Os acólitos da Igreja defendem as posturas, as idéias e as doutrinas dela, mesmo quando algo apenas resvala em alguns de seus dogmas e doutrinas.
Aqui eu noticiei sobre a polêmica causada pela Playboy Portugal por ter feito um ensaio de mulheres nuas ao lado de uma figura semelhante a Cristo. Isto foi suficiente para causar uma reação da Igreja e seu rebanho contra o que dizem ser um desrespeito à Igreja e à crença Cristã. Apesar de considerarem o corpo o templo do Espirito Santo. E não há Cristo que os faça enfrentar seus medos, inseguranças, recalques e frustrações quando o assunto é sexo, prazer, desejo. Para este blog e seu autor, a nudez, especialmente a feminina, deveria ser considerara arte sacra. Se há alguém que pode se indignar contra esta e outras ditas revistas "adultas" são as mulheres, pela forma como são tratadas.
Eis que em minhas pesquisas pela internet eu me deparei com a publicação em blogs católicos de imagens coletadas do Grantham Collection, uma página/instituto pró-vida. As imagens querem convencer pela repugnância à violência, ou pode ser um apelo emocional tentado evocar a simpatia das pessoas aos fetos (não são bebês, nem são pessoas). As imagens são de instrumentos cirúrgicos que, segundo os autores, são usados em abortos. Instrumentos cirúrgicos são muito assustadores, para qualquer um, em muitos outras dependências médicas e cirúrgicas. Mas eu não vi até hoje alguma página/instituto divulgando os "instrumentos de tortura" das clínicas de cirurgia plástica. Não há mais argumentos técnicos ou científicos. Não há mais discussões sobre ética ou moral. A estratégia simplesmente se resumiu em terror psicológico. Uma estratégia bem semelhante utilizada por vegans, mas isso é outro assunto.
Não se enganem com estas estratégias desonestas, a Igreja não faz esta campanha em prol dos "direitos" desses "bebês inocentes" (um feto não é um bebê, nem é uma pessoa), mas para manter seu poder e influência na sociedade. A Igreja se coloca como defensora do casamento, da família, da vida e dos valores sociais, não porque esta é bondosa, mas por razões corporativas. Seja pela história ou por notícias recentes, a Igreja tem demonstrado que não observa os próprios conselhos que emite aos seus devotos. A guisa de comparação, foi a Igreja que, durante a Idade Média, promoveu, estimulou ou utilizou dos mais diversos instrumentos - deliberadamente construídos para inflingir o máximo de dor - contra os acusados de heresia e prática de bruxaria. Apelação por apelação, se o uso de um instrumento mata ou causa dor a um inocente e quem o usa é criminoso, a Igreja é a maior criminosa. Portanto nem a Igreja nem os Católicos têm autorização alguma para utilizar desse terrorismo psicológico para forçar a opinião pública a seu favor. A questão do aborto continua sendo uma questão médica.
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