Durante o período de 2018 a 2021, o Enia conseguiu reduzir significativamente o número de gestações entre adolescentes argentinas, com uma queda notável de 22 pontos percentuais na taxa de fecundidade nessa faixa etária. No entanto, o anúncio recente de que 619 profissionais de saúde ligados ao programa não teriam seus contratos renovados indica o fim abrupto dessa iniciativa, destaca reportagem do jornal O Globo.
A socióloga Silvina Ramos, ex-coordenadora do programa, lamenta o desfecho e aponta para as consequências adversas que essa medida pode acarretar. "Cada gravidez adolescente evitada representa um custo de apenas US$ 60 para o Estado. O que estamos vendo é um retrocesso alarmante em uma área crucial da saúde pública", destaca.
Além disso, o temor se estende à possibilidade de que o governo Milei possa também comprometer outras conquistas das argentinas, incluindo a legalização do aborto. A falta de financiamento para a compra de medicamentos utilizados em abortos legais levanta preocupações sobre a garantia desse direito fundamental.
A ausência de uma política clara em saúde reprodutiva e sexual é vista como um sinal preocupante por especialistas.
Fonte: https://www.brasil247.com/americalatina/milei-encerra-programa-de-prevencao-a-gravidez-na-adolescencia
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