O enorme penedo, orientado no sentido nascente-poente, possui uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento e sensivelmente a mesma altura, é iluminada no centro, no momento em que o Sol nasce. Situa-se num dos pontos destacados de um planalto rochoso. Um impressionante afloramento granítico, conhecido por Tambores, com abundantes vestígios pré-históricos, entre os quais avulta o Castro do Curral da Pedra.
A curta distância de dois dos principais núcleos de gravuras paleolíticas do Parque Arqueológico: a Ribeira dos Piscos e Quinta da Barca.
É um local mágico, pleno de história e de misticismo, dos poucos lugares da terra onde a beleza e o esplendor solar se podem repetir à mesma hora e com a mesma imagem contemplativa de há vários milénios pelos povos que habitaram a área. O que se espera venha a ocorrer, se as condições atmosféricas o permitirem, durante os vários minutos em que a cripta do enorme penedo é atravessado pelos raios solares da manhã.
Estes megálitos, são conhecidos por alinhamentos sagrados, remontam ao período megalítico e existem em várias partes do mundo, mas sobretudo na Europa. Sendo o mais famoso o Stonehenge. Muitos destas gigantes estruturas estão em perfeito alinhamento com os corpos celestes, especialmente com os Equinócios e os Solstícios - Perpectuam memórias de verdadeiros calendários astronómicos, que antigas civilizações elegeram como especiais locais de culto – Vários estudiosos, que visitaram os templos megalíticos dos Tambores, em Chãs, conferem-lhes significado e importância e comparam-os a alguns dos mais curiosos monumentos que ainda subsistem.
O monte dos Tambores, a curta distância da aldeia de Chãs, é uma vez mais o cenário mítico para assinalar a entrada das estações do ano. Exceptuando o Inverno, que é o tempo em que o frio se instala e os dias se tornam cinzentos e frios - o local já entrou definitivamente no calendário mediático das principais celebrações evocativas, com o objectivo de saudar a Mãe-Natureza, indo ao encontro das mais antigas tradições e cultos medievos dos vários povos, de cuja passagem por estas áreas e na região, e, por ventura, numa boa parte do nosso país, sim, dos quais, certamente legamos as nossas raízes étnicas e culturais mais profundas.
Em cerimónia simples, mas de expressivo simbolismo, pendor místico e histórico, a saudação à entrada da Primavera - a mais desejada e florida estação do ano - vai ser assinalada, no próximo dia 20, entre as 07.00 e a 07.30 da manhã, frente ao portal do antigo altar sacrificial do santuário rupestre, conhecido por Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, com momentos de música e poesia, bem-dizendo e festejando os dias primaveris e gloriosos que se anunciam.
O enorme penedo, orientado no sentido nascente-poente, possui uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento e sensivelmente a mesma altura, que é iluminada pelo seu eixo, no momento em que o Sol nasce. E é, justamente, esse momento, esplendoroso, que poderá ser uma vez mais observado. Graças as duas colaborações fundamentais: à compreensão dos proprietários dos terrenos, onde os dois megálitos se localizam (a Pedra do Solstício e a Pedra do Equinócio), nas pessoas da médica Teresa Marques e do seu marido, Fernando José Baltazar), bem como da inestimável colaboração de António Lourenço, da Junta de Freguesia de Chãs, bem como outras boas vontades: nomeadamente, Silvério Baltazar, Fernando Baltazar e Jacinto Lucas.
Fonte: Templos do Sol [blog alterado/morto]
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