O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad [vulgo "Armandinho"] declarou que o Brasil [ou seu "amigo" Lula] não devia se "intrometer" nos assuntos de "justiça" do seu país. Tudo porque o mundo pediu um ato humanitário e o Brasil ofereceu asilo para Shakineh Ashtiani, uma mulher que foi condenada a ser apedrejada até a morte [ou enforcada] por um julgamento marcado por irregularidades e fraudes processuais. Ou seja, Armandinho quer resguardar o "direito" do Irã de cometer assassinato institucionalizad, ginocídio, contra as adúlteras. E Armandinho e seus amigos vão continuar caçando os "infiéis", seja ao matrimônio, seja à religião.
A questão da (in)fidelidade conjugal surge na imprensa porque vivemos em uma sociedade onde a curiosidade pública gosta de meter o bedelho [e dar pitacos] na intimidade privada. Em pleno século XXI é impressionante que ainda se acredite na ideologia romântica do século XVIII. Depois de 50 anos que aconteceu a Revolução Cultural e Sexual, nós estamos voltando ao Puritanismo, ao Vitorianismo. Será que nada mudou?
De acordo com pesquisas recentes, o mito de que a mulher é a mais fiel que o homem está se desfazendo. As mulheres estão redescobrindo seu direito ao amor, ao desejo, ao prazer. E estão tendo a coragem de buscar uma vida erótico-afetiva plena e satisfatória. Em seus próprios termos.
A humanidade está redescobrindo e ressacralizando o amor, o desejo, o prazer. Nós estamos despertando nossa consciência para perceber que questões como família, monogamia, fidelidade e casamento são construções culturais e sociais que podem e devem ser repensadas e reconstruídas.
Nós somos a única espécie a sentir, exprimir e manifestar conscientemente o amor, nas suas mais diversas formas. Recusar, negar ou rejeitar essa nossa natureza é a verdadeira traição, a real infidelidade.
Independentemente de nosso estado civil, nós continuaremos apreciando a beleza, a aproveitar a vida. Cabe a cada um estabelecer suas prioridades, perceber suas necessidades, determinar seus objetivos e definir seus relacionamentos. Cabe a nós dar o tempo e o espaço em nossas vidas para a alegria, o prazer e o amor.
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