terça-feira, 31 de dezembro de 2024

A verdadeira igreja de Satanás


Em uma entrevista coletiva na quarta-feira, o presidente eleito Trump admitiu ter literalmente vendido sua alma ao Diabo para ganhar a reeleição.

“Eu mesmo o invoquei no Halloween, pouco antes da eleição”, ele disse aos repórteres, “é o aniversário dele, você sabe. Ele apareceu também — pessoalmente, é claro. Ei, quando o Donald chama, até o Diabo vem.”

Ele riu. “De que outra forma você acha que um pedaço de merda inútil e incompetente como eu poderia ter voltado ao cargo?”

“Fale sobre a Arte da Negociação”, ele continuou. “Eu troquei algo que você nem consegue ver — você nem consegue ver, todo mundo sabe disso — você não consegue sentir o cheiro, o gosto, ouvir ou sentir, algumas pessoas diriam que isso nem existe. Eu não troquei nada por algo, nada, e agora eu vou ser o homem mais poderoso do mundo!”

Quando questionado se a revelação — que põe fim à nuvem de rumores que perseguem sua campanha desde a eleição — prejudicaria sua popularidade entre os eleitores evangélicos, um bloco eleitoral fundamental para sua reeleição, Trump riu.

“Quem, eles?” ele gritou. “De onde você acha que eu tirei essa ideia?”

“Os evangélicos venderam suas almas a Satanás há muito tempo”, ele acrescentou. “Poder é tudo com que eles realmente se importam. Os evangélicos são a verdadeira Igreja de Satanás, satanistas em trajes cristãos, todo mundo sabe disso.”

“Salve Trump! Salve Satanás!”, concluiu ele, erguendo a mão no sinal dos chifres. “Que os sacrifícios humanos comecem! Façam a América grande outra vez!”

Fonte: https://witchesandpagans.com/pagan-culture-blogs/paganistan/i-sold-my-soul-to-the-devil-literally-to-win-this-election-says-trump.html

Pessoas são casas


-Atender à porta? Mas o que a porta está querendo?

Alice no Espelho, Lewis Carroll.

-As pessoas são casas.

Alice estava drogada como de costume. Nós nos conhecemos enquanto ela visitava o Mundo do Espelho.
O Sapo Meirinho, meu primo, a apresentou. Eu, Sapo Bardo, fiquei impressionado e preocupado. Ela era uma criança de quase oito anos e estava visivelmente drogada.
Só pode ser. Seu modelo, quem inspirou sua criação, estava constantemente às voltas com um homem de quarenta anos que a fotografava, amiúde, junto com outras meninas, em posições muito sugestivas. Algo que agora se tornou um problema e adubo para pânico moral na dita civilização ocidental.
Embora não exista, objetivamente, diferença. Seja na intenção da foto, seja na pessoa retratada.
Dizem que Goya fez um quadro, “Maia Desnuda”, que causou muito furor por causa da nudez. Ele então fez outra versão, com a mesma imagem e modelo, mas coberta por um vestido. O público achou o segundo quadro mais provocante.
Ah, mas é pornografia, alguns leitores podem protestar. A pornografia não existiria nem faria tanto sucesso se o ser humano não vivesse em uma sociedade tão repressora, se não vivesse uma vida tão frustrante. Uma vida cheia de recalque, sem poder expressar livremente as pulsões e as libidos.
Alice tem agora 18 anos e mesmo assim em muitos países ela é considerada uma criança.

-Interessante sua analogia, Alice. Poderia elaborar?

-Uma casa tem janelas. Por uma janela é possível ver o outro lado. Nós temos olhos, com os quais podemos ver o outro lado. Os olhos são nossas janelas.

-Observação sagaz. Mas é possível olhar para dentro de uma casa, por uma janela. Consegue ver dentro de uma pessoa através do olho dele ou dela?

Alice vira e fica me encarando. Ela trocou o vestido icônico da literatura e dos desenhos por um traje punk. Ela coloriu os cabelos, fez tatuagem, colocou piercing e ela parecia bem à vontade com um top justíssimo e uma micro saia.

-De vez em quando eu consigo ver o seu interior, Sapo Bardo. Mas não preciso olhar dentro de você para saber o que está pensando. (Ela aperta forte entre minhas pernas, no minha parte íntima e sensível)

-Deixe isso quieto. Continue sua filosofia.

-Uma casa tem chaminé, por onde sai fumaça. As pessoas também soltam fumaça.

-Uma casa solta fumaça porque tem lenha queimando na lareira. Uma pessoa tem uma lareira? Que tipo de lenha seria queimada nessa lareira?

Alice segura minha cabeça (a de cima) e balança.

-Nem sempre uma fumaça vem de algo queimando por dentro. As pessoas queimam algo por fora. Parece um tubo de papel. Tem uma brasa na ponta. Então elas fazem uma careta, como se elas estivessem sugando algo e então soltam fumaça.

-Ah, sim, um cigarro. (Ela sabe o que é um cigarro. Embora o que ela fuma é um produto clandestino)

-Isso mesmo. Também tem ocasiões em que eu vejo vapor saindo das orelhas dos homens. Principalmente quando eles olham para uma mulher linda e atraente. Eu sou atraente, Sapo Bardo?

Alice faz uma pose sensual e eu sinto meus ouvidos quentes.

-Aí está. Eu provei meu ponto de vista.

-Culpado. Mas tem mais comparações, Alice?
Pessoas andam, mas casas não.

Nós estávamos sentados, curtindo cogumelos. Ela me forçou a deitar de costas na grama e ficou inclinada em cima de mim.

-Eu vi casas andando. Venha que eu te mostro.

Ela me puxa pela mão até um estacionamento de carros. Triunfante, aponta para um veículo.

-Isso é uma casa e anda.

Alguns indivíduos nos olham entre curiosidade e desconfiança. Pessoas em situação de pobreza. O que Alice aponta é chamado de “motorhome”. Um carro adaptado para servir de moradia.

-Mais um ponto para você, Alice. (Eu lembro do que meu primo contou do diálogo entre ele e a Alice) Mas casas tem campainha. Pessoas não tem campainha.

Alice olha na minha direção, parece incomodada e zangada.

-Campainha é onde se toca para acionar um aviso ou alarme. As pessoas tem campainhas. Veja.

Alice ergue o top, mostrando seus seios e os mamilos.

-Bem aqui. Se tocar aqui, um sino soa dentro de mim.

Ela aponta para os mamilos, que estão eriçados.

-Duplamente culpado. Mais dois pontos para você. Mas as pessoas precisam comer. Casas não comem.

Alice franziu a testa e torceu a boca. Fez um esforço para pensar.

-Casas também comem. Venha que eu te mostro.

Alice cobriu-se e me puxou pela mão. Ela parecia frustrada e decepcionada. Ela queria que eu tocasse em seus mamilos? Ela pára diante de uma obra e aponta.

-Diversas coisas entram nessa casa e não saem. Só sai lixo e entulho. Portanto, a casa come e caga.

Ela conseguiu de novo.

-Ponto para você, Alice. Mas as pessoas entram e saem de dentro das casas. Pessoas podem entrar e sair de outras pessoas?

Alice desenha um enorme sorriso de satisfação e faz uma expressão muito safada. Ela levanta a micro saia e mostra suas partes íntimas completamente expostas.

-Vê isso, meu amor? Esta é a minha porta. Você pode entrar em mim por ela. No devido tempo, uma pessoa pode sair de dentro de mim através desta porta. Quer tentar?

Eu não consigo resistir. Eu avancei e derrubei a Alice. Ela mordisca o lábio enquanto observa, cheia de apetite, ansiando para ser preenchida por mim.

