Strange days have found us
Strange days have tracked us down
They're going to destroy
Our casual joys
We shall go on playing or find a new town
-Strange Days, The Doors.
Diz um ditado que não se deve bater palma para maluco dançar.
Isso deve ser anterior às redes sociais terem se tornado um poder paralelo.
Elon Musk fala em “liberdade de expressão”, mas faz isso para garantir seu lucro. Afinal, ele mesmo censurou postagens no Twitter (atualmente chamado de X). Tal como Mark Zuckerberg, o importante é a audiência, receber “likes”, compartilhar, mesmo que se trate de fake news, de discurso de ódio.
Quem está deitando e rolando, feliz como pinto no lixo, é a direita, seja a extrema ou a alternativa.
A revista Exame publicou um texto de André Marsiglia onde ele defende o conceito de que a liberdade de expressão é absoluta.
O que é estranho, pois foi a “gente” dele que tentou censurar o livro “O Avesso da Pele”. A mesma gente que defende a ideia de “escola sem partido” e que fala do perigo da “ideologia de gênero”.
Trump, assim como Bolsonaro, tem usado e capitalizado o fundamentalismo cristão para seus propósitos políticos. Com direito a oferecer uma bíblia personalizada. Ora, se picareta, digo, pastor, pode lucrar com Google comércio da fé, Trump também pode.
Elisa Sanches é um caso curioso. Atriz pornô, dona de um perfil no Onlyfans, chegou a divulgar um vídeo dizendo que a COVID era uma jogada política, tal como Jair Bolsonaro, a quem ela admira e defende.
Mais enigmático é a postura de Jojo Toddynho.
Usou Anitta como escada, fez sucesso emplacando um sucesso aparentemente em defesa da comunidade LGBT. Mas suas atitudes recentes mostram que ela também está (ou sempre esteve) dando uma guinada à direita.
Se isso não for suficiente, eu vou indicar o caso do Marcos Santos. Brasileiro, negro, que foi eleito em Portugal pelo “Chega”, um partido de extrema direita, racista e xenófobo.
Por isso que é muito contraditório ver no GGN, um jornal supostamente progressista, publicar um texto de Daniel Afonso da Silva afirmando que “não existem – e quase nunca no passado existiu – ‘genocidas’, ‘fascistas’, ‘nazistas’ e afins caminhando pelas ruas, praças e vielas brasileiras.” Ele viu as notícias recentes? Não viu a manifestação fascista na Paulista?
Quem é de esquerda e quer um mundo melhor, uma sociedade mais justa e inclusiva, tem que parar de brincar e subestimar a direita.
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