O Brasil atravessa uma crise institucional que faz recordar
a instabilidade política do curto mandato de João Goulart. Setores conservadores
e reacionários estão procedendo com um terceiro turno, movimentando seus aliados
na Mídia, querendo derrubar uma presidente legitimamente eleita, em um
verdadeiro golpe branco disfarçado de impeachment. O Brasil conheceu este
dispositivo da constituição durante o mandato de Collor, mas as circunstâncias
e elementos são diferentes. O brasileiro comum infelizmente não conhece os
tramites de um Congresso, nem como funciona a Justiça, mas está deixando se
levar, influenciado pelas campanhas insidiosas.
Neste momento, o Brasil precisa do arcano da Justiça, mas
não a justiça humana, que sabemos ser falível, volúvel e corruptível. Eu falo
de Themis, senão Nêmeses. A Justiça Divina. Não há isenções, não há
privilegiados, não há protegidos, não há preferências. Na balança da Justiça,
tudo é pesado, avaliado, tal como é. O errado será cortado pela espada, o certo
vencerá. A Verdade sempre prevalece. Quando o humano faz da Justiça um balbucio
que atende a outros interesses que não a Verdade, o grito dos injustiçados
removerá a venda de Themis e esta se torna Nêmeses, onde a balança é colocada
de lado e a espada irá cortar as cabeças dos culpados, de todos os culpados.
Costuma-se confundir justiça com moral. A lei tenta ser
moral. A justiça é amoral. A justiça é ética. Assim é o caminho iniciático. O buscador
quebra as regras da moral humana fútil, superficial e pequena, em busca da
verdade, da justiça e do divino. O caminho iniciático nos dá a balança e a
espada. Cabe ao buscador a coragem e a ousadia de usa-las.
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