Eu estimo que meu caro e eventual leitor está ou passou
por essa tortura mental chamada escola, onde “aprendeu” sobre o Teorema de
Pitágoras: “Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado do comprimento da
hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos comprimentos dos catetos”. E a
escola nos “ensina” mais coisas incrivelmente... inúteis. Nós assimilamos o
Teorema de Pitágoras na base da decoreba e a escola não nos exige mais do que
repetir o “conhecimento”.
Eu tive que ir para a faculdade, para a universidade, para
perceber que tudo que aprendemos é pouco, é insuficiente e costuma estar errado
em muitos aspectos. Por exemplo, se você pergunta para um estudante ou
acadêmico o que ele pensa sobre a numerologia, há grandes chances dele resumir
sua ojeriza descrevendo este tópico como “superstição”. Deve ser uma surpresa
para muitos descrentes ao saberem que essa noção mística da matemática e dos
números veio de Pitágoras.
Pitagorismo é um termo usado para as crenças esotéricas e
metafísicas defendidas por Pitágoras e seus seguidores. Os pitagóricos, que
foram consideravelmente influenciados pela matemática. O pensamento Pitágorico
era consideravelmente dominado pela matemática, mas ele foi também
profundamente místico. O ensinamento pitágorico realmente começou com os
ensinamentos de Anaximander , que ensinou que a substância última das coisas é
o "infinito", que Anaximander chamava de apeiron ".
A absorvição do apeiron é também o que faz o mundo
matemático, não apenas possível descrever com matemática, mas na
verdadeiramente matemático, uma vez que mostra os números e a realidade tem o
mesmo princípio.
Pitagoras sugere que a purificação maior de uma vida se da
por pura contemplação. É o filósofo que contempla sobre as ciências e a
matemática, que é liberado do "ciclo de nascimento".
A vida do matemático puro é, de acordo com Pitágoras, a vida
no mais alto plano de existência.
Assim, a raiz de matemática e buscas científicas no
Pitagorismo também é baseada em um desejo espiritual de se libertar do ciclo de
nascimento e morte. É essa contemplação sobre o mundo que constitui a maior
virtude na filosofia de Pitágoras.
o Tetractys (Τετρακτύς grego) é uma figura triangular
constituído por dez ponto.Era um símbolo místico muito importante para o culto
secreto dos pitagóricos.
The Tetractys
Os primeiros quatro números simbolizavam a harmonia das
esferas e o Cosmos
Os quatro linhas adicionadas a dez, qual era a unidade de
ordem superior (em decimal).
A Tetractys representou a organização do espaço:
da primeira linha representava a dimensão zero (um ponto)
a segunda linha representava a primeira dimensão (uma linha
de dois pontos)
a terceira linha representava a segunda dimensão (um plano
definido por um triângulo de três pontos)
da quarta linha representava a terceira dimensão (um
tetraedro definido por quatro pontos)
A oração dos pitagóricos mostra a importância da Tetractys
(às vezes chamado de "Tétrade místico "), como a oração foi feita a
ele.
Os pitagóricos interessavam-se pelo estudo das propriedades
dos números. Para eles, o número, sinônimo de harmonia, constituído da soma de
pares e ímpares - os números pares e ímpares expressando as relações que se
encontram em permanente processo de mutação -, era considerado como a essência
das coisas, criando noções opostas (limitado e ilimitado) e sendo a base da teoria
da harmonia das esferas.
Segundo os pitagóricos, o cosmo é regido por relações
matemáticas. A observação dos astros sugeriu-lhes que uma ordem domina o
universo. Evidências disso estariam no dia e noite, no alterar-se das estações
e no movimento circular e perfeito das estrelas. Por isso o mundo poderia ser
chamado de cosmos, termo que contém as ideias de ordem, de correspondência e de
beleza. Nessa cosmovisão também concluíram que a Terra é esférica, estrela
entre as estrelas que se movem ao redor de um fogo central. Alguns pitagóricos
chegaram até a falar da rotação da Terra sobre o eixo, mas a maior descoberta
de Pitágoras ou dos seus discípulos (já que há obscuridades em torno do
pitagorismo, devido ao caráter esotérico e secreto da escola) deu-se no domínio
da geometria e se refere às relações entre os lados do triângulo retângulo. A
descoberta foi enunciada no teorema de Pitágoras.
Segundo o pitagorismo, a essência, que é o princípio
fundamental que forma todas as coisas é o número. Os pitagóricos não distinguem
forma, lei, e substância, considerando o número o elo entre estes elementos.
Para esta escola existiam quatro elementos: terra, água, ar e fogo.
O símbolo utilizado pela escola era o pentagrama, que, como
descobriu Pitágoras, possui algumas propriedades interessantes. Um pentagrama é
obtido traçando-se as diagonais de um pentágono regular; pelas intersecções dos
segmentos desta diagonal, é obtido um novo pentágono regular, que é
proporcional ao original exatamente pela razão áurea. [Wikipédia]
O nome iniciático de Pitágoras significa “aquele que fala
(Agor-) a verdade das Pythias (Pyth-)” ou seja, Pyth-Agor. Assim como muitos
outros sábios, seu nascimento foi profetizado por outras Pythias e ele nasceu
de uma virgem. Seus ensinamentos nada mais eram do que os mesmos ensinados
pelos Egípcios em suas Escolas dos Mistérios.
Os pitagóricos estudavam a fundo a matemática, filosofia, a
geometria sagrada, proporções áureas, o pentagrama, a ligação entre religião e
ciência, numerologia, astrologia, reencarnação, vegetarianismo e a música. A
associação entre música e magia é muito antiga e poderosa.
O Pentagrama também possui uma relação especial com o
Planeta Vênus. Observando o céu e anotando a posição da “Estrela Matutina”
durante 8 anos, o traçado do chamado “período sinódico” de Vênus forma um
Pentagrama (período sinódico é o tempo que um planeta leva para retornar a uma
mesma posição em relação ao sol por um observador na Terra).
Portanto, desde sempre o Pentagrama representou o Planeta
Vênus, ou seja, a Estrela Matutina, ou seja, Prometeus, ou seja, Lúcifer. O
Planeta Vênus também está ligado ao sagrado feminino, às deusas celtas e aos
Templos Lunares (Vênus-Afrodite, a deusa arquetipal feminina). Não é muito
difícil imaginar como a Igreja Católica chegou a associações toscas entre
“satanismo” e “pentagrama” e “adoradores do diabo” e “sacerdotisas/bruxas” e
“queimem as bruxas”, não é mesmo? [Teoria da Conspiração]
Mas a Igreja não foi a única a “queimar” bruxas. O Estado e
a Academia também ajudaram a “queimar” as bruxas, tanto que foi comum, a partir
da Renascença, um sistemático e deliberado expurgo de tudo que era considerado “superstição”
e “crendice”, para que os “sacerdotes da matéria” pudessem apresentar para o
público a Ciência como se fosse uma virgem vestal, como se o conhecimento
científico não viesse de pensadores, filósofos, magos, sacerdotes, templos.
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