Ativistas dos direitos femininos subiram à passarela da semana de moda da Ucrânia, na última terça-feira, 19, para protestar. Com seios à mostra, as manifestantes empunhavam cartazes com frases como "Passarelas são como açougues" e "Modelos, não terminem em um bordel".[Ego][link indisponível]
Ponto para as integrantes do Femen, um grupo de feministas da Ucrânia.
Ponto para este blog, que encoraja o uso da nudez como ferramenta da militância, como eu escrevi no texto "Militância pelo corpo".
Só em uma sociedade sexualmente doente a nudez [especialmente a feminina] incomoda tanto a ponto de apenas poder ser expressa nas ditas revistas "adultas". Existe uma associação deliberada de que nudez=sexo=mulher=pecado. Um sistema social/politico/religioso que se sustenta pelo medo, insegurança, patriarcado, machismo e sexismo.
A Imprensa local não explica nem divulga os ideais dessa organização [a Femen] exatamente porque é cúmplice e colaboradora.
Usando o oráculo virtual [Google], eu encontrei quem são e o que defendem as integrantes do Femen:
As FEMEN são um movimento social composto na sua maior parte por mulheres, (integram-no alguns homens também) e que tem chamado já em ocasiões anteriores chamado a atenção internacional por as activistas se manifestarem em topless contra a prostituição e contra o turismo sexual.
Alguns dos objectivos deste movimento são desenvolver as capacidades intelectuais, morais e de liderança nas jovens ucranianas, e desenvolver a imagem da Ucrânia como um país onde existam oportunidades para as mulheres.
O movimento FEMEN foi fundado em 2008 por Hanna Hutsol (nascida em 1983) depois de ela ter ficado aturdida com as histórias de muitas mulheres ucranianas que têm sido atraídas para países estrangeiros com falsas promessas de trabalho, e que acabam por se tornarem vítimas do tráfico e escravatura sexual.
"Criei este movimento porque compreendi que havia falta de ativistas femininas na nossa sociedade.
A Ucrânia é uma sociedade dominada pelos homens e na qual as mulheres têm um papel passivo".
Desde então a organização tem protagonizado bastantes manifestações "sexualmente apimentadas" em Kiev, junto dos gabinetes ministeriais e junto da embaixada turca em Kiev.
A senhora Hutsol, é veementemente contra a legalização da prostituição na Ucrânia e a FEMEN (que já integra perto de 15 mil jovens, sobretudo mulheres) propôs a introdução de leis na Ucrânia que criminalizem a indústria do sexo em Maio último.
A FEMEN justifica os seus métodos provocativos alegando "que este é o único meio de se ser ouvido neste país.
Esta forma de protesto é também uma forma de ironicamente alertar para muitas das incongruências de uma sociedade que continua a relegar os seus cidadãos do sexo feminino atribuindo-lhes um papel secundário.
"Se encenássemos os protestos tradicionais com bandeiras, os nossos protestos passariam despercebidos."
5 comentários:
Ponto para o fauno...
agora vou usar a minha telepatia e te perguntar se vc gostaria q aqui tbm se fizessem manifestações desse tipo... sim, claro, vc respondeu... kkkkkkkkkkkkk...
viu, funcina mesmo... kkkkkkkk...
a telepatia sim...
agora a manifestação já não sei, uma vez q a nudez feminina já está tão gasta e explorada por aqui... talvez nesse caso, se usarmos homens, a nudez masculina, talvez chame atenção... ou não...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk...
mas o protesto das meninas/os foi mesmo inteligente... muito bem blogado... ( e eu fico até com vergonha viu, como eles novinhos assim já se articulam e fazem essas coisas e nós, nós o q faremos? )
bjins
a telepatia funciona melhor que o roteador...
nudez masculina também é bem vinda, afinal, atrai público feminino.
como sujestão para manifestações, além da nudez, que tal sexo? };~~~
Salvo erro a foto foi publicada no meu blogue e aqui aparece sem nenhum crédito....
Olá, Beto,
Acredito, significa apenas que o tal sítio de notícias usou a foto publicada pelo nosso blogue (Ucrânia em África) e que originalmente foi publicada no Live Journal da FEMEN (http://femen.livejournal.com/80829.html). Assim poderemos falar dos créditos para todos!
Caraca, Jest! Eu estou revisando textos meus e só agora me dei conta disso!
Por diversos fatores [incluindo a estranha sensibilidade das mídias de rede em relação à nudez, sobretudo a feminina], eu não postei nem vou postar a foto.
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