A luz suave da manhã filtrava-se através das janelas de minha casa, enquanto eu me preparava para um dia que prometia ser diferente de todos os outros. O burburinho em Ponyville estava intenso; uma famosa revista de moda e cultura, a Equestrian Vogue, havia decidido visitar a cidade. E a principal entrevistada? Eu, Fluttershy.
Eu não sou exatamente a criatura mais extrovertida. Meu lugar favorito sempre foi entre os animais, longe dos holofotes. Mas, algo dentro de mim sentia que essa poderia ser uma oportunidade para compartilhar minha verdade com o mundo.
Quando o jornalista chegou, seu nome era Harmony Glow. Ela era carismática, com um sorriso aberto e uma energia contagiante que rapidamente dissipou minha timidez. “Fluttershy,” começou ela, “muito obrigado por me receber. Queria saber mais sobre você. O que significa ser você?”
Respirei fundo, tentando organizar meus pensamentos. “Bem, ser Fluttershy… significa abraçar a gentileza e a empatia. Eu sempre busquei entender os sentimentos dos outros, sejam eles animais ou seres mágicos. Meu maior desejo é que todos vivam em harmonia.”
A entrevistadora acenou, anotando algo em seu bloco. “E quanto à sua vida pessoal? O público está curioso sobre sua identidade e sua orientação sexual. Você se sente à vontade para compartilhar isso?”
Senti uma onda de nervosismo. Nunca tinha falado sobre esses assuntos publicamente. “Eu… eu sempre fui um pouco tímida em relação a isso. Eu me considero pansexual. O amor é algo que vai além de rótulos, e eu acredito que ele pode se manifestar de várias formas. Eu me relaciono com quem me toca o coração, independentemente de sua aparência.”
Harmony sorriu, um brilho de compreensão em seus olhos. “Recentemente, você foi vista em companhia de Discord, o dragão e espírito da discórdia. Há rumores de que vocês estão em um relacionamento. O que você pode nos contar sobre isso?”
A menção de Discord fez meu coração acelerar. Ele era uma criatura complexa, cheia de nuances e segredos. “Sim, nós estamos juntos. No começo, era difícil para mim. Discord tem uma reputação como o causador de caos. Mas, quando o conheci de verdade, percebi que há uma parte dele que deseja se conectar, ser amado. Eu o ajudei a encontrar essa parte, e ele me ajudou a ver o mundo de uma forma diferente. É como ter uma amizade com um lado de amor.”
Harmony inclinou-se para frente, claramente interessada. “Como foi para você resgatar Discord do caminho do mal? A sua influência foi realmente tão poderosa?”
“Sim,” respondi, lembrando de nossas aventuras. “Ele havia se perdido, consumido pela ideia de que a discórdia era o único caminho. Quando o conheci, ele estava ferido e confuso. Foi um trabalho de paciência e amor. Aprendi que, para salvar alguém, é preciso primeiro entender suas feridas. Eu não o mudei; ele já tinha essa capacidade dentro dele. Eu apenas o ajudei a descobrir.”
“Havia medo, no começo?” Harmony perguntou, e eu pude sentir o interesse dela em minha história. “Como é ter um relacionamento com alguém tão… diferente?”
“Às vezes, sim,” eu admiti. “Mas o amor supera o medo. Com Discord, aprendi que as diferenças não nos separam; elas nos enriquecem. Ele tem um senso de humor incrível, e juntos, rimos e exploramos o mundo. Ele pode ser caótico, mas em seu coração, ele é gentil. No final das contas, somos mais parecidos do que imaginamos.”
Harmony me olhou com admiração. “O que você gostaria que as pessoas aprendessem com a sua história?”
“Eu espero que elas entendam que todos nós temos um lado de luz e um lado de sombra. O importante é aceitar e amar cada parte de nós mesmos e dos outros. O amor é uma força poderosa que pode transformar o caos em harmonia.”
Quando a entrevista chegou ao fim, eu me senti leve. Falar sobre minha vida e meu amor por Discord me deu uma nova perspectiva sobre mim mesma. Eu não sou apenas a tímida Fluttershy; sou uma criatura cheia de amor e coragem, disposta a desafiar normas e buscar a verdade, mesmo que isso signifique se expor ao mundo.
Ao me despedir de Harmony, percebi que o amor verdadeiro não apenas resgata; ele também liberta. E, quem sabe, talvez minha história inspire outros a se aceitarem como são, com todos os seus altos e baixos. Afinal, cada um de nós merece encontrar seu próprio tipo de magia.
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