São 11 milhões de pessoas, que Trump define como imigrantes ilegais, as ameaçadas de deportação dos Estados Unidos a partir de hoje. Os brasileiros nessa situação são em torno de 250 mil.
Sabe-se que entre esses 250 mil há apoiadores de Trump e do fascismo. Mas pode? Pode, porque na cabeça de quem entrou como clandestino nos Estados Unidos o problema é sempre o outro, o vizinho, um conhecido ou até um parente.
O sujeito clandestino, nos Estados Unidos e em qualquer lugar, é muitas vezes o primeiro a apontar o dedo na direção de outros clandestinos. É contraditório, é irracional, mas é assim mesmo.
O imigrante ilegal, que torceu por Trump, estava certo de que ele, a mulher e os filhos seriam contemplados por algum benefício especial. Ele achava que iria escapar. E que os outros, sempre os outros, teriam de enfrentar a realidade.
O brasileiro em situação ilegal nos Estados Unidos, em Portugal, na França, em qualquer parte é um sujeito que se acha diferente do resto, que ele não tem o perfil do imigrante que Trump irá perseguir. Mas sabe que tem. É sua forma de negação.
Mas muitos poderão escapar. Trump vai conseguir bater na casa de 11 milhões de imigrantes e empurrá-los para o camburão, para que dali entrem num avião e sejam descarregados em seus países?
Vai ser difícil, mesmo que o terror esteja disseminado para mexicanos, brasileiros e venezuelanos e também para gays, negros e todos os que chamam de diferentes.
Fonte, citado parcialmente: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-brasileiro-reaca-achou-que-escaparia-do-fascista-por-moises-mendes/
Nota: eu lembro da notícia de uma brasileira que ficou puxando o saco do Trump quando foi comprar um Big Mac. Vai ser lindo ver a expressão dela quando ela for convidada a se retirar dos EUA.
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