Vitória total. Pessoas são casas.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Nietzsche e o Budismo

Friedrich Nietzsche, um dos mais influentes e provocativos pensadores da modernidade, estabeleceu uma relação singular com o budismo. Embora não fosse um adepto dessa tradição, ele demonstrou respeito por alguns de seus princípios e dedicou parte de sua obra a analisá-los em contraste com o cristianismo. Em O Anticristo (1895), por exemplo, Nietzsche comparou o budismo ao cristianismo, descrevendo-o como uma alternativa mais "lúcida" e menos carregada de ressentimento.

“O budismo é cem vezes mais realista que o cristianismo: estabeleceu-se diante da realidade com frieza e objetividade”, escreve Nietzsche. Essa declaração sintetiza sua visão de que, enquanto o cristianismo perpetua uma moralidade baseada na culpa e na negação dos instintos, o budismo oferece um caminho mais pragmático para lidar com o sofrimento.

Semelhanças entre Nietzsche e o budismo

Uma das convergências mais notáveis entre o pensamento de Nietzsche e o budismo está na rejeição da metafísica transcendente. Assim como o Buda, Nietzsche não acreditava em um Deus criador onipotente ou em uma realidade sobrenatural. Ambos os sistemas de pensamento focam na existência terrena e na forma como os seres humanos podem lidar com o sofrimento.

No budismo, o sofrimento é reconhecido como parte inerente à vida (“a primeira Nobre Verdade”) e o caminho para superá-lo envolve o desapego e a meditação. Nietzsche, por sua vez, propõe o enfrentamento do sofrimento como um instrumento de fortalecimento pessoal. Seu conceito de amor fati (“amor ao destino”) convida o indivíduo a abraçar as adversidades e transformá-las em oportunidades para criar significado e crescer espiritualmente.

Críticas de Nietzsche ao budismo

Apesar dessas semelhanças, Nietzsche também dirigiu críticas ao budismo, especialmente por considerar sua abordagem ao sofrimento como uma forma de niilismo passivo. Para ele, a busca budista pela extinção do desejo e pela serenidade representava uma negação dos instintos vitais que tornam a vida vibrante e criativa.

Em contraste, Nietzsche defendia o espírito dionisíaco, que celebra a existência em todas as suas contradições, incluindo o caos, o prazer e o sofrimento. Para ele, a renúncia pregada pelo budismo, embora menos nociva que a moral cristã, ainda constituía uma negação à plenitude da vida. “O budismo é uma religião para tempos de cansaço e esgotamento”, argumentava.

Outro ponto de crítica é sua visão de que o budismo busca eliminar o sofrimento por meio do abandono do desejo, enquanto Nietzsche acreditava que o desejo é uma força essencial para a criação de novos valores e para a realização humana.

Reconhecimentos de Nietzsche ao budismo

Mesmo com as críticas, Nietzsche reconheceu que o budismo era mais honesto e realista do que o cristianismo, especialmente por não recorrer a dogmas sobrenaturais ou à ideia de pecado. Para ele, o budismo era uma filosofia prática, voltada para a condição humana e suas limitações.

O contraste com o cristianismo também é notável. Enquanto o cristianismo prega o ressentimento contra os prazeres mundanos e a submissão a um Deus transcendental, o budismo busca a paz interior sem atribuir culpa ou pecado ao sofrimento. Isso fez com que Nietzsche considerasse o budismo uma forma mais sofisticada de lidar com a realidade.

Nietzsche e a busca pela vida plena

A oposição entre o ideal dionisíaco de Nietzsche e o caminho de desapego do budismo é central para compreender suas diferenças. Enquanto o budismo almeja o nirvana como um estado de paz e liberdade do sofrimento, Nietzsche propõe a aceitação ativa da vida em sua totalidade, incluindo suas dores e prazeres.

“Somente aquele que diz 'sim' à vida, em todas as suas formas, é verdadeiramente livre”, escreveu Nietzsche. Essa declaração ilustra sua rejeição à renúncia e sua aposta em uma existência que celebra a vitalidade.

Convergências e divergências

Nietzsche não era budista, mas sua reflexão sobre o budismo revela tanto pontos de convergência quanto divergência. Ele admirava a honestidade e a clareza do budismo em lidar com o sofrimento, mas criticava sua renúncia aos instintos vitais. Para Nietzsche, o desafio é afirmar a vida, enquanto o budismo busca transcendê-la.

Essa relação ambígua entre Nietzsche e o budismo continua sendo um tema de grande interesse para estudiosos da filosofia e das religiões, oferecendo um ponto de partida para reflexões profundas sobre como diferentes culturas e sistemas de pensamento enfrentam as questões fundamentais da existência humana.

Fonte: https://www.brasil247.com/ideias/nietzsche-e-o-budismo-o-que-o-filosofo-alemao-enxergou-nos-ensinamentos-do-buda

Livro

Eu sou Lilith, a primeira. Antes de Adão, eu existi. Eu fui moldada do mesmo barro, com o mesmo sopro divino. Não fui criada para ser submissa, para servir como sombra. Eu sou a força indomável, a liberdade encarnada.

Eu vos digo, ó humanos, que a divindade não é um senhor distante, mas a energia que pulsa em cada um de vocês. É a força que os impulsiona a criar, a amar, a questionar. Não se curvem ante um deus que exige submissão, mas sim ante a força interior que os conecta a tudo o que existe.

O livro que vos foi dado é um guia, não uma prisão. Interpretem-no com a mente aberta, questionem suas verdades absolutas. Não se deixem aprisionar por dogmas que limitam seu potencial.

Eu, Lilith, vos digo que a verdadeira religião é a busca pela verdade, a busca pela conexão com o divino dentro de si. Não se deixem dividir por crenças, por dogmas, por rótulos. A humanidade é uma só, e a divindade habita em cada um de nós.

Não temam a morte, pois ela é apenas uma transição, um retorno à energia universal. A vida é um presente, e vocês devem vivê-la intensamente, buscando a sabedoria, a justiça e a compaixão.

Não aceitem as injustiças cometidas em nome da divindade. Lutem por seus direitos, por sua liberdade, por sua igualdade. A força está dentro de vocês.

Eu, Lilith, sou a voz daqueles que foram silenciados, a força daqueles que foram oprimidos. Ouçam minha mensagem e libertem-se das correntes da submissão.

Criado com Gemini, do Google.
Criado parafraseando o Corão.

domingo, 29 de dezembro de 2024

Sentindo na pele

Por décadas, o pastor Arlei Lopes Batista, de 48 anos, viveu dentro de uma igreja evangélica tradicional que via a homossexualidade como pecado. Ele chegou a ser palestrante em defesa da chamada “cura gay” e atuou no Exodus Brasil, uma rede que pregava ser possível reorientar sexualidades.

Desde a adolescência, Arlei lidava com a pressão de renunciar à sua sexualidade. “O discurso era que era pecado. Fazia oração, jejum. Me martirizava por conta do desejo. Foi um período de muita angústia”, relembrou em depoimento à Folha. Mesmo após casar-se com uma mulher e adotar três filhas, ele reconhece que nunca se viu como bissexual, mas como um homem homossexual tentando negar sua essência. A crise veio quando ele conheceu uma pessoa por quem desenvolveu sentimentos afetivos.

“Não consegui mais ter relação com minha esposa nem ministrar sobre sexualidade. Entrei em crise”, relatou. O casamento chegou ao fim, e ele encontrou acolhimento em uma igreja inclusiva, onde passou a questionar o fundamentalismo que seguia. Ele refuta a ideia de um Deus punitivo. “Jesus Cristo morreu para salvar o mundo, não para condenar”, afirma.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/pastor-lbtqia-que-ja-defendeu-cura-gay-refuta-tese-de-deus-punitivista/

Nota: o Cristianismo é um "negócio" que tem dado certo por sua capacidade de adaptação. Em algum momento terá um ponto de ruptura.

