O texto pede que o governo adote medidas imediatas para ajudar os Ainus, que estão entre os habitantes mais pobres do Japão. Apesar do caráter principalmente simbólico, o reconhecimento deve resultar em ajudas em termos de educação e emprego. Apenas 17% dos Ainus conseguem diplomas universitários, ou seja, duas vezes menos que a média nacional.
O reconhecimento acontece pouco antes da reunião de cúpula do G8, que o Japão organiza de 7 a 9 de julho na ilha de Hokkaido (norte), onde vive a maior parte dos 70 mil ainus do país.
Povo animista que vive tradicionalmente da caça e da pesca, os ainus se viram obrigados a abrir mão de suas terras, língua e modo de vida pela "lei sobre os antigos aborígenes de Hokkaido", aprovada em 1899 em Tóquio.
Abolida em 1997, a lei foi substituída por outra que defendia a proteção das tradições Ainus, mas que no entanto não reconhecia este povo como indígena.
Fonte: Folha Online
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