quando segue a razão, encontra-se na ciência;
mas caso entrega-se às crenças, perde-se na pior das loucuras.
Não há espetáculo mais degradante que um culto.
O celebrante apela,
estimula a comoção emocional,
desfila belas promessas,
que sempre serão apenas sonhos,
da mesma forma que a esperança,
jamais se cumprirá.
Tal é o caráter dos crentes:
acomoda-se e conforma-se,
pois confiam na providência divina
e não provém sua necessidade,
nem providência a realização de seus desejos,
visto que são incapazes,
incompetentes, fracassados e retardados mentais.
O único momento de vitória,
onde eles encontram seu lugar e valor,
bem como uma utilidade à sua vida,
é no louvor a este Usurpador.
Apenas neste momento,
eles são os filhos de Deus,
têm por herança o Reino.
Eles se dão o direito de julgar,
com igual facilidade com que se elogiam em seguir os preceitos,
ditados por uma fantasia feita pelos seus ancestrais.
Imbuídos por este privilégio,
os crentes mostram-se arrogantes e presunçosos,
por sua fidelidade às virtudes,
aos mandamentos do Tirano e sua entrega à fé.