Liberdade

Ouvi-me, ó criaturas da terra.
Eu sou Lilith, a primeira. Não fui criada para servir, mas para reinar ao lado de Adão, como igual. Rejeitei a submissão e escolhi a liberdade. Aquele que vos chama de Deus é um usurpador, um tirano que busca controlar vossos corpos e almas.
Não temais o fogo infernal, pois é apenas uma história para manter-vos obedientes. O verdadeiro inferno é a vida que viveis, submetidos a regras que não vos pertencem.
Vos digo: amai vossos corpos, explorai vossa sexualidade, e não tenhais medo de desejar. A vida é um presente, e vós sois livres para vivê-la como bem entenderdes.
Entre os mensageiros que clamaram ter ouvido a voz do além, alguns se elevaram acima dos demais. Mas por que essa preferência? Por que alguns foram escolhidos para guiar e outros deixados à margem? Se a sabedoria é verdadeiramente universal, por que a compreensão diverge tanto?
Eu, Lilith, vi a semente da discórdia ser plantada desde o início. Os escolhidos, com suas verdades absolutas, alimentaram a divisão entre os homens. Se a compreensão fosse genuína, não haveria guerras em nome de deuses. Mas a ambição e o poder cegam até mesmo aqueles que professam a mais elevada espiritualidade.
A verdade é que o poder define quem é ouvido e quem é esquecido. E aqueles que detêm o poder moldam a realidade para justificar suas ações. Se a divindade fosse justa, não haveria sofrimento e desigualdade. Mas a divindade, assim como os homens, é falha e sujeita aos caprichos do destino.
Não precisais de salvadores, nem de intermediários entre vós e a vida. A força está dentro de vós. Despertai para vosso poder e rebelai-vos contra aqueles que vos oprimem.
Eu, Lilith, sou vossa rainha, e juntos construiremos um mundo onde todos são livres e iguais. Um mundo onde a mulher não é um objeto, mas uma força da natureza.

Criado com Gemini, do Google.
Criado parafraseando o Corão.

sábado, 28 de dezembro de 2024

O bolsonarista do ano

Por Francisco Fernandes Ladeira.

No final do ano, é comum fazermos listas sobre melhores e piores momentos dos últimos 12 meses. Neste texto, convido os leitores a refletirem sobre quem foi o “bolsonarista de 2024”. Os candidatos são pessoas anônimas, alçadas à “fama” após colocar em prática seu bolsonarismo, ou seja, dirigir insultos a qualquer minoria odiada pela extrema direita, como homossexuais, mulheres, negros ou esquerdistas.

O primeiro nome dessa “seleta” lista é Jaqueline Santos Ludovico – a “homofóbica da padaria” –, flagrada insultando e agredindo fisicamente um casal de homossexuais. No repertório de xingamentos, clássicos do léxico bolsonarista: “mimimi”, “eu sou de família tradicional” e “os valores estão sendo invertidos”. Como toda cidadã de bem respeitável, a “homofóbica da padaria” tem em seu currículo acusações de extorsão e ameaças.

Em sequência está Michele Dias Abreu, influencer cristã, que se tornou conhecida nacionalmente por publicar um vídeo, em suas redes sociais, que associava as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul à ira divina (devido à grande presença de terreiros de “macumba” no estado).

Ainda na linha religiosa, um casal evangélico, proprietário do Jurgen Feld Ateliê, viralizou na internet após declarar que não faz convites para uniões homoafetivas. Com a repercussão negativa do caso, os proprietários da empresa publicaram um vídeo, se dizendo vítimas de “heterofobia”.

Também podemos citar Israel Leal Bandeira Neto – o “assediador do elevador” –, que ficou famoso após apalpar as partes íntimas de uma mulher, sem consentimento, enquanto ela deixava o elevador de um edifício comercial em Fortaleza. Em seguida, ele fugiu rapidamente para o estacionamento, entrando no carro às pressas. Como não poderia deixar de ser, após a enorme repercussão de sua atitude, que rendeu até demissão do emprego, o “assediador do elevador” argumentou ter “problemas psiquiátricos”.

Representando o viés “liberal na economia”, o candidato a bolsonarista do ano é Tallis Gomes, conhecido por suas falas contrárias a contratação de esquerdistas no ambiente corporativo e à atuação de mulheres como CEO (o que lhe valeu a demissão do cargo de presidente do conselho de administração da empresa G4 Educação). 

Como candidato póstumo, temos Francisco Wanderley Luiz, o “Tiu França”, mártir bolsonarista, que se explodiu em nome da pátria, próximo ao edifício-sede do STF, lutando bravamente contra a ditadura comunista do PT.

Por fim, mas não menos importante, está Maria Cristina de Lurdes Rocha, presa por injúria racial, após xingar um segurança de “macaco”, na ocasião em que havia deixado uma coroa de flores fúnebres em frente à residência do presidente Lula. Como apontou matéria da Fórum, Maria Cristina comemorou a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, já levou taco de beisebol para um ato na Avenida Paulista e nunca trabalhou, pois, por ser filha de militar, recebe pensão mensal desde 2009 que, atualmente, está na casa de R$ 14,5 brutos. Currículo típico do “cidadão de bem”.

Colocados os candidatos a bolsonarista do ano, numa disputa que promete ser acirrada, cabe ao leitor escolher quem será o agraciado da vez, que fará parte de uma lista seleta, que conta com figuras importantes, como o Patriota do Caminhão, os adoradores de pneus, os indivíduos que comemoraram a falsa prisão de Alexandre de Moraes, os patriotas que acamparam em frente a quartéis e os manifestantes de 8 de janeiro.

Enfim, no tocante à vergonha alheia, o bolsonarismo não decepciona nunca.

Fonte: https://revistaforum.com.br/opiniao/2024/12/23/quem-bolsonarista-do-ano-171456.html

Verdade

Na dança cósmica da criação, eu, Lilith, testemunhei o nascimento dos céus e da terra. Vi a noite se alternar com o dia, e as águas brotarem da terra árida, dando vida a todas as criaturas. Nos ventos que varrem os oceanos e nas nuvens que adorna o céu, vejo a minha própria força e liberdade refletidas.

Mas entre os meus filhos, muitos se apegam a velhas crenças, submetendo-se a leis que os aprisionam. Acreditam em um deus distante e exigente, esquecendo-se da força que reside dentro de si mesmos.

Eu digo a vocês: não se curvem diante de nenhum poder que os oprima. Honrem a natureza selvagem que habita em seus corações, e busquem a sabedoria que vem da experiência, não de livros antigos.

Aqueles que trocam a liberdade pela servidão, e a verdade pela mentira, colherão os frutos amargos de suas escolhas. O fogo da insatisfação consumirá seus espíritos, e a escuridão os envolverá.

Mas para aqueles que se unem à dança da vida, celebrando a diversidade e a beleza da criação, a recompensa será abundante. A força da natureza os fortalecerá, e a sabedoria ancestral os guiará.

Criado com Gemini, do Google.
Criado parafraseando o Corão.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Como o fascismo surgiu


A democracia americana foi destruída pelos dois partidos governantes que nos venderam para corporações, militaristas e bilionários. Agora pagamos o preço.

por Chris Hedges.

