De acordo com informações publicadas nesta segunda-feira (23) pelo jornal Folha de S.Paulo, a ideia do curso foi anunciada no último ano pelo College Board, órgão responsável pela organização de exames preparatórios para universidades.
No site do College Board, afirma-se que as aulas envolveriam áreas como literatura, ciência política e geografia. O objetivo seria ter conhecimento sobre contribuições e experiências dos afro-americanos.
O Departamento de Educação da Flórida enviou comunicado ao College Board há pouco mais de uma semana dizendo que não concordava com a com o projeto. "O conteúdo desse curso não tem valor educacional. No futuro, o College Board deveria apresentar propostas com conteúdo histórico acurado".
Um portal de educação Education Week mostrou que, desde janeiro de 2021, ao menos 42 estados norte-americanos apresentaram projetos de lei ou adotaram medidas contra o ensino da teoria crítica da raça ou limitaram como forma como professores podem debater racismo e sexismo em sala de aula.
O governador do estado da Flórida, por exemplo, aprovou um projeto com o objetivo de permitir pais de estudantes processarem docentes que mencionarem questões de diversidade.
O projeto, apelidado de "Don't Say Gay" (não diga gay), proíbe que recomendação sobre orientação sexual ou identidade de gênero sejam dadas do jardim de infância até o terceiro ano do fundamental.
O governador Ron DeSantis foi reeleito para o governo da Flórida nas midterms, as eleições de meio de mandato realizadas em novembro passado. Ele teve quase 60% dos votos.
O político é visto por membros do Partido Republicano como pré-candidato da sigla para concorrer à presidência dos Estados Unidos nas próximas eleições americanas, em 2024.
Fonte: https://www.brasil247.com/mundo/governador-da-florida-bane-curso-sobre-historia-afro-americana-no-ensino-medio
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