A face do Deus das Bruxas [e dos Bruxos };)] como um caçador noturno certamente perturba a imaginação puritana e provincial de muitos neopagãos - especialmente os que adotam o vegetarianismo e defendem os "direitos dos animais". Mas eu não vou criticar esta visão e sim falar de Herne.
Usando o oráculo virtual [Google], eis o que encontrei:
Na mitologia céltica, a entidade chamada Herne (mesma raiz de horn e de corno), Cernunos, Carnum, representa o ciclo infindável de morte e renascimento vivenciado pela natureza e, portanto, acabou associada não somente aos rituais da fertilidade, mas, também, ao Submundo, o reino Inferior onde habitam os mortos. Sob esse aspecto, como captor e regente dos mortos, Herne recebia o nome de Gwyn Mab Nud ou Arawn e era o governante de Annyvn, o Submundo celta, e portanto um equivalente do greco-romano Hades/Plutão.
Gwyn Mab Nud ou Arawn eram tidos como os condutores da chamada Caçada Selvagem que, por ocasião do Equinócio de Outono, fendia os céus setentrionais da Europa numa celebração dionisíaca da vida que era uma rememoração em nome dos finados e, também, uma preparação para a morte simbólica da natureza que, em breve, perderia seu viço ante a chegada do Inverno*. A trompa desses deuses caçadores era um presságio para a morte, e uma lembrança, de que a vida se nutre do passamento cíclico da luz para a escuridão, e de que, deste modo, a Longa Noite do Inverno também fazia parte da natureza harmoniosa do Mundo.[Duvendor]
No folclore inglês, Herne o Caçador é um fantasma equestre associado à Floresta de Windsor e o Grande Parque na região inglesa de Berkshire. Sua aparição é notada pelo fato que ele tem chifres em sua cabeça. [Dizem que ele é o condutor da Caçada Selvagem]
Dizem que Herne foi um caçador à serviço do Rei Ricardo II dentro e em volta da Floresta de Windsor. Ele salvou a vida do rei quando este foi atacado por um corço branco, mas foi mortalmente ferido. Um mago local curou-o com seus poderes mágicos, o qual envolvia atar os chifres do animal morto na cabeça de Herne. Em troca, entretanto, Herne teve que deixar sua vida de caçador. Os outros caçadores o consideraram um ladrão. Como resultado, ele perdeu o favro do rei. Ele foi encontrado no dia seguinte enforcado em um carvalho.
A referência mais antiga de Herne vem da obra de Shakespeare, "The Merry Wives of Windsor". [As Alegres Comadres de Windsor]
Isto registra muitos aspectos do fantasma de Herne. Mais detalhes de visões relatadas foram acrescentados ao folclore local, como a de 1920. Ele aparecia portando chifres, algumas vezes debaixo da árvore onde foi enforcado, mas na maior parte das vezes é visto cavalgando, acompanhado por outros caçadores e as almas cativas daqueles que ele encontrou em sua jornada. Ele é então um fantasma de um presságio ruim.[wikipedia]
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