Para a série de arcanos, retomado recentemente, eu escolhi o
arcano da torre.
Há um propósito desta postagem ser na sexta feira treze. Não existem coincidências.
Todos conhecem ou deve ter ouvido falar da Torre de Babel. Mas
podemos entender também como pedestal, onde o ser humano costuma a se colocar,
induzido pela sua função, pelo seu status, pela sua riqueza, pela sua
influência.
A torre ou o pedestal é uma construção artificial, feito por
nós mesmo, pela sociedade, pela religião, pela política. Acreditamos ou nos dão
tanto crédito de que somos ungidos, coroados, escolhidos, melhores, superiores,
que muitas vezes esquecemo-nos de cuidar do alicerce, da base que nos sustenta.
Todo nosso orgulho, vaidade e ilusão se desfazem, em um
lance fortuito, fortuna ou destino. Quanto mais alto erguemos nossas torres,
nossos pedestais, maior é nossa queda. A torre mostra o quanto, a despeito da
função que ocupamos, nós ainda somos humanos e estamos sujeitos a sofrer as
mesmas vicissitudes da vida.
Diante do divino, da verdade, da justiça, não existe
autoridade suprema, não existe torre intocável, não existe pedestal inquestionável,
não existe coroa permanente, não existe sacerdócio imutável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário