Realizou-se na Índia, em Nagpur, de 31 de Janeiro a 5 de Fevereiro, a terceira conferência internacional de um grupo de sábios sobre a espiritualidade para além da Religião, tendo a deste ano sido intitulada "Renascimento das Antigas Tradições e Culturas: Desafios e Soluções", organizada pelo Centro Internacional de Estudos Culturais (CEIC), pelo Congresso Mundial de Religiões Étnicas (CMRE), pelo Conselho Nacional de Sábios dos Maias, dos Incas e dos Garifuna da Guatemala.
Cerca de trezentos delegados de cinquenta países participaram na conferência de seis dias. Orações universais de tradições de todo o mundo foram proferidas na cerimónia inaugural.
O primeiro-ministro do governo em-exílio tibetano Sam Dong Rinpoche assim discursou, na abertura do evento: "O aumento da violência é devido à degradação das tradições. As tradições e culturas estão agora ameaçadas pela modernidade. A preservação das tradições preserva as culturas. As tradições são eternas, universais e sagradas. Sem tradição, a humanidade não poderá sobreviver. A diversidade é a verdadeira beleza da tradição e da cultura. Precisamos de toda a espécie de diversidade. Um mundo sem cultura e sem tradição será nada mais do que uma multidão sem raízes, onde a coexistência não será possível. A cultura e a tradição distinguem os seres humanos neste planeta. A preservação de antigas tradições e culturas é a necessidade da presente hora. Devemos todos juntar-nos numa só plataforma para levar a cabo esta tarefa."
O "Manifesto Nagpur", adoptado unanimemente pelos participantes, versa assim: "Nós os participantes da Terceira Conferência Internacional e Reunião dos Sábios de Antigas Tradições e Culturas, acreditamos firmemente que, sendo os filhos da Mãe Terra, somos todos um só; interrelacionados, interligados, partilhamos o mesmo espírito de unidade sem prejuízo da nossa identidade individual única. Cremos que a renascença não é apenas o reviver da Antiguidade mas também uma aplicação a uma nova vida em novos modos. Irá levar a uma vida elevada de compreensão mútua, partilha, tolerância e respeito. (...) Proclamamos que temos todos o direito de seguir as nossas próprias tradições, rituais e filosofias, que são benéficas para o bem-estar da sociedade."
Fonte: Gladius
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