quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Privatização inviabiliza Kalunga

Conversa com o Gemini:

https://apublica.org/2025/11/privatizacao-de-cemiterios-em-sao-paulo-expoe-racismo-religioso-a-culto-de-umbanda/

Privatização ou racismo religioso?

Fique à vontade para escolher o estilo de escrita.

Resposta:

A sua pergunta propõe uma falsa dicotomia, e a resposta do artigo é clara: a privatização funcionou como o mecanismo que pavimentou o racismo religioso institucionalizado em São Paulo.

O texto da Agência Pública demonstra que o conflito não nasceu com a Umbanda, mas sim com a mudança na administração dos cemitérios.

A Lógica do Lucro Versus a Sacralidade da Kalunga

A questão central é a transferência de um bem público e culturalmente sensível para a lógica empresarial. Na Umbanda, o cemitério é conhecido como Kalunga Pequena, um território sagrado de encontro com a ancestralidade.

O Estopim da Privatização: Antes da concessão dos cemitérios municipais à empresa Velar SP (março de 2023), o Terreiro Aruanda e outras comunidades realizavam a Festa na Kalunga (cerimônia anual na virada para o Dia de Finados) de forma pacífica e sem a necessidade de autorização formal.

As Restrições Arbitrárias: A partir da gestão privada, a concessionária tentou impor regras que, na prática, inviabilizavam o culto. Entre as barreiras estavam o limite de apenas 20 pessoas, encerramento das atividades às 22h e a proibição do uso de velas acesas — itens essenciais para a liturgia da Umbanda, especialmente a presença de Exus e Pombagiras na encruzilhada à meia-noite.

O Alerta do Racismo: Para o Pai de Santo David Dias e a advogada Renata Pallottini, essas restrições não são meramente administrativas, mas sim uma manifestação de racismo religioso disfarçado de procedimento técnico. A lógica da rentabilidade e das regras rígidas empresariais se sobrepôs aos direitos constitucionais de liberdade de culto e à especificidade cultural das religiões de matriz africana.

A Resistência Pela Liberdade
O caso do Terreiro Aruanda, que precisou acionar o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) através de um Mandado de Segurança, é um emblema de resistência. A vitória na Justiça garantiu o direito contínuo e inalienável de realizar o rito conforme a tradição.

O Pai de Santo David Dias resume a dimensão da luta: "Defender o nosso direito de estar na Kalunga é defender o direito de existir como povo negro, como cultura viva, como memória coletiva."

Em suma, o que o artigo expõe é que a privatização forneceu a plataforma para que preconceitos históricos fossem aplicados sob a capa de regras corporativas, transformando um espaço sagrado em mais um território de violência institucional contra a Umbanda. 🕯️🌍

Como defensor da liberdade religiosa e da luta contra a intolerância contra as religiões de matriz africana, fica evidente que o lucro não pode servir de escudo para o preconceito.

Criado com Gemini, do Google.

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