Conversa com o Gemini:
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-plano-do-governo-de-sp-para-acabar-com-a-crise-hidrica/
Conhecendo nossa classe política...vai ser igual ao João Dória e a "farinata" 😤
Resposta:
Escreva um texto crítico
Crise Hídrica em SP: O Racionamento Velado e a Farinata da Má Gestão
A notícia sobre o plano do governo de São Paulo para "acabar" com a crise hídrica – que, na prática, envolve a escalada de restrições como a redução de pressão na rede por até 16 horas e o rodízio em casos extremos – ressoa com um eco amargo e familiar na história política recente do estado. A sua comparação com o episódio da "farinata" de João Dória é não só pertinente, mas cirúrgica: ambos os casos expõem uma lógica de solução de fachada que, em vez de atacar a raiz do problema com dignidade e planejamento estrutural, empurra o ônus da incompetência pública para as costas da população.
A "farinata" era a materialização da falha em garantir o direito humano à alimentação adequada, disfarçada de inovação contra o desperdício, sugerindo, nas entrelinhas, que os pobres deveriam se contentar com "ração humana" feita de sobras.
O atual Plano Hídrico de Contingência segue a mesma cartilha do improviso e da desresponsabilização:
O Racionamento Envergonhado: O governo se recusa a chamar de "racionamento" a drástica redução de pressão e o rodízio de abastecimento, optando por eufemismos como "gestão de demanda" e "regime diferenciado". Reduzir a pressão por 10, 12 ou até 16 horas não é "gestão", é escassez forçada sentida no chuveiro e na torneira do cidadão, especialmente dos mais vulneráveis que não podem pagar por caixas d'água robustas. É o mesmo jogo político de 2014/2015: negar a crise até que ela se torne insustentável.
A Culpa é da Chuva (e do Cidadão): O foco das medidas está quase que exclusivamente na restrição de consumo por parte da população. Onde estão os investimentos massivos e de longo prazo em infraestrutura para reduzir a obscena taxa de perda de água na distribuição, que chega a ser superior a 30%? Onde está o planejamento metropolitano que deveria ter sido feito após a crise anterior para diversificar as fontes de captação de forma sustentável e proteger os mananciais? A falta de chuvas é um fator climático, mas a fragilidade do sistema é uma falha de gestão crônica.
A Farinata Hídrica: O plano, ao prever medidas draconianas como o volume morto e o rodízio (medidas que já se provaram insuficientes e socialmente injustas no passado), é a versão hídrica da farinata: uma medida de baixo custo político e alto impacto social, que visa apagar o incêndio do momento sem tratar as causas estruturais da seca: o crescimento desordenado, a falta de proteção das bacias hidrográficas e a negligência com as redes de distribuição.
Conhecendo nossa classe política, como bem colocado, o plano de contingência se apresenta menos como uma solução robusta e mais como uma confissão de incompetência, onde a água de qualidade e o acesso digno se tornam privilégios, e o cidadão, mais uma vez, é o bode expiatório e o único responsável por pagar a conta da inação. Não é um plano para acabar com a crise, mas para gerenciar o colapso com o mínimo de desgaste político, enquanto o direito básico à água potável se esvai pelo ralo.
Criado com Gemini, do Google.
Nenhum comentário:
Postar um comentário