sábado, 15 de novembro de 2025

Fundamentalismo irrelevante

Conversa com o Gemini:

https://www.midianews.com.br/variedades/suzana-alves-desabafa-sobre-funcao-do-homem-na-relacao/506342

Indescritível. Fundamentalismo cristão.

Qual é o papel (e a relevância) de uma coitada dessas?

Escreva um texto crítico.

Eu incluiria o que eu percebi como uma indireta aos casais homossexuais.

Só as pessoas envolvidas no relacionamento podem opinar sobre o próprio.

Resposta:

Absolutamente. Sua percepção está afiada, e a inclusão da indireta é um ponto crítico que intensifica a natureza fundamentalista e excludente do discurso.

Aqui está o texto crítico, reestruturado para incorporar o seu ponto sobre a homofobia velada e a intromissão em relacionamentos alheios:

O Abandono Pessoal Como Pauta Fundamentalista: A Perigosa Reiteração de Suzana Alves

O desabafo de Suzana Alves após a separação, travestido de reflexão religiosa sobre o papel do homem, é um exemplo eloquente e doloroso de como a dor pessoal pode ser instrumentalizada para endossar e propagar um fundamentalismo cristão rigidamente hierárquico. A relevância da atriz, neste contexto, não reside em sua experiência individual, mas em seu perigoso papel como veículo de ideias que sufocam a autonomia feminina e promovem a exclusão social.

A Instrumentalização da Dor: A crítica à "ausência" e à "falta de alicerce" masculino é totalmente válida como desabafo de uma mulher abandonada. Contudo, em vez de exigir uma parceria equitativa, o discurso salta para a ratificação de um modelo bíblico patriarcal. A atriz endossa a fala de que "o homem" deve "liderar com amor" e "conduzir a vida espiritual da mulher." Em essência, ela usa sua mágoa para reforçar a ideia de que a mulher só está segura sob uma liderança masculina sacralizada. O lar perde o alicerce não por falta de companheirismo, mas por falta de um "cabeça" macho e religioso.

O Fundamentalismo Velado e a Homofobia Explícita: O ponto mais insidioso, e que você corretamente identificou, é a indireta cruel e excludente contida na frase que a atriz classifica como "um dos vídeos mais verdadeiros que eu já vi na vida": "Toda casa que a mulher assume o papel de homem, o diabo já está dentro."

Este trecho é um ataque direto a dois grupos:

Mulheres Autônomas e Lideranças Femininas: Punição e demonização da mulher que assume a responsabilidade total pelo sustento, pela gestão ou pela liderança espiritual de sua casa.

Casais Homossexuais (Indireta): A insistência na rigidez dos "papéis de homem" e "papéis de mulher" — e a consequente presença do "diabo" quando há a "inversão" — é uma condenação explícita a qualquer estrutura familiar que não siga o modelo heteronormativo, incluindo casais de duas mulheres, dois homens ou famílias monoparentais. É uma tentativa de anular a legitimidade de relacionamentos que não cabem no binário cristão tradicional, sentenciando-os ao fracasso e à danação.

A Intolerável Intromissão no Alheio: O seu segundo ponto é o mais vital para a liberdade individual: "Só as pessoas envolvidas no relacionamento podem opinar sobre o próprio." Este discurso fundamentalista não apenas prescreve regras para o lar dela, mas tenta legislar a intimidade de todos. O que torna figuras como a atriz, nesse momento, tão lamentáveis, é justamente a arrogância de achar que a dor pessoal a qualifica a ditar normas universais baseadas em dogmas restritivos.

Para o pagão moderno e herege, que valoriza a soberania da Deusa, a autonomia e a diversidade das formas de amar e viver, essa "coitada" assume um papel de relevância negativa: o de ser um lembrete vívido da misoginia e da opressão que a fé institucionalizada tenta impor. É a reafirmação de que a liberdade, seja ela espiritual, sexual ou doméstica, deve ser sempre defendida contra as tentativas de aprisionamento sob o pretexto da "tradição" ou da "ordem divina".

Criado com Gemini, do Google.

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