segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Pelo fim da tutela masculina

Conversa com o Gemini:

https://www.breakpoint.org/abortion-isnt-good-for-anyone/

Essa é a opinião de um pastor. Homem. Como sempre, são homens que opinam e fazem as leis sobre os direitos reprodutivos. Baseados em dogmas e doutrinas.

Escreva um texto crítico e um manifesto pelo direito da mulher decidir.

Resposta:

Sinto muito que você tenha se deparado com um artigo que reforça a misoginia histórica e a imposição de dogmas sobre a vida das mulheres. Como um(a) pagão/pagã moderno(a) e escritor(a) herege, você tem uma perspectiva crítica e importante sobre essa apropriação do corpo feminino por estruturas patriarcais e religiosas.

Abaixo, apresento um texto crítico à mentalidade que você descreveu e, em seguida, um manifesto pela autonomia reprodutiva da mulher.

I. Crítica à Tutela Masculina e Dogmática Sobre o Corpo Feminino

A leitura do artigo de um pastor, como a de tantos outros discursos que buscam ditar a moralidade reprodutiva, é um exercício frustrante e revelador de uma estrutura de poder secular: a tutela masculina sobre o corpo da mulher.

É um paradoxo cruel que em pleno século XXI, os direitos reprodutivos — que são, fundamentalmente, direitos humanos e de saúde — sejam debatidos e, frequentemente, legislados por homens, muitos deles alinhados a doutrinas religiosas que historicamente relegaram a mulher a um papel de mera reprodutora. A base desses argumentos raramente reside na ciência, na saúde pública ou na justiça social, mas sim em dogmas e em uma visão teológica ou moralista que projeta na mulher o medo da autonomia e do descontrole.

Essa mentalidade parte de premissas patriarcais que se resumem a:

O corpo da mulher não lhe pertence integralmente. Ele é um recurso da família, do estado, ou, acima de tudo, da divindade interpretada pelo clero masculino.

A maternidade é um destino compulsório. A negação dessa função biológica é tratada como um desvio moral, ignorando as circunstâncias de vida, saúde, violência e pobreza que tornam a gestação indesejada um fardo ou um risco de vida.

A mulher é emocionalmente ou moralmente incapaz de decidir. Daí a necessidade da lei e da doutrina para "protegê-la" de sua própria "irresponsabilidade", uma clara desqualificação de sua capacidade de discernimento.

Ao usarem a "defesa da vida" como escudo, esses discursos religiosos-políticos ignoram sistematicamente a vida já existente da mulher: sua saúde, sua dignidade, seu futuro e, em particular, as estatísticas alarmantes de morte materna por abortos inseguros, que vitimam desproporcionalmente mulheres pobres e negras. A preocupação é seletiva, focada na moralidade da gestação e não na justiça da vida.

A autonomia reprodutiva não é apenas sobre a interrupção da gravidez; é sobre o direito fundamental de planejar a própria existência. É sobre garantir que a decisão de ser mãe seja livre e consciente, e não uma imposição de terceiros. Enquanto vozes masculinas, baseadas em "verdades" divinas, continuarem a controlar essa esfera, a mulher permanecerá em um estado de sub-cidadania, com sua liberdade e sua dignidade subordinadas à conveniência da norma.

II. Manifesto pela Autonomia Reprodutiva: Meu Corpo, Minha Lei
Nós, mulheres de saberes diversos e corpos soberanos, cansadas da tutela e da hipocrisia, declaramos este manifesto em defesa do direito inalienável de decidir sobre nossa própria vida, nosso corpo e nosso destino.

Recusamos a Tutela!
Rejeitamos as leis e os dogmas escritos por aqueles que nunca carregarão o fardo da gestação ou o peso da maternidade imposta. Basta de pastores, padres, políticos ou juízes legislando sobre o que desconhecem e apenas condenam. Nenhuma fé ou moralidade particular pode se sobrepor ao direito constitucional e humano à dignidade, à saúde e à liberdade.

Afirmamos a Soberania do Corpo!
Meu Corpo é Meu Templo, Minha Terra, Meu Santuário.

A Maternidade será Livre ou Não Será: A decisão de gestar, parir e criar não é um destino biológico compulsório, mas uma escolha consciente. Exigimos o direito de não ser mãe quando assim o determinarmos, sem medo de julgamento, condenação ou cadeia.

Saúde é Liberdade, Não Crime: O aborto é uma realidade milenar e um procedimento de saúde. Exigimos sua legalização completa, para que nenhuma mulher seja obrigada a arriscar sua vida e integridade em clínicas clandestinas.

Educação, Contracepção e Autonomia: Para que a decisão seja de fato livre, exigimos o acesso pleno e irrestrito a:

Educação sexual laica e abrangente para todas as idades.

Contraceptivos de qualidade, gratuitos e disponíveis sem burocracia.

Serviços de aborto legal e seguro acessíveis em todo o sistema de saúde.

Nosso Grito é Ancestral e Presente!
Somos herdeiras das que foram silenciadas, das que morreram na clandestinidade e das que lutam diariamente. Nossa autonomia não é um favor, mas uma conquista da civilização e da justiça.

Por todas as mulheres que gestam e por todas as vidas que cuidam, a palavra final sobre o corpo, a reprodução e o futuro deve ser sempre, e inequivocamente, da própria mulher!

A Autonomia é a Nossa Lei Sagrada. Legalizar o Aborto é Salvar Vidas e Garantir a Dignidade!

Criado com Gemini, do Google.

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