terça-feira, 31 de outubro de 2023

O melhor dia do ano

Eu amo Halloween. Ou melhor dizendo, Sanhaim.
Estragaram tudo ao transformarem em coisa de criança.

Ao lado do Natal e Páscoa, essa é uma data que costuma ser disputada e usada para cultivar pânico moral.
Então os pastores ficam estressados.

No Patheos, dentro do Cristianismo Genérico, Tim Parson conduz os textos na coluna Christianity in Black and White. Traduzindo: Cristianismo em preto e branco. Nenhuma escala de cinza? Cores, nem pensar?

O título do texto dele:
O que Jesus faria em relação ao Halloween?

Limitado como ele faz questão de demostrar, ele pega trechos dos Evangelhos.
Isso e a enorme pretensão e arrogância típica do cristão de se achar melhor que os outros, por se considerar "salvo", ou "batizado no Espírito Santo", ou que são "a luz do mundo ".

Eu e muitos que celebram o Sanhaim não queremos nem precisamos de salvação. Essa luz, opressiva, combina mais com o fascismo. E o Cristianismo parece bem à vontade com a extrema direita. O fundamentalista e o supremacista branco rezam para o mesmo Deus.

Não. A existência desse Messias é discutível e, mesmo se tivesse vivido, ele não preenche os requisitos para ser considerado o Ha-Massiah. O termo, pobremente traduzido ao Grego Koiné, Cristo, tem uma conexão embaraçosa com o Gnosticismo, como pode ser visto no Evangelho de João.
Então é estranho que pessoas com origens e raízes européias acreditem nesse Cristo, uma figura atrelada aos Profetas do Antigo Testamento, prometida ao Povo de Israel, para o Reino de Deus, que declara ser o Deus de Israel. Os outros povos não estão convidados.

Então o que falta para o mundo ocidental superar essa farsa? Nós temos as nossas raízes, as nossas origens, os nossos ancestrais e os nossos Deuses.
Então comemore o Halloween.
Venha para o Sanhaim.
Nas sombras, todos são iguais.
E as cores são mais vívidas.

Um comentário:

A Marreta do Azarão disse...

"Nas sombras, todos são iguais.
E as cores são mais vívidas."
Gostei. Penso o mesmo.