A respeito do significado religioso pagão do Primeiro de Maio, já neste blogue se disseram umas quantas palavras, que podem ser lidas aqui, texto que fala maioritariamente da tradição romnana, por um lado, e da tradição céltica mais bem conhecida, a da Irlanda, por outro. No caso de Portugal, não há, até agora, registo do que fariam nesta data os Celtas e/ou Lusitanos que viveram em território português. Perante tal escassez de fontes religiosas lusitanas e/ou célticas hispânicas, muitos pagãos portugueses têm, compreensivelmente, ligado a sua prática ao rito e mito da Irlanda, isto é, dos parentes conhecidos mais próximos.
Mas, porque no folclore nacional se encontram vestígios do Paganismo indígena, pode o estudo das tradições folclóricas ser proveitoso para quem queira reconstruir, ou recriar, um caminho religioso para o culto das antigas Deidades deste extremo ocidente europeu.
Quanto à tradição, ainda hoje, no dia 3 de Maio, rapazes e raparigas das povoações próximas do Cabeço das Fráguas sobem ao alto daquele monte, dançam, cantam e merendam um cabrito ou um borrego assado. Virá desses tempos este hábito? Não nos repugna aceitar que sim, pois é o único monte onde tal prática existe, embora seja hábito na região da Guarda fazer uma merenda, no campo, nesse dia.
A data de 3 de Maio pode também ligar-se a cultos pagãos indo-europeus e célticos, que sobrevivem no Dia das Maias. É costume, nas festividades beirãs e transmontanas, ofertar borregos aos santos festejados, arrematando-os depois no bazar de oferendas. Também é frequente os pastores levarem o rebanho a cumprir novenas em torno de certas capelas de santos ou santas da sua devoção, obrigando os animais a dar nove voltas, práticas que, pelo seu carácter supersticioso e pagão, muitos sacerdotes católicos, normalmente, contrariam. Em Trás-os-Montes ainda se conserva, em alguns lugares, no Felgar, por exemplo, o hábito de incorporarem na grande procissão do ano, juntas de bois, levando sobre as hastes sacos com cereal.
Mas, porque no folclore nacional se encontram vestígios do Paganismo indígena, pode o estudo das tradições folclóricas ser proveitoso para quem queira reconstruir, ou recriar, um caminho religioso para o culto das antigas Deidades deste extremo ocidente europeu.
Quanto à tradição, ainda hoje, no dia 3 de Maio, rapazes e raparigas das povoações próximas do Cabeço das Fráguas sobem ao alto daquele monte, dançam, cantam e merendam um cabrito ou um borrego assado. Virá desses tempos este hábito? Não nos repugna aceitar que sim, pois é o único monte onde tal prática existe, embora seja hábito na região da Guarda fazer uma merenda, no campo, nesse dia.
A data de 3 de Maio pode também ligar-se a cultos pagãos indo-europeus e célticos, que sobrevivem no Dia das Maias. É costume, nas festividades beirãs e transmontanas, ofertar borregos aos santos festejados, arrematando-os depois no bazar de oferendas. Também é frequente os pastores levarem o rebanho a cumprir novenas em torno de certas capelas de santos ou santas da sua devoção, obrigando os animais a dar nove voltas, práticas que, pelo seu carácter supersticioso e pagão, muitos sacerdotes católicos, normalmente, contrariam. Em Trás-os-Montes ainda se conserva, em alguns lugares, no Felgar, por exemplo, o hábito de incorporarem na grande procissão do ano, juntas de bois, levando sobre as hastes sacos com cereal.
Fonte: Gladius
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