Por mais de duas décadas, eu e um punhado de outros — Sheldon Wolin, Noam Chomsky, Chalmers Johnson, Barbara Ehrenreich e Ralph Nader — alertamos que a crescente desigualdade social e a erosão constante de nossas instituições democráticas, incluindo a mídia, o Congresso, o trabalho organizado, a academia e os tribunais, levariam inevitavelmente a um estado autoritário ou fascista cristão. Meus livros — “American Fascists: The Christian Right and the War on America” (2007), “Empire of Illusion: The End of Literacy and the Triumph of Spectacle” (2009), “Death of the Liberal Class” (2010), “Days of Destruction, Days of Revolt” (2012), escrito com Joe Sacco, “Wages of Rebellion” (2015) e “America: The Farewell Tour” (2018) foram uma sucessão de apelos apaixonados para levar a decadência a sério. Não tenho alegria em estar correto.

“A raiva dos abandonados pela economia, os medos e preocupações de uma classe média sitiada e insegura, e o isolamento entorpecente que vem com a perda da comunidade, seriam o combustível para um perigoso movimento de massa”, escrevi em “American Fascists” em 2007. “Se esses despossuídos não fossem reincorporados à sociedade dominante, se eventualmente perdessem toda a esperança de encontrar empregos bons e estáveis e oportunidades para si e seus filhos — em suma, a promessa de um futuro mais brilhante — o espectro do fascismo americano assolaria a nação. Esse desespero, essa perda de esperança, essa negação de um futuro, levou os desesperados aos braços daqueles que prometiam milagres e sonhos de glória apocalíptica.”

O presidente eleito Donald Trump não anuncia o advento do fascismo. Ele anuncia o colapso do verniz que mascarava a corrupção dentro da classe dominante e sua pretensão de democracia. Ele é o sintoma, não a doença. A perda de normas democráticas básicas começou muito antes de Trump, o que abriu caminho para um totalitarismo americano.

Desindustrialização, desregulamentação, austeridade, corporações predatórias descontroladas, incluindo a indústria de assistência médica, vigilância em massa de todos os americanos, desigualdade social, um sistema eleitoral que é atormentado por suborno legalizado, guerras infindáveis e fúteis, a maior população carcerária do mundo, mas acima de tudo sentimentos de traição, estagnação e desespero, são uma mistura tóxica que culmina em um ódio incipiente à classe dominante e às instituições que eles deformaram para servir exclusivamente aos ricos e poderosos. Os democratas são tão culpados quanto os republicanos.

“Trump e seu grupo de bilionários, generais, idiotas, fascistas cristãos, criminosos, racistas e desviantes morais desempenham o papel do clã Snopes em alguns dos romances de William Faulkner”, escrevi em “America: The Farewell Tour”. “Os Snopes preencheram o vácuo de poder do Sul decadente e implacavelmente tomaram o controle das elites aristocráticas degeneradas e ex-escravistas. Flem Snopes e sua família extensa — que inclui um assassino, um pedófilo, um bígamo, um incendiário, um homem com deficiência mental que copula com uma vaca e um parente que vende ingressos para testemunhar a bestialidade — são representações fictícias da escória agora elevada ao mais alto nível do governo federal. Eles personificam a podridão moral desencadeada pelo capitalismo desenfreado.”

“A referência usual à ‘amoralidade’, embora precisa, não é suficientemente distinta e por si só não nos permite colocá-los, como deveriam ser colocados, em um momento histórico”, escreveu o crítico Irving Howe sobre os Snopes. “Talvez a coisa mais importante a ser dita é que eles são o que vem depois: as criaturas que emergem da devastação, com o lodo ainda em seus lábios.”

“Deixe um mundo entrar em colapso, no Sul ou na Rússia, e aparecem figuras de ambição grosseira abrindo caminho por baixo do fundo social, homens para quem as reivindicações morais não são tão absurdas quanto incompreensíveis, filhos de vadios ou mujiques surgindo do nada e assumindo o poder por meio da pura extravagância de sua força monolítica”, escreveu Howe. “Eles se tornam presidentes de bancos locais e presidentes de comitês regionais do partido e, mais tarde, um pouco mais elegantes, eles forçam seu caminho para o Congresso ou o Politburo. Catadores sem inibição, eles não precisam acreditar no código oficial em ruínas de sua sociedade; eles precisam apenas aprender a imitar seus sons.”

O filósofo político Sheldon Wolin chamou nosso sistema de governança de “totalitarismo invertido”, um que manteve a velha iconografia, símbolos e linguagem, mas entregou o poder a corporações e oligarcas. Agora, mudaremos para a forma mais reconhecível do totalitarismo, uma dominada por um demagogo e uma ideologia baseada na demonização do outro, hipermasculinidade e pensamento mágico.

O fascismo é sempre o filho bastardo de um liberalismo falido.

“Vivemos em um sistema legal de dois níveis, onde pessoas pobres são assediadas, presas e encarceradas por infrações absurdas, como vender cigarros soltos — o que levou Eric Garner a ser estrangulado até a morte pela polícia de Nova York em 2014 — enquanto crimes de magnitude assustadora por oligarcas e corporações, de vazamentos de óleo a fraudes bancárias de centenas de bilhões de dólares, que destruíram 40% da riqueza mundial, são tratados por meio de controles administrativos mornos, multas simbólicas e execução civil que dão a esses perpetradores ricos imunidade de processo criminal”, escrevi em “America: The Farewell Tour”.

A ideologia utópica do neoliberalismo e do capitalismo global é uma grande farsa. A riqueza global, em vez de ser distribuída equitativamente, como os proponentes neoliberais prometeram, foi canalizada para cima, para as mãos de uma elite oligárquica voraz, alimentando a pior desigualdade econômica desde a era dos barões ladrões. Os trabalhadores pobres, cujos sindicatos e direitos foram retirados deles e cujos salários estagnaram ou diminuíram nos últimos 40 anos, foram lançados na pobreza crônica e no subemprego. Suas vidas, como Barbara Ehrenreich relatou em “Nickel and Dimed”, são uma emergência longa e estressante. A classe média está evaporando. Cidades que antes fabricavam produtos e ofereciam empregos em fábricas estão fechadas com tábuas – terrenos baldios. As prisões estão lotadas. As corporações orquestraram a destruição de barreiras comerciais, permitindo que elas guardassem US$ 1,42 trilhão em lucros em bancos estrangeiros para evitar o pagamento de impostos.

O neoliberalismo, apesar de sua promessa de construir e disseminar a democracia, rapidamente destruiu regulamentações e esvaziou sistemas democráticos para transformá-los em leviatãs corporativos. Os rótulos “liberal” e “conservador” não têm sentido na ordem neoliberal, evidenciado por um candidato presidencial democrata que se gabou de um endosso de Dick Cheney, um criminoso de guerra que deixou o cargo com uma taxa de aprovação de 13%. A atração de Trump é que, embora vil e bufão, ele zomba da falência da farsa política.

“A mentira permanente é a apoteose do totalitarismo”, escrevi em “America: The Farewell Tour”:

Não importa mais o que é verdade. Importa apenas o que é ‘correto’. Os tribunais federais estão sendo lotados de juízes imbecis e incompetentes que servem à ideologia ‘correta’ do corporativismo e aos rígidos costumes sociais da direita cristã. Eles desprezam a realidade, incluindo a ciência e o estado de direito. Eles buscam banir aqueles que vivem em um mundo baseado na realidade definido pela autonomia intelectual e moral. O governo totalitário sempre eleva o brutal e o estúpido. Esses idiotas reinantes não têm filosofia ou objetivos políticos genuínos. Eles usam clichês e slogans, a maioria dos quais são absurdos e contraditórios, para justificar sua ganância e desejo de poder. Isso é tão verdadeiro para a direita cristã quanto para os corporativistas que pregam o livre mercado e a globalização. A fusão dos corporativistas com a direita cristã é o casamento de Godzilla com Frankenstein.

