O príncipe que está recluso no palácio não se distingue do Iluminado que se recolhe no Nirvana.
O príncipe despertou para a realidade ao sair do palácio. O Iluminado voltou a sonhar em seu casulo de perfeição.
O príncipe conheceu a vida porque esta é tangível. O Iluminado quer voar como borboleta com asas de seda.
O príncipe procurou respostas aos problemas que o Profeta, o Messias e o Iluminado começaram com as doutrinas que disseminaram.
O príncipe passou por várias escolas para aprender. O Iluminado criou outra restrição ao fundar sua escola.
O príncipe adquiriu conhecimento enquanto estava receptivo. O Iluminado construiu um obstáculo ao elaborar sua doutrina.
O príncipe encontrou o Profeta, o Messias e o Iluminado em uma encruzilhada. Todos estavam confusos e perdidos.
Vede, príncipe, que sem o contraste não haveria indignação.
Vede, príncipe, que as circunstâncias são semeadas pelos ventos da vida.
Vede, príncipe, que a ordem dos fatos ocorrem naturalmente.
Vede, príncipe, que a vida e a natureza são impessoais.
Vede, príncipe, que os efeitos atingem a todos, indistintamente.
Vede, príncipe, que, mesmo sem sabedoria, os animais agem conforme o que é certo.
Vede, príncipe, que ninguém ensina ao animal o que comer.
Vede, príncipe, que o animal não se abriga da chuva.
Vede, príncipe, que os seres não cosem roupas para cobrir o corpo.
Vede, príncipe, que, mesmo sem calendário, o animal sabe a estação do acasalamento.
Vede, príncipe, que, mesmo sem lei ou tribunal, o animal sabe as regras.
Vede, então, príncipe, que a sabedoria vem da natureza e da vida.
Foi-te dado a fome, coma para se alimentar.
Foi-te dado a sede, beba para se hidratar.
Foi-te dado o corpo, usa-o para que existas.
Se te sobra alimento, divida-o, compartilhe.
Se te sobra água, divida-a, compartilhe.
Se te sobra tecido, divida-o, compartilhe.
Se te sobra terra, divida-a, compartilhe.
Pois a todos a natureza concede a dádiva do divino, a todos pertence.
Tudo que existe tem seu sentido, sua razão, seu lugar e sua função.
Toda existência tem dor e sofrimento, senão não estaria vivo.
A dor e o sofrimento são os meios que a natureza e a vida têm para nos ensinar.
Com a morte, aprendemos que tudo que vive, finda, para que outros possam nascer.
Com a doença, aprendemos que tudo tem o mesmo direito de existir, mas que o veneno tem seu antídoto.
Ouça, então, príncipe, o que a natureza e a vida têm a te dizer.
Para que adquiras o Conhecimento, te foi dado teu corpo.
Para que saiba usá-lo é que tu tens que passar por experiências.
Então que toda escola consiste apenas nisso: adquira domínio e maestria sobre seu corpo antes de operar nos mecanismos que giram a natureza e a vida.
Então todo conhecimento oculto se resume que o maior mago é o que é mestre de si mesmo.
Quando o artífice não domina a ferramenta, não há obra, se fica submisso aos impulsos.
Quando o corpo domina, não há sossego, mas perturbação.
Então toda religião consiste em saber que Disciplina é Liberdade.
O erro, príncipe, de toda crença e religião, está em negar e rejeitar a Fonte da Sabedoria (viver) e a Ferramenta do Conhecimento (o corpo).
Vive, então, meu príncipe e abençoada seja toda sua experiência.
Bendita é a fome, para que saiba apreciar a comida.
Bendita é a sede, para que saiba apreciar a bebida.
Bendita é a morte, para que saiba apreciar a vida.
O deserto existe para que haja floresta.
A guerra existe para que haja paz.
Vive, então, meu príncipe, sem temor, que tudo tem um propósito, não existe acaso nem coincidência.
Ainda que esteja em terra distante, enfrentando inimigo feroz, ou encarcerado.
As forças que geraram o evento podem se alterar, aumentar, diminuir, convergir ou dispersar.
A natureza está sempre fluindo, sempre se movendo.
O inverso disso é a estática, a indiferença, não há sabedoria aqui.
A beleza da cachoeira está no confronto entre a água e a pedra.
Para fortalecer o corpo, o exercício é necessário.
Então a mente, sua alma, seu espírito, serão forjados no conflito.
O outro é teu companheiro e professor.
Ouça, dos lábios mais simples, a Sabedoria que vem do divino.
Ainda que não reconhecida, imerecida, exagerada, aceita o fardo, resultado da ação e da palavra, sua ou de outro, aprenda e se adapte, adquira o conhecimento que resultará na mudança.
Saiba, príncipe, que há reciprocidade.
O que recai em ti, recai em todos.
Tu recebe o que dá.
Se não precisa, rejeite.
Aprenda a estabelecer relações de colaboração.
Aquilo que é conquistado em parceria, deve ser dividido.
Com trabalho, empenho e disciplina, tudo é possível.
Tal como o Bem e o Mal está em nós, está em nossas mãos viver no Inferno ou no Paraíso.
