o Oriente Médio como soberana do mundo. Entretanto, como o sincretismo religioso era muito forte naquela época, não se sabe com exatidão qual a origem das deusas. Por exemplo, no Império Babilônico, Astarte foi relacionada à deusa Ishtar. Ela também seria associada com a deusa síria Atargatis e com a deusa do amor suméria, Inanna. Segundo Pausânias, os assírios foram a primeira civilização a fundar um culto de Afrodite, tese que faz sentido, tendo em vista uma pesquisa que revela a influência mesopotâmica sobre a sociedade e mitologia grega, antes de 700 AC. O culto de Afrodite na Grécia provavelmente foi introduzido da Síria para as ilhas de Chipre, Citera, Corinto e outras, de onde se espalhou por toda a região grega. [...] Vê-se que Astarte, Ishtar, Inanna, Hator e Afrodite eram deusas de atributos comuns, que geralmente eram vistas como uma só deusa, sendo difícil determinar com precisão quem influenciou quem, embora os historiadores concordem que o culto de Afrodite é de origem oriental. No Império Romano, outro sincretismo ocorreria e Afrodite seria transformada em Vênus.
Apesar dos esforços dos mitógrafos no sentido de “helenizar“ Afrodite, esta sempre traiu sua procedência asiática. Já na Ilíada isso é bem perceptível. Sua proteção e predileção pelos troianos que vivem na Ásia Menor e particularmente por Eneias, fruto de seus amores com Anquises, denotam sua origem não grega. No Hino Homérico a Afrodite, o caráter asiático da deusa ainda é mais claro: apaixonada pelo herói troiano Anquises, avança em direção a Troia, com o nome Ida (que daria nome ao monte Ida), acompanhada de ursos, leões e panteras. Sua hierofania voluptuosa transforma até os animais que se recolhem à sombra dos vales, para se unirem no amor que transborda de Afrodite. Essa marcha amorosa da deusa seguida por animais em direção a Ílion (Troia) mostra nitidamente que ela é uma Grande Mãe semelhante a Astarte, que era representada escoltada por animais.
Seu amante Adônis nos leva igualmente à Ásia, uma vez que Adônis é mera transposição do babilônico Tamuz, o favorito de Istar-Astarté, de que os gregos modelaram sua Afrodite. Como se pode observar, desde suas características e mitos mais importantes, Afrodite nos aponta para a Ásia. A helenização a transformou de Grande Mãe a um dos onze deuses submetidos a Zeus e com papel reduzido às paixões humanas. Porém, quando é esculpida e pintada com seus golfinhos, o bode, o ganso, o cisne e a pomba, pode-se vislumbrar claramente sua antiga linhagem. Desta maneira a deusa, bem como suas antepassadas, é um símbolo das forças irrefreáveis da fecundidade, não propriamente em seus frutos, mas em função do desejo ardente que essas mesmas forças irresistíveis ateiam nas entranhas de todas as criaturas. Eis o motivo por que a deusa é frequentemente representada escoltada por animais ferozes.
- Wikipédia
Para os romanos a África era quase somente o Egito, seguramente a sua mais valiosa conquista!
Obviamente que a designação Ifru é já uma transliteração arabizante porque o termo original deveria ser muito mais próximo da fonética latina de África…e do nome dos Aferes, Afridi ou Afes. O nome da deusa seria Afridi-te que passou para Chipre como Afrodite nome solene com que chegaria à Grécia.
Afridite é literalmente a deusa dos Afri-di, que por sua vez já era uma redundância que significava deusa Afri ou Afer.
[...]
Analisando todos os termos gregos com raiz afr- verificamos que eles são fundamentalmente de dois tipos: espuma e a falta de senso!
A - A semântica da raiz afr- relativa a “falta de senso” parece ser de origem recente por serem a mera negativa do termo phren relativo a vísceras (diafragma, coração e mente) com a conotação de interior do corpo enquanto sede de emoções autênticas, em torno do núcleo ἄφρων = sem sentido, oposto de Gr. φρήν phrén, phrenós = diafragma, a víscera que revela a vontade capaz de travar a respiração e por freio aos instintos, => entranhas > vísceras > coração enquanto fonte de paixão profunda > sentimentos genuínos > espírito altivo => cérebro fonte de intenção, sensatez inteligência emocional > juízo > mente.
B – A origem de afros com a semântica de espuma não parece clarividente.
Analisando as variantes conhecidas de nomes de entidades mitológicas foneticamente próximos do de Afrodite, verificamos que o que existe de comum nestes nomes é de facto a raiz virtual *aphr-.
A tradição de que o nome de Afrodite veio de África é muito forte, e neste caso teria sido do Egito, a grande Líbia por excelência dos gregos, por intermédio de Chipre, que parece ter sido o local onde nasceu Afrodite!
Aphar | Imediatamente. |
Aphareus | Supostamente barbatana ventral [barriga] de atum fêmea |
aphertos | Insuportável, intolerável. |
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