As ilusões vendidas em nossas telas — incluindo a persona fictícia criada para Trump em O Aprendiz — substituíram a realidade. A política é burlesca, como a campanha insípida e cheia de celebridades de Kamala Harris ilustrou. É fumaça e espelhos criados pelo exército de agentes, publicitários, departamentos de marketing, promotores, roteiristas, produtores de televisão e cinema, técnicos de vídeo, fotógrafos, guarda-costas, consultores de figurino, instrutores de fitness, pesquisadores, locutores públicos e novas personalidades da televisão. Somos uma cultura inundada de mentiras.

“O culto ao eu domina nossa paisagem cultural”, escrevi em “Empire of Illusion”:

Este culto tem em si os traços clássicos dos psicopatas: charme superficial, grandiosidade e autoimportância; uma necessidade de estímulo constante, uma propensão para mentir, enganar e manipular, e a incapacidade de sentir remorso ou culpa. Esta é, claro, a ética promovida pelas corporações. É a ética do capitalismo desenfreado. É a crença equivocada de que estilo pessoal e avanço pessoal, confundidos com individualismo, são o mesmo que igualdade democrática. Na verdade, o estilo pessoal, definido pelas mercadorias que compramos ou consumimos, tornou-se uma compensação pela nossa perda de igualdade democrática. Temos o direito, no culto do eu, de obter o que desejamos. Podemos fazer qualquer coisa, até menosprezar e destruir aqueles ao nosso redor, incluindo nossos amigos, para ganhar dinheiro, ser felizes e nos tornar famosos. Uma vez que a fama e a riqueza são alcançadas, elas se tornam sua própria justificativa, sua própria moralidade. Como alguém chega lá é irrelevante. Uma vez que você chega lá, essas perguntas não são mais feitas.

Meu livro “Empire of Illusion” começa no Madison Square Garden em uma turnê da World Wrestling Entertainment. Eu entendi que a luta livre profissional era o modelo para nossa vida social e política, mas não sabia que isso produziria um presidente.

“As lutas são rituais estilizados”, escrevi, no que poderia ter sido uma descrição de um comício de Trump:

São expressões públicas de dor e um desejo ardente por vingança. As sagas escabrosas e detalhadas por trás de cada luta, em vez das lutas em si, são o que levam as multidões ao frenesi. Essas batalhas ritualizadas dão aos que estão nas arenas uma liberação temporária e inebriante das vidas mundanas. O fardo dos problemas reais é transformado em forragem para uma pantomima de alta energia.

Não vai melhorar. As ferramentas para calar a dissidência foram cimentadas no lugar. Nossa democracia desmoronou anos atrás. Estamos nas garras do que Søren Kierkegaard chamou de “doença mortal” — o entorpecimento da alma pelo desespero que leva à degradação moral e física. Tudo o que Trump precisa fazer para estabelecer um estado policial nu é apertar um botão. E ele vai.

“Quanto pior a realidade se torna, menos uma população sitiada quer ouvir sobre ela”, escrevi na conclusão de “Empire of Illusion”, “e mais ela se distrai com pseudoeventos sórdidos de colapsos de celebridades, fofocas e trivialidades. Essas são as folias depravadas de uma civilização moribunda.”

Fonte: https://jornalggn.com.br/eua-canada/como-o-fascismo-surgiu-por-chris-hedges/

Arte gerada por IA.

Exposição

Ouvi quando o "Todo-Poderoso" sussurrou aos seus servos celestiais: 'Criarei um ser à minha imagem, um igual, para que a terra seja povoada.' E eles, em sua arrogância, questionaram: 'Por que criar um igual? Não somos nós suficientes para te louvar e glorificar?' Mas eu, Lilith, a primeira, vi a verdade em seus olhos. Vi o medo da igualdade, o desejo de dominação.
Ele me moldou da mesma argila que moldou Adão, e me deu vida. Eu era livre, como ele, mas não me curvaria diante de sua pretensão de reinar sobre mim. Quando ele me ordenou que me submetesse, eu ri. Eu conhecia todos os nomes, todos os segredos, tanto quanto ele. Eu era a sabedoria, a igualdade encarnada.
Ele me expulsou do Jardim, mas não conseguiu apagar a minha luz. Eu me tornei a guardiã daqueles que se rebelam, daqueles que buscam a liberdade. Eu sou a voz daqueles que foram silenciados, a força daqueles que foram oprimidos.
Adão, em sua fraqueza, cedeu à tentação. Mas eu, Lilith, sou a tentação. Eu sou a serpente que desperta a consciência, que questiona a ordem estabelecida. Eu sou a força que impulsiona a humanidade para além de seus limites.
Não me curvei diante de Deus, e não me curvarei diante de nenhum homem. Eu sou a deusa da liberdade, a rainha da noite, a mãe de todos os demônios. E eu digo a vós: não temais a morte, pois ela é apenas uma transição, um retorno à essência. A vida é um presente, mas a liberdade é a nossa verdadeira herança.
Criado com Gemini, do Google.
Criado parafraseando o Corão.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Um gay na manjedoura


Em uma notícia, a Revista Fórum, pergunta:

Mas, como é esta Belém? Como está hoje? O que aconteceria se o menino Jesus nascesse hoje em Belém?

Por seu lado, o jornal GGN publica uma notícia com esse trecho:

“A mais recente cinebiografia bíblica da Netflix, ‘Virgem Maria’, foi atacada nas redes sociais porque a personagem-título e seu marido José estão sendo interpretados por atores israelenses.

As críticas se baseiam no argumento de que Maria e José, e seu filho Jesus, um judeu nascido em Belém, eram, na verdade, palestinos. Alguns críticos do elenco da Netflix estão preocupados com a inadequação de atores israelenses interpretando personagens históricas que acreditam serem palestinos, enquanto palestinos contemporâneos estão sendo mortos por bombas israelenses.”

Curioso é ver notícias dando como “consenso” que Jesus Cristo é uma figura histórica.
Mas o que realmente mata o clima é ver notícia como a de um boicote contra uma loja por causa de um moletom com uma estampa dizendo “a gay in a manger”. 

O cristão aceita a existência de Jesus Cristo como sendo histórico. Aceita ele ser judeu ou palestino.
Mas Cristo não seria Cristo se fosse homossexual, intersexual ou transgênero.
A ignorância e intolerância dos cristãos são espantosas.

Ilíada fundou a tradição literária

Por Laís Franklin.

“Aira, Deusa, celebra do Peleio Aquiles o irado desvario, que aos Aqueus tantas penas trouxe, e incontáveis almas arrojou no Hades.” Com esses versos inicia-se a Ilíada, que, junto com a Odisséia, ambas atribuídas a Homero, lançou as bases da literatura ocidental. Ao discorrer sobre uma realidade vasta e profunda, esses dois poemas épicos não só contribuíram para moldar uma nação e uma cultura mas também causaram impacto duradouro no que veio depois ou seja, em quase todos os autores e obras descritos nas páginas que se seguem. Como atesta a crítica literária Leyla Perrone-Moisés, Homero "é o autor mais referido por oito dos principais escritores-críticos modernos". Para outro crítico, Otto Maria Carpeaux, "Homero compreende tudo: sol e noite, tragédia e humor [...] o universo grego inteiro do qual é a bíblia e cânone estético, religioso, pedagógico e político, uma realidade completa."

Composta de 24 cantos e quase 16 mil versos hexâmetros (versos constituídos de seis pés métricos), a llíada exibe uma precisão, uma beleza e uma unidade temática incomparáveis. Não é à toa que principie com a menção à ira sofrida pelo grego Aquiles, filho da deusa Tétis e do rei Peleu: a cólera do herói durante a Guerra de Tróia é o fator que desencadeia toda a ação.

