Quando se fala na herança cultural e religiosa destes tipos étnicos, a análise ou explicação das raízes míticas destes povos ficam complexas e dificeis de esclarecer.
Os descendentes dos Europeus estão redescobrindo suas raízes Pagãs enquanto os descendentes dos Árabes ainda estão na Idade Média da Teocracia. Ainda assim as raízes míticas dos Árabes conseguiu sobreviver à reforma do profeta Mohamed – um tipo de Zoroaster do povo Árabe – nas lendas de Simbad e Alladin. Entretanto, o livro “As Mil e Uma Noites” está para a antiga religião Árabe como o livro “Teogonia” está para a antiga religião Grega.
Antes do profeta Mohamed existia entre os Árabes alguma forma de religião antiga que pode ser considerada, a grosso modo, de ‘religião pagã’ pelo fato que esta religião foi banida e proibida pela reforma do Islã. Mas qual, efetivamente, seria a ‘antiga religião Árabe’ que existia antes do profeta e sobreviveu de forma fragmentada na religião do Islã? Pelo que se indica no Alcorão [Surata 15,26-27], a ‘antiga religião Árabe’ era politeísta [veja o tópico sobre as ‘raízes míticas do Islamismo’] e evocava entes elementares chamados de djinn [gênio, em português], da mesma forma como existiu entre Gregos e Europeus.
Entidades elementares, ligadas metafísicamente à Natureza estão presentes em todas as religiões. Os Judeus praticamente deram aos Cristãos a idéia dos anjos; os Gregos tem os daemons, de onde os Cristãos desenvolveram a idéia de demônio; os Europeus tem a idéia das fadas, gnomos, duendes, elfos.
O povo Árabe [como também o povo Judeu] foi formado por diversos povos, todos politeístas e animistas, começando pelos Sumérios, pelos Babilônicos, pelos Assírios e pelos Cananeus. Mais específicamente, a reforma do Islão assimilou a religião dos clans árabes diretamente ligados ao profeta, como os clãns Hachemita e o clã Coraishita, bem como assimilou a religião do povo Nabateu, do povo Sabeu e do povo Arameu. A tendência ao monoteísmo se deve às influências do Zoroastrismo, Judaísmo e Cristianismo. Os djinn são um resquício dessa herança ancestral que nós, (neo)Pagãos, esperamos que os muçulmanos e seus ‘primos’ monoteístas redescubram para que cesse toda forma de fanatismo, fundamentalismo e intolerância.
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