Todos os anos, no dia 15 de fevereiro, acontecia uma festa no local.
O lugar se parece com uma caverna. A gruta de dimensões imponentes, 9 metros de diâmetro por 7 metros de altura, tem paredes decoradas com conchas e afrescos geométricos. No centro, uma grande pintura, uma águia branca sobre um fundo de céu azul.
Descoberta em novembro passado, essa sala subterrânea que fica no coração do Germanum, a parte mais sagrada do monte Palatino, no centro de Roma, lembra os hipogeus egípcios que serviam de última residência para os nobres.Porém, não é um monumento funerário. Ao contrário.
De acordo com os arqueólogos que a encontraram – encabeçados pelo professor Giorgio Croci – é a Lupercal, a gruta mítica onde os gêmeos Rômulo e Remo teriam sido amamentados por uma loba. A localização do sítio, sob o palácio de Augusto, coincide com um local de culto mencionado por Denis de Halicarnasso, historiador grego do século I antes de Cristo.
Para o arqueólogo Andrea Carandini, a identificação dessa caverna com a Lupercal mencionada pelo autor antigo não dá margem a dúvidas. A águia branca pintada sobre um fundo de céu azul é o símbolo imperial. Prova de que o imperador incorporara a seu palácio esse lugar altamente simbólico da história romana.
Adota-se geralmente 753 a.C. como o ano da fundação de Roma. Essa data é comprovada pelas descobertas arqueológicas de 2005 que permitiram desenterrar, perto do Fórum, os vestígios de um palácio datado do século VIII antes de nossa era.
A descoberta, em novembro de 2007, da lendária gruta de Rômulo e Remo nos faz mergulhar na história fantástica da origem da mais importante cidade da Antigüidade. E, por inacreditável que pareça, ao menos o sítio lendário tornou-se realidade.
Fonte: História Viva [link morto]
A lenda
Durante um banquete em sua homenagem, Enéias começa a contar as suas aventuras: a queda de Tróia, o estratagema do cavalo e a fuga com seu pai e seu filho.
Depois de fugirem, se refugiaram sobre o monte Ida, onde permaneceram durante todo o inverno à espera de uma novas frota, de onde partiram para uma nova pátria.
Ao fim de sua narrativa, Dido estava apaixonada por Enéias, porque Vênus havia substituído o filho de Enéias por Cupido, que acertou Dido com uma de suas flechas. Dido pede a Enéias que permaneça com ela e reine em Cartago. Enéia e seus companheiros, depois de ficarem um ano em Cartago por ordem de Júpiter, partiram para o Lácio. Dido, vendo ao longe os navios de Enéias, maldiz a estirpe troiana e se suicida.
Depois de várias peregrinações no Mediterrâneo, Enéias aporta no Lácio, como havia sido dito por sua mãe, que depois de uma previsão lhe havia dito que fundaria uma cidade na pátria de Dardano (seu antepassado que segundo a lenda era o fundador de Tróia).
No Lácio, Enéias foi amavelmente acolhido pelo rei Latino, que o apresenta à sua filha Lavínia. Enéias se apaixona perdidamente por ela mas vem a saber que latino já a havia prometido a Turno, rei dos rutulianos. O pai de Lavínia sabe da intenção de Enéias, mas temendo uma vingança por parte de Turno se opõe ao seu desejo.
A disputa pela mão da jovem torna-se uma verdadeira guerra, da qual participam as várias populações itálicas, compreendendo etruscos e volscos. Enéias alia-se com algumas populações gregas provenientes de Argos e estabelecidas na cidade de Pallante, sobre o monte Palatino, reino do árcade Evandro e seu filho Pallente.
A guerra é sangrenta e, para evitar mais vítimas, a disputa entre Enéias e Turno deverá resolver-se em um combate entre os dois comandantes e pretendentes. Enéias mata Turno, casa-se com Lavínia e funda a cidade de Lavínio (a atual Pratica di Mare).
Depois de trinta anos, Ascânio funda uma nova cidade, Alba Longa, sobre a qual reinaram seus descendentes. Muito tempo depois o filho e legítimo herdeiro do rei Proca de Alba Longa, Numitor, foi deposto pelo irmão Amúlio, que obriga a princesa Réia Sílvia a tornar-se Vestal (sacerdotisa virgem, consagrada à deusa Vesta) e a fazer voto de castidade.
Porém o Deus Marte se enamora da jovem que engravida e tem dois gêmeos Rômulo e Remo. O rei Amúlio ordena que os gêmeos sejam mortos, mas o servo encarregado da tarefa não tem coragem de fazê-lo e os abandona na corrente do rio Tibre.
A cesta com os gêmeos vai por fim para nas margens do rio em Velabro, entre os montes Palatino e Capitolino, onde foram encontrados e cuidados por uma loba. Depois o pator Fáustulo os encontra e, com sua mulher, Aca Larência os cria como filhos.
Uma vez adultos e conhecida sua origem, Rômulo e Remo retornam a Alba Longa, matam Amúlio e repõem no trono seu avô Numitor.
Rômulo e Remo obtêm então permissão para fundar uma nova cidade, no local onde haviam crescido.
Rômulo queria chamá-la Roma e edificá-la sobre o Palatino, enquanto Remo a quer batizá-la Remora e fundá-la sobre o Aventino.
É o próprio Tito Lívio quem se refere às duas mais críveis versões dos fatos:
"Como eram gêmeos e o respeito à progenitura não podia funcionar como critério eletivo, cabia aos que protegiam aqueles lugares indicar, através dos auspícios, quem seria escolhido para dar o nome à nova cidade e reinar depois da fundação.
Assim, para interpretar os auspícios, Rômulo escolhe o Palatino e Remo escolhe o Aventino. O primeiro presságio teria cabido a Remo. Do momento que Rômulo estava afastado quando o presságio fora anunciado, os respectivos grupos haviam proclamado como rei um e outro ao mesmo tempo.
Uns sustentavam que tinham direito ao poder com base à prioridade no tempo, outros com base no número de pássaros vistos. Nasceu assim uma discussão e da raivosa luta de palavras se passou ao sangue: Remo, golpeado na cabeça, cai por terra. É mais notável a versão segundo a qual Remo, para surpreender o irmão, teria escalado os muros recém construídos (provavelmente o Pomério), e Rômulo com raiva teria ameaçado com estas palavras: ‘Assim, de agora em diante, morra quem escalar os meus muros’.
Deste modo, Rômulo se apossou sozinho do poder e a cidade fundada tomou o nome do fundador." [Lívio]
Assim a cidade foi fundada sobre o Palatino e Rômulo tornou-se o primeiro Rei de Roma.
Fonte: wikipedia
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