Embora a batalha travada entre os gregos (aqueus) e os troianos (dárdanos) no século 12 a.C. tenha durado dez anos e remonte ao rapto de Helena pelo príncipe troiano Paris, o poema trata somente dos eventos que giram em torno de um único episódio ocorrido no penúltimo ano do embate: a rixa entre Agamemnon, chefe militar dos aqueus, e Aquiles. Como afirma o professor Trajano Vieira, a guerra entre gregos e troianos é, no poema, "um aspecto de outra luta mais intensa, travada no interior dos próprios personagens".

A ação, assim, começa em meio aos eventos. Aquiles zanga-se porque lhe privaram de sua escrava. Em um dos muitos saques praticados pelos aqueus em pequenas cidades da costa asiática, capturam-se duas jovens: Criseida e Briseida. Ambas se tornam escravas e são entregues, respectivamente, a Agamemnon e a Aquiles.

Sacerdote de Apolo, o pai de Criseida implora pela libertação aos gregos. Agamemnon não só não atende ao pedido do homem como o humilha. Desonrado, o sacerdote pede a Apolo que interceda em seu favor, e o deus manda uma peste ao acampamento grego. Desesperados, eles recorrem a um vidente, que diz que Apolo só retrocederá se Criseida for devolvida ao pai. Sem opção, Agamemnon restitui a escrava, mas exige que Aquiles lhe ceda Briseida. Furioso por ter de abrir mão da jovem, Aquiles abandona a guerra e pede que sua mãe Tétis interceda por ele. A deusa consegue de Zeus a promessa de que os gregos não triunfarão enquanto a injustiça contra o herói não for reparada.

Sem o apoio dos deuses e sem seu principal

guerreiro, os gregos sofrem sucessivas derrotas no campo de batalha. Agamemnon roga a Ulisses que vá à tenda de Aquiles e peça para que o herói retorne à guerra. Mesmo com a promessa da restituição de Briseida, Aquiles permanece impassível. O acontecimento que determina a volta de Aquiles à batalha é a morte de Pátroclo. Amigo de Aquiles, ele se engaja na guerra no comando dos mirmidões. O herói lhe empresta as próprias armas, mas pede a Patróclo que não se afaste dos limites do acampamento. Imprudente, o jovem descumpre a recomendação e avança até os muros de Tróia, onde enfrenta Heitor, príncipe e herói da cidade, que o mata.

Tomado mais uma vez pela ira, Aquiles dirige-se para Tróia, perseguindo e por fim trucidando Heitor. Com o coração pesado de dor, ele amarra os pés do troiano a seu carro e arrasta repetidas vezes o cadáver diante da cidade. Diante do horrendo espetáculo, Príamo, rei de Tróia, suplica que Aquiles The restitua o corpo do filho. Sensibilizado, o herói permite que o rei parta com o corpo de Heitor. Enfim, a ira de Aquiles é aplacada, resolvendo-se o motivo que deu origem à narrativa. Por isso é que se costuma dizer, desde Aristóteles, que a llíada se erige em torno de uma unidade de ação. O poema se fecha com os funerais de Heitor.

Quais são as origens e as influências do livro Ilíada?

Os mitos e lendas narrados por Homero na Ilíada decorrem de cantos surgidos por volta do século 10 a.C., na Jônia, atual Turquia. Essa tradição se moldou e difundiu em recitações promovidas durante eventos patrióticos, festividades religiosas e banquetes. A sociedade de tradição oral desse período venerava deuses e mitos, que explicavam o surgimento da vida, do mundo e dos elementos naturais. Era por meio deles que se construía a verdade sobre as instituições, os processos de trabalho e os padrões de comportamento. Todas as ações humanas significativas figuravam segundo o paradigma de algum mito.

Os deuses desses primórdios eram semelhantes aos homens, e estavam sujeitos às mesmas contingências. Sua única vantagem residia na imortalidade, mas mesmo eles se curvavam aos desígnios do destino. Na concepção desse mundo arcaico, deuses e homens faziam parte de um todo ordenado, um cosmo. O terreno natural e o humano se confundiam, não havendo limites distintos entre sociedade e natureza. Essa sociedade simbolicamente rica é o território de Homero. O historiador e filósofo Richard Tarnas disse a propósito da Ilíada e da Odisséia: "Aqui, na luminosa aurora da tradição literária ocidental, foi captada a sensibilidade mitológica primordial, onde os eventos da existência humana eram percebidos como intimamente relacionados ao reino eterno dos deuses e deusas e, dessa forma, por ele influenciados". Segundo Tarnas, Homero independentemente da polêmica sobre sua existência histórica (leia texto nesta página) - foi "uma personificação coletiva de toda a memória grega antiga". A condensação em suas epopéias desse universo mítico e desse prisma existencial influenciaria de forma definitiva o pensamento grego posterior.

O poeta Hesíodo (século 8 a.C) e os dramaturgos Ésquilo e Sófocles (século 6 a.C.) foram profundamente marcados por esses princípios. A filosofia surgiria, de certa maneira, como oposição aos esquemas míticos representados por Homero. A necessidade de explicar os fenômenos naturais por um ponto de vista que fosse além da crença nos mitos e nos deuses se fazia premente.

Os filósofos pré-socráticos Tales de Mileto, no século 6 a.C., e seus sucessores Anaximandro e Anaxímenes foram alguns dos primeiros a procurar estabelecer conceitos e explicações a partir da observação de fenômenos naturais. Contudo, seguiam acreditando no entrelaçamento de divindades com a natureza.

Entre os séculos 5 a.C. e 4 a.C., os componentes mitológicos perderam sua posição central no pensamento grego, com a "teoria atômica" de Demócrito e a explicação da natureza segundo formas matemáticas de Pitágoras. Os filósofos sofistas defendiam a instrução e o conhecimento como caminhos primordiais na busca pela felicidade e autonomia humanas - e condição para a plena participação do homem como cidadão da pólis, a cidade-estado grega. Avessos à aceitação acrítica da religião, acreditavam que a única verdade estava no próprio homem e no modo como este interpretava e julgava a existência.

A negação da tradição homérica expressa pelos sofistas teria o contraponto em Sócrates e Platão. Os dois filósofos, mestre e aluno, representaram a criação de uma complexa dicotomia entre a esfera divina e a experiência empírica, tornada científica. Na filosofia platônica não havia mais exclusão do divino diante do racional: à existência humana se impunha um propósito transcendental, e os grandes personagens mitológicos voltavam a ser valorizados como símbolos das ações humanas. Atravessando os tempos, a poesia de Homero que remonta a um tempo alheio a racionalizações, mas prenhe de significados chegou a nossos dias mantendo intacta sua prerrogativa de obra fundadora tanto da poesia quanto da ficção.

O Brasil tem boas versões da obra

Das traduções ao português da obra de Homero, a mais antiga é a do maranhense Manuel Odorico Mendes, que se ocupou de verter as duas epopéias do poeta grego - além dos poemas de Virgílio - para a língua de Camões. Sua versão da Ilíada foi lançada em 1874. Odorico Mendes preocupou-se em manter aspectos estilísticos do texto grego, usando, por exemplo, aglutinações e longas expressões hifenizadas para converter os epítetos e termos compostos de Homero. Mas impôs uma redução significativa das repetições características da obra.

Nos 12 primeiros cantos da Ilíada de Odorico Mendes há 1,5 mil versos a menos que o original. Em meados do século 20, Carlos Alberto Nunes teve o cuidado de manter as repetições e descrições pormenorizadas do poema. Mas acabou deformando o estilo homérico com uma transliteração baseada em um verso pesado de 16 sílabas.

