quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Cavalhada

Numa tradição de quase 170 anos, a cidade de Bonfim, na Região Central de Minas, a cerca de 80 quilômetros de Belo Horizonte, se destaca pelo festivo carnaval a cavalo. Os moradores contam os dias para chegar e época momesca para assistir os desfiles de cavaleiros e amazonas, vestidos com elegantes roupas aveludadas. De acordo com o Clube Carnavalesco de Bonfim, a festa é única no Brasil durante o carnaval.
O evento surgiu por volta da década de 1840, após uma discussão entre os organizadores e o bispo da região, que proibiu a cavalhada, festa que relembra a guerra entre cristãos e mouros na idade média. Insatisfeitos com a decisão do religioso, os adeptos da cavalhada resolveram manter o desfile de cavaleiros, só que no período do carnaval. Com o passar do tempo, as espadas e cimitarras foram substituídas por guerra de serpentinas e confetes e as amazonas foram aceitas na brincadeira. Além disso, as fantasias seguem uma identidade visual, sem diferenças entre cavaleiros cristãos ou muculmanos.[UAI][link morto]

Tradicionalmente festejado há 169 anos (1840 – 2009), o Carnaval a Cavalo de Bonfim foi introduzido em na cidade por Pe. Chiquinho, que tencionava transformar a guerra entre mouros e cristãos em uma festa de cunho religioso.
O Carnaval a Cavalo é a maior festa da cidade, para orgulho e satisfação dos bonfinenses. São três dias, onde Cavaleiros e amazonas (essas conquistaram seu espaço mais ou menos a partir de 1940) desfilam na Praça da Matriz, vestidos em fantasias de veludo bordadas à mão, que assemelham-se a roupas de príncipes, montados em belos cavalos, e colocam sua bandeira em plena praça. Com confetes e serpentinas, “disputam” a atenção das pessoas e tentam conquistá-las e levá-las a participar com eles do Carnaval. No fim do terceiro dia, há a “batalha de confetes e serpentinas”, onde os cavaleiros desmontam, tiram seus dominós (máscaras que lhes encobrem o rosto em todos os dias) e brincam com o povo; essa brincadeira simboliza a conquista definitiva das pessoas. Após essa batalha, os cavaleiros montam novamente, recolhem sua bandeira e com lenços brancos, despedem-se do povo. É um dos momentos mais emocionantes do Carnaval a Cavalo, onde homem/cavalo/público se tornam um só ser, em busca da alegria! A cada ano que passa, o Carnaval a Cavalo vem se destacando em reportagens televisivas e em renomados jornais; disputando espaço com Rio, Salvador, Recife, Olinda e muitos outros carnavais famosos, porém com enredo e participação muito diferentes do nosso. O que jamais mudará em nosso carnaval é o clima de alegria e inocência que permeia o espírito de cada cavaleiro/amazona, de cada espectador, de cada turista, enfim, de cada bonfinense que se orgulha muito de ter como maior tradição o carnaval a cavalo e que faz e fará de tudo para que tal tradição nunca deixe de existir!!![Bonfim, MG][link morto]

Um comentário:

Leo Carioca disse...

Olá!
Gostaria de dizer que segui, em parte, a sugestão que você deu no meu blog no post sobre a Wicca, em Fevereiro do ano passado, de fazer um post sobre a Tradição Gardneriana.
Digo que segui em parte porque o post não se ateve à Tradição Gardneriana em si, mas sim a desmistificar uma ´lenda urbana cristã` que se formou sobre essa tradição, numa tentativa de desencorajar novos postulantes ao sacerdócio wiccaniano.
É possível que no futuro eu faça outro post falando especificamente sobre a visão gardneriana da situação, mas não fiz isso agora por ser um post que exigirá mais pesquisa e me pareceu mais importante, por enquanto, falar sobre os assuntos de que tratei nesse post mais recente.
Bom, agradeço pela sua sugestão.
Blessed be!