Era uma vez, em uma cidade que mais parecia um grande arco-íris, um grupo de amigos que decidiu que era hora de falar sobre algo que, embora muito sério, poderia ser abordado com um bom humor. O nome do grupo? "Os Desconstruídos". Liderados por Letícia, uma mulher cisgênero de cabelos curtos e multicoloridos, eles se reuniam na sala de estar do apartamento dela, que estava repleta de almofadas de todos os formatos e cores, e mais cartazes do que paredes.
Letícia: Com seu estilo de roupas oversized e sempre pronta para um bom meme, Letícia tinha o talento de transformar qualquer situação embaraçosa em uma risada. Ela acreditava que o riso era a melhor ponte para a compreensão.
Tiago, um homem cisgênero de barba bem cuidada e sorriso fácil, sempre se sentia um pouco inseguro ao tocar no tema. Mas sua vontade de aprender e apoiar os amigos era maior do que seus receios. Ele era o tipo de pessoa que trazia biscoitos para as reuniões, uma tentativa de fazer todos se sentirem bem, mesmo que, às vezes, os biscoitos fossem uma tentativa falha.
Juliana, uma mulher trans que arrasava em qualquer look que escolhesse, com um estilo glamouroso e um talento incrível para as redes sociais, tinha um senso de humor mordaz e um olhar penetrante que fazia qualquer um sentir que estava sendo examinado por um juiz. Ela sempre brincava que suas selfies eram o seu melhor trabalho de arte.
Marcos, um homem cisgênero que adorava a cultura geek, com camisetas de super-heróis e uma coleção invejável de action figures, entrou na sala com um olhar preocupado. Ele estava ali para aprender, mas sempre tinha medo de fazer alguma pergunta que fosse "politicamente incorreta". Ele era o tipo que riu das piadas de Letícia, mas só depois de se certificar de que era seguro.
Por último, havia Alex, o amigo não-binário do grupo. Com um cabelo desgrenhado e vestindo uma camiseta que dizia "não é sobre o gênero, é sobre a vibe", Alex era o verdadeiro enigma do grupo. Eles estavam sempre prontos para jogar um pouco de confusão no ar, especialmente quando se tratava de gênero.
Naquela noite, o grupo decidiu que era hora de um workshop sobre gênero e sexualidade. O ambiente estava leve, os biscoitos de Tiago estavam sendo devorados e as almofadas eram usadas como se fossem assentos em um conselho real.
Letícia: "Bom, gente, acho que devemos começar. Alex, que tal você iniciar?"
Alex respirou fundo, sentando-se ereto como se fossem fazer uma apresentação em um TED Talk.
Alex: "Então, gente, como vocês sabem, eu me identifico como não-binário. Isso significa que eu não me encaixo apenas nos gêneros masculino ou feminino. É como estar em uma festa onde todas as músicas são boas, mas você pode escolher não dançar com ninguém."
Juliana, com um sorriso maroto, interveio: "Então você é o DJ da festa?"
Alex: "Exatamente! E, por favor, nada de 'mas você não parece não-binário'. Não é sobre aparência, é sobre o que eu sinto. E, a propósito, meu cabelo desgrenhado é uma escolha artística!"
O grupo riu. As perguntas começaram a surgir.
Tiago: "Mas, tipo, como você se apresenta? É tudo sobre a roupa ou existe algo mais?"
Alex: "Ah, a roupa é apenas uma parte da história. Às vezes, eu uso saias, outras vezes, só me visto com roupas que me fazem sentir confortável. No fundo, é tudo uma questão de se sentir bem na própria pele."
Marcos, que estava tentando absorver tudo, levantou a mão como se estivesse na escola.
Marcos: "E se alguém perguntar o seu pronome? Como você responde?"
Alex sorriu. "Ótima pergunta! Eu geralmente digo que meus pronomes são 'eles/deles', mas o mais importante é que eu me sinta respeitado. Se alguém disser o que quiser, só vou corrigir educadamente."
Letícia: "Então, você é como um super-herói? Onde o poder está na escolha?"
Alex balançou a cabeça com entusiasmo. "Exatamente! Cada um de nós tem superpoderes diferentes em relação à identidade."
Juliana: "Ei, falando em superpoderes, eu definitivamente preciso do meu próprio filme. Tipo, 'Juliana: A Rainha das Redes Sociais'."
O grupo riu mais uma vez, e a conversa fluiu para mais experiências pessoais.
Tiago: "Eu cresci ouvindo que tinha que ser macho, forte, sabe? Mas, honestamente, eu só queria dançar e usar glitter. Agora que estou aprendendo mais, estou tentando ser mais eu mesmo."
Marcos: "Isso me faz pensar... Eu sempre me senti meio deslocado em relação ao que esperam de mim. É como se eu estivesse tentando ser o Batman, mas na verdade, sou mais o Alfred."
Letícia: "E se você é o Alfred, isso é incrível! Ele é um dos melhores personagens! E agora, quem vai ser o Robin?"
A sala estava cheia de risadas e apoio mútuo.
Juliana: "Às vezes, só precisamos deixar de lado as expectativas e apenas ser. O importante é encontrar a nossa própria verdade, com ou sem glitter."
Ao final do encontro, todos estavam mais leves, mais felizes e, mais importante, mais informados. E enquanto se despediam, Alex fez uma última observação:
Alex: "Lembrem-se: todos nós somos como confetes em uma festa – brilhantes e únicos! E o mundo precisa de mais festa!"
E assim, com risadas ecoando pela casa de Letícia, o grupo "Os Desconstruídos" aprendeu que, independentemente da identidade, o importante era se aceitar e, claro, se divertir. Afinal, a vida é uma grande festa, e cada um pode dançar ao seu próprio ritmo.
Criado com Toolbaz.
Baseado no desenho Peepoodo.
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