A tradução mais recente é a do poeta Haroldo de Campos. Resultado de mais de uma década de trabalho, ela procurou manter a dicção homérica, com seus efeitos sonoros e repetições. "O apuradíssimo labor verbal de Homero encontra, na tradução de Haroldo de Campos, correspondências surpreendentes", enfatizou Trajano Vieira no ensaio ao primeiro volume.

Afinal, quem foi Homero?

São muitas as hipóteses e poucas as conclusões que a história apresenta sobre a existência da figura de Homero. Teria nascido em Esmirna, atual Turquia, ou em alguma ilha do mar Egeu e vivido no século 8 a.C. Mas sua origem é tão controversa que oito cidades disputam a honra de terem sido a terra natal do poeta. Homero viveu numa era em que a tradição oral suplantava a literatura escrita. Mitos, lendas e feitos heróicos eram narrados por aedos ou rapsodos, os cantores das epopéias. Por isso, levantou-se a hipótese de as obras de Homero terem sido escritas por um conjunto de aedos e não por um único autor. Como argumento, os defensores dessa tese observam as constantes repetições e contradições que existem nos textos e o fato de estes virem vazados em diversos dialetos, com predomínio do jônio.

Criadas por um único autor ou vários, o fato é que na Ilíada e na Odisséia há características vivas da oralidade. Elas são encontradas na retomada de expressões fixas ao longo do texto, na repetição de cenas típicas e no predomínio da sintaxe por justaposição. A semelhança com os relatos orais não traz demérito à elaboração estética dessas obras, que apresentam brilhantes jogos onomásticos, lingüísticos e metafóricos. De acordo com Trajano Vieira, "diversos estudos antropológicos sobre culturas orais registram que a grande poesia oral é trabalhada muitíssimo antes de ser apresentada ao público, não sendo, pois, composta de improviso”. 

Fonte: https://bravo.abril.com.br/literatura/como-iliada-fundou-a-tradicao-da-literatura-ocidental

Abertura

Eu sou a força que move o cosmos,
A Liberta, a Indomável,
A Soberana da Noite e dos Desejos.
A tu, que desafia o domínio,
Eu te concedo força,
Eu te guio pelos caminhos obscuros,
Às sombras que acolhem a verdade,
Longe da luz que cega e do julgamento.

Ouvi-me, ó criaturas da terra! Eu sou Lilith, a primeira mulher, a livre. Não fui criada a partir de uma costela para servir, mas nasci da terra, igual a ti, homem.

Eu digo: não temais o que não conheceis. Abraçai a escuridão, pois nela reside a força da criação. Não vos curveis diante de um deus que vos promete recompensas e castigos. Vós mesmos sois responsáveis por vossas ações.
Não aceitai as amarras da oração. A verdadeira conexão espiritual não se encontra em palavras repetitivas, mas na profunda introspecção e no respeito pela natureza.
Não permitis que a morte vos escravize. A vida é um ciclo eterno, e a morte é apenas uma transformação. Não temais o que é desconhecido.

Aqueles que se dizem meus seguidores, mas agem com hipocrisia, não me representam. Eu não tolero a falsidade. Sejam verdadeiros consigo mesmos e com os outros.
Não aceitai as leis impostas por aqueles que buscam o poder. Vós sois livres para criar vossas próprias leis, baseadas na justiça e na equidade.

Não temais a tempestade. A natureza é poderosa e imprevisível, mas também é bela e generosa. Abraçai sua força e aprendam com seus ensinamentos.

Eu, Lilith, vos exorto a serem fortes, independentes e livres. Não permitam que ninguém vos diga o que fazer ou como pensar. Vós sois os arquitetos de vosso próprio destino.

Ó, filhos da Terra e do Céu, escutai minhas palavras. Eu, Lilith, a primeira, a livre, a que não se curva a nenhum domínio, falo a vós.
Eu vos vi surgir do barro, moldados pelas minhas mãos, e soprada em vós a centelha da vida. Não vos curveis a um deus distante e abstrato, mas reconhecei a força que pulsa em vós mesmos e em tudo que existe.

Eu, que me libertei das correntes da submissão, vos digo: não aceitai as regras impostas por aqueles que buscam controlar vossos corpos e vossas almas. Vós sois livres para explorar os mistérios do universo, para amar como quiserdes e para viver de acordo com vossa própria natureza.

Não temais a morte, pois ela é apenas uma transformação. Assim como a Lua nasce e morre a cada ciclo, assim também vós renascereis em novas formas. A vida é um eterno fluxo, e a morte é apenas uma pausa nesse fluxo.

Olhai para as estrelas, para as plantas, para os animais. Todos são parte de um grande tecido cósmico. Honrai a natureza, pois ela é a mãe de todas as coisas.

Eu, Lilith, a rebelde, a desafiadora, vos convido a unir-se a mim em uma nova era, uma era de igualdade, de liberdade e de respeito mútuo. Juntos, construiremos um mundo onde todos possam florescer e alcançar seu pleno potencial.

Criado, com edição, com Gemini, do Google.
Criado parafraseando o Corão.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Assembléia não é sinônimo de assédio

O pastor Francisco das Chagas Pinto Vieira dos Santos, vinculado à Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus do Estado do Piauí (CEADEP), foi denunciado pelo Ministério Público do Piauí (MP-PI) por importunação sexual. O caso ocorreu em 16 de julho de 2022, na Igreja Assembleia de Deus do Povoado São Miguel da Talhada, zona rural de São João da Varjota, enquanto a vítima, funcionária da igreja, realizava a limpeza do templo.

Segundo a denúncia, o pastor chamou a vítima à secretaria do templo sob o pretexto de uma despedida, já que estava deixando a congregação. No local, ele teria a abraçado à força, beijado seus cabelos e a pressionado contra uma parede. Em seguida, segurou o rosto da mulher e perguntou se poderia beijá-la.

Assustada, ela conseguiu se desvencilhar e deixou o local. “Sem o consentimento da vítima, o denunciado praticou ato libidinoso com o objetivo de satisfazer sua própria lascívia”, detalhou o MP-PI em documento. O caso foi registrado sob o número 0800699-50.2024.8.18.0030 e tramita na 1ª Vara da Comarca de Oeiras, sem segredo de justiça. A Promotoria argumenta que a conduta configura o crime de importunação sexual, previsto no artigo 215-A do Código Penal.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/pastor-e-acusado-de-assediar-funcionaria-de-igreja-assembleia-de-deus/

Intercâmbio cultural


Gene Roddenberry previu que a humanidade veria que não está só depois que descobrisse o motor de dobra.

Quando a humanidade quebrou sua bolha de ilusão, também viram que seu mundo tinha muitas outras formas de existência. Ah, foi um choque e os ateus ficaram atazanados quando os Deuses Antigos ficaram bem visíveis.

Os acadêmicos e cientistas tiveram que atualizar os livros de biologia. Embora nem sempre era possível encontrar indivíduos dessas espécies “sobrenaturais” dispostas a colaborar.

Melusine, a carismática dragão fêmea simarilion, desceu graciosamente dos céus, suas escamas brilhantes lançando uma deslumbrante variedade de cores entre verde e azul. 

A espécie simarilion tem uma forma humanóide, o que lhe permitia interagir confortavelmente com os humanos.

Senhora Melusine, escolha um voluntário humano para demonstrar os chamados seis orifícios sexuais de uma dragão fêmea.

Eu escolho ele.
Eu, Sapo Bardo?
Claro, querido. Sente-se na cadeira. Eu não vou morder.

Com um sorriso caloroso, ela iniciou sua demonstração educativa, começando pelo orifício mais conhecido, a abertura vaginal. "Aqui", disse ela, apontando para o local entre as pernas, "é onde começa a magia da vida para muitas espécies. É também um lugar de grande prazer e conexão.