O príncipe despertou para a realidade ao sair do palácio. O Iluminado voltou a sonhar em seu casulo de perfeição.
O príncipe conheceu a vida porque esta é tangível. O Iluminado quer voar como borboleta com asas de seda.
O príncipe procurou respostas aos problemas que o Profeta, o Messias e o Iluminado começaram com as doutrinas que disseminaram.
O príncipe passou por várias escolas para aprender. O Iluminado criou outra restrição ao fundar sua escola.
O príncipe adquiriu conhecimento enquanto estava receptivo. O Iluminado construiu um obstáculo ao elaborar sua doutrina.
O príncipe encontrou o Profeta, o Messias e o Iluminado em uma encruzilhada. Todos estavam confusos e perdidos.
Vede, príncipe, que sem o contraste não haveria indignação.
Vede, príncipe, que as circunstâncias são semeadas pelos ventos da vida.
Vede, príncipe, que a ordem dos fatos ocorrem naturalmente.
Vede, príncipe, que a vida e a natureza são impessoais.
Vede, príncipe, que os efeitos atingem a todos, indistintamente.
Vede, príncipe, que, mesmo sem sabedoria, os animais agem conforme o que é certo.
Vede, príncipe, que ninguém ensina ao animal o que comer.
Vede, príncipe, que o animal não se abriga da chuva.
Vede, príncipe, que os seres não cosem roupas para cobrir o corpo.
Vede, príncipe, que, mesmo sem calendário, o animal sabe a estação do acasalamento.
Vede, príncipe, que, mesmo sem lei ou tribunal, o animal sabe as regras.
Vede, então, príncipe, que a sabedoria vem da natureza e da vida.
Foi-te dado a fome, coma para se alimentar.
Foi-te dado a sede, beba para se hidratar.
Foi-te dado o corpo, usa-o para que existas.
Se te sobra alimento, divida-o, compartilhe.
Se te sobra água, divida-a, compartilhe.
Se te sobra tecido, divida-o, compartilhe.
Se te sobra terra, divida-a, compartilhe.
Pois a todos a natureza concede a dádiva do divino, a todos pertence.
Tudo que existe tem seu sentido, sua razão, seu lugar e sua função.
Toda existência tem dor e sofrimento, senão não estaria vivo.
A dor e o sofrimento são os meios que a natureza e a vida têm para nos ensinar.
Com a morte, aprendemos que tudo que vive, finda, para que outros possam nascer.
Com a doença, aprendemos que tudo tem o mesmo direito de existir, mas que o veneno tem seu antídoto.
Ouça, então, príncipe, o que a natureza e a vida têm a te dizer.
Para que adquiras o Conhecimento, te foi dado teu corpo.
Para que saiba usá-lo é que tu tens que passar por experiências.
Então que toda escola consiste apenas nisso: adquira domínio e maestria sobre seu corpo antes de operar nos mecanismos que giram a natureza e a vida.
Então todo conhecimento oculto se resume que o maior mago é o que é mestre de si mesmo.
Quando o artífice não domina a ferramenta, não há obra, se fica submisso aos impulsos.
Quando o corpo domina, não há sossego, mas perturbação.
Então toda religião consiste em saber que Disciplina é Liberdade.
O erro, príncipe, de toda crença e religião, está em negar e rejeitar a Fonte da Sabedoria (viver) e a Ferramenta do Conhecimento (o corpo).
Vive, então, meu príncipe e abençoada seja toda sua experiência.
Bendita é a fome, para que saiba apreciar a comida.
Bendita é a sede, para que saiba apreciar a bebida.
Bendita é a morte, para que saiba apreciar a vida.
O deserto existe para que haja floresta.
A guerra existe para que haja paz.
Vive, então, meu príncipe, sem temor, que tudo tem um propósito, não existe acaso nem coincidência.
Ainda que esteja em terra distante, enfrentando inimigo feroz, ou encarcerado.
As forças que geraram o evento podem se alterar, aumentar, diminuir, convergir ou dispersar.
A natureza está sempre fluindo, sempre se movendo.
O inverso disso é a estática, a indiferença, não há sabedoria aqui.
A beleza da cachoeira está no confronto entre a água e a pedra.
Para fortalecer o corpo, o exercício é necessário.
Então a mente, sua alma, seu espírito, serão forjados no conflito.
O outro é teu companheiro e professor.
Ouça, dos lábios mais simples, a Sabedoria que vem do divino.
Ainda que não reconhecida, imerecida, exagerada, aceita o fardo, resultado da ação e da palavra, sua ou de outro, aprenda e se adapte, adquira o conhecimento que resultará na mudança.
Saiba, príncipe, que há reciprocidade.
O que recai em ti, recai em todos.
Tu recebe o que dá.
Se não precisa, rejeite.
Aprenda a estabelecer relações de colaboração.
Aquilo que é conquistado em parceria, deve ser dividido.
Com trabalho, empenho e disciplina, tudo é possível.
Tal como o Bem e o Mal está em nós, está em nossas mãos viver no Inferno ou no Paraíso.
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