Hoje, [ontem] Primeiro de Maio, é o Dia da Vinda dos Poderes do Crescimento - da Bona Dea, ou Boa Deusa, também conhecida como Maia, que nomeia o corrente mês, e também como Fauna, Deusa da Fertilidade e da Purificação da Terra, e também da Medicina (está por isso associada à serpente, símbolo das curas) e da Profecia.
Entre os Celtas celebra-se o Beltaine, isto é, «O Fogo de Bel», Festa Ígnea em honra de Belenos na Gália, Deus Luminoso e também Medicinal, tal como Maia e Apolo. Trata-se de uma festividade de purificação, em que o gado é levado a passar entre fogos purificadores; posteriormente, as próprias pessoas saltam por cima das fogueiras, o que faz lembrar que essa mesma prática existe também em Portugal no Solstício de Verão.
Na Irlanda, esta era a data da chegada à ilha dos Tuatha de Danann, os Deuses, Forças da Luz, vindas do Alto e/ou do Noroeste, regressando à terra donde os seus ancestrais Filhos de Nemed tinham sido expulsos pelos invasores Fomor, raça monstruosa que dominou a Irlanda. A princípio, estabeleceu-se uma coexistência entre os de Dana e os Fomor - mas, em breve, as incompatibilidades vieram ao de cima, a guerra estalou e o Povo de Dana e, assim, a raça inimiga Fomor acabou por ser expulsa do território.
Nas Maias portuguesas, acendem-se as Fogueiras de Maio, e os Postes de Maio são levantados. As mulheres usam coroas de flores (tradição que pode vir do culto à Deusa Flora, também celebrada por estes dias) e todos dançam ao redor das chamas. No Alentejo, dá-se-lhe também o nome de «Festa das Cruzes» (como em Barcelos), que esteve proibida durante muitos anos, sendo restaurada por iniciativa popular depois do 25 de Abril - não conta com a intervenção das autoridades eclesiásticas.
Fonte: Gladius
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