“Isso não acontecia no Brasil”. Com esta frase, o vice-presidente Hamilton Mourão comentou o atentado ocorrido em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, ocorrido em março de 2019. De fato, a onda de atentados e ameaças de massacres em escolas teve uma escalada digna de nota nos últimos quatro anos, sendo o atentado a uma escola na cidade de Aracruz (ES) nesta sexta (25) a tragédia mais recente.
Só nos últimos dois meses, foram realizados três ataques em escolas brasileiras, em Barreiras (BA), em Sobral (CE) e em Aracruz (ES). Em um dos casos, a arma pertencia a um policial militar, no outro, a propriedade era registrada como CAC (colecionador, atirador desportivo ou caçador). No caso mais recente, o atirador foi preso com uma pistola, mas ainda não há mais detalhes sobre o caso.
Entre 2019 e 2022 o Brasil testemunhou ao menos 11 atentados cometidos em escolas, sendo seis deles com uso de armas de fogo. Outros cinco foram realizados com bombas caseiras, facas e até armas menos convencionais, como uma machadinha. Além dos atentados efetivados, foram feitas pelo menos 28 ameaças de massacres, que chegaram a resultar em interrogatórios, apreensões de armas, suspensão de aulas e provas ou abertura de investigações. Em alguns casos as forças de segurança conseguiram impedir ataques já planejados. Em um colégio particular em Alphaville, na Grande São Paulo, a mensagem escrita na parede de uma instituição era acompanhada por uma suástica, símbolo nazista. Mensagens similares foram encontradas em escolas por todo o Brasil. O ano de 2022 concentra o maior número de ameaças.
Em paralelo, até agora o governo Bolsonaro editou 19 decretos, 17 portarias, duas resoluções e três instruções normativas, além de dois projetos de lei que flexibilizam as regras de acesso a armas de fogo e munições. Os CACs foram os principais beneficiados com uma série de flexibilizações.
Fonte (citado parcialmente): https://revistaforum.com.br/brasil/2022/11/25/ao-menos-11-atentados-contra-escolas-foram-realizados-durante-governo-bolsonaro-127788.html
Nota: notícias recentes dizem que o acusado é filho de PM, usava suástica durante o ataque e seu pai postou foto citando o livro "Minha Luta", de Hitler.
Nenhum comentário:
Postar um comentário