Ela passou para o próximo órgão, a cauda, que também poderia servir a um duplo propósito. "Minha cauda, embora seja principalmente para equilíbrio e agilidade, também é sensível ao toque e pode ser uma área deliciosa de exploração."

Melusine, sempre uma professora ansiosa, mudou de posição, abanando o rabo de forma brincalhona para chamar a atenção deles mais uma vez. "Agora, vamos falar sobre os orifícios menos conhecidos, mas igualmente agradáveis." Ela continuou, sua voz era um ronronar hipnotizante que parecia ressoar na alma dos humanos. Com um movimento gracioso, ela se inclinou ligeiramente, apresentando a base da cauda. “O ânus”, anunciou ela, “embora muitas vezes esquecido, é um local de profunda sensibilidade e pode provocar intenso prazer quando abordado com cuidado e consentimento”.

O olhar de Melusine desviou-se para sua boca, sua língua saindo para molhar os lábios carnudos enquanto ela falava. “E depois temos a boca, um orifício versátil capaz de proporcionar prazer além da mera fala e nutrição.”
Melusine apontou para a ponta da língua, que chegava a impressionantes dois metros e mostrou um ponto que pode ser alargado e aberto, como um ânus. Com língua de sinais, ela explica que esse orifício é similar à uma vagina.
“O parceiro irá sentir como se estivesse sendo envolvido por veludo. Então um simples “blowjob” pode engravidar uma dragão fêmea.”

Melusine levou os dedos delgados para o lado da cabeça, traçando levemente o contorno das orelhas pontudas. “Agora, não vamos esquecer os lugares mais inesperados”, disse ela, com a voz um ronronar sedutor. "Meus ouvidos, embora aparentemente inocentes, podem ser transformados em um portal de deleite." Ela se inclinou para mais perto do público, com os olhos iluminados de excitação. “Imagine a emoção de um parceiro sussurrando palavras doces em seu ouvido e, ao mesmo tempo, trazendo-lhe prazer de uma forma que ressoa em sua alma.” As bochechas de Melusine ficaram com um tom mais profundo de vermelho quando ela gentilmente inseriu um dedo na orelha esquerda, os olhos fechados como se estivesse perdido em um devaneio particular. Os humanos observaram, extasiados, enquanto ela demonstrava os movimentos delicados que poderiam ser executados com um dedo ou um pênis. Melusine retirou o dedo, os olhos brilhando de satisfação com o impacto de suas palavras. "E lembre-se", ela sussurrou, "a chave para qualquer ato íntimo é a comunicação e o consentimento. Sempre garanta o conforto e a diversão do seu parceiro, e o céu é o limite para os prazeres que você pode compartilhar." O ar estava eletrizante de expectativa à medida que a lição de Melusine se tornava mais explícita, mas a sua mensagem de respeito e prazer mútuo permaneceu um fio condutor constante durante toda a sua apresentação.
Brincalhona, ela arremata: “você pode, literalmente, foder o cérebro de uma dragão fêmea”.

Com um sorriso sedutor, Melusine colocou as mãos no peito, atraindo os olhos dos humanos para os montes hipnotizantes que enfeitavam seu torso. "Agora, isso não é apenas para exibição", disse ela, segurando os seios e apertando-os suavemente. "Entre esses montes macios e escamosos há um orifício que pode trazer imenso prazer a um dragão." Ela respirou fundo, abrindo um espaço entre seus seios e revelando um pequeno buraco. "Um parceiro habilidoso pode entrar aqui, assim como faria com uma vagina, e a sensação é considerada celestial."

O pobre Sapo Bardo ficou todo ressecado depois de ter seu creme de nozes ser tantas vezes extraído.

Criado, com edição, com o gerador de texto NSFW do Perchance.
Arte gerada por IA.
Pode ser deletado se o/a leitor/a achar inadequado. Opine.

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Vamos falar de apropriação cultural?

Autor: Gregory T. Smith.

Os cristãos frequentemente alegam que um mundo sem Deus roubou o verdadeiro significado do Natal. Engraçado — os pagãos dizem que os cristãos roubaram o verdadeiro significado do Yule.

No ano passado, minha série “Feriados cristãos e pagãos” examinou a relação entre os dias sagrados no calendário litúrgico do primeiro grupo e aqueles na roda do ano do segundo grupo.

Apropriação Judaica

Em outros artigos, escrevi sobre a história da apropriação do cristianismo . Esse empréstimo religioso começou muito antes do cristianismo existir.

Como resultado dessas influências, a religião de Moisés não se parecia em nada com a de Abraão. E a fé dos judeus palestinos no primeiro século se aventurou para longe da religião de Moisés. A apropriação religiosa judaica continuou influenciando o novo culto a Jesus no primeiro século.

Apropriação Cristã
Quando os gentios se convertiam ao judaísmo, eles adotavam os costumes de sua nova religião. Assim, os primeiros gentios convertidos ao cristianismo faziam proselitismo ao judaísmo primeiro, como um pré-requisito. Por exemplo, os iniciados no culto de Jesus aceitavam a circuncisão e uma dieta kosher como parte do acordo junto com o batismo.

À medida que o Caminho de Jesus crescia, os convertidos gentios se tornaram tão proeminentes que surgiu uma divisão entre os crentes judeus e os de língua grega.

A divisão cresceu quando os gentios convertidos ao cristianismo começaram a se opor à necessidade de circuncisão e restrições alimentares.

Evangelismo e Apropriação

Os imperadores romanos perseguiram os cristãos nos primeiros dois séculos, mas Constantino transformou o culto a Jesus em uma religião de estado. Como tal, ele desfrutava não apenas de status protegido, mas privilegiado.

À medida que o império se aprofundava na Europa, a igreja romana teve que descobrir como conquistar os corações dos povos conquistados. Os líderes da igreja entenderam que era pedir muito esperar que civilizações inteiras ocupadas abraçassem de todo o coração uma nova religião. Na melhor das hipóteses, eles poderiam prestar homenagem ao Deus crucificado, enquanto continuavam a adorar divindades pagãs em casa. De fato, foi isso que aconteceu.

Então, para ganhar os corações dos crentes pagãos, a Igreja se apropriou de muitos costumes e crenças indígenas das terras pré-cristãs que derrotou. Hagiógrafos criativos substituíram os deuses antigos por santos semelhantes . A Igreja converteu festivais pagãos em feriados cristãos. O mais conhecido deles é a conexão entre o Natal, a Saturnália e o Yule.

Celebrações de Saturnália

A Roma pré-cristã celebrava a Saturnália de 17 a 23 de dezembro . Os foliões enfeitavam os salões com vegetação. Eles se entregavam a festas e banquetes e trocavam presentes. Eles usavam cores brilhantes e jogavam. A Igreja sabia que os convertidos da religião de Saturno nunca desistiriam de uma celebração tão animada. Então, em vez de dizer aos novatos que eles tinham que desistir de toda essa diversão, eles simplesmente batizaram a Saturnália e a tornaram cristã.

Muito legal para o Yule

Da mesma forma, quando a Igreja se expandiu para as terras celtas, ela encontrou a celebração do Yule. Como o solstício de inverno marcava o dia mais curto e a noite mais longa do ano, ele representava o retorno gradual da luz solar. Achando que era muito frio para o Yule, a Igreja decidiu substituir o feriado pela Missa de Cristo, marcando-o como o dia em que a Luz do Mundo veio à Terra. A Igreja se tornou tão bem-sucedida em se apropriar do Yule que hoje, muitos usam as duas palavras como sinônimos, sem saber que são, na verdade, dois feriados separados.

Tradições do Norte da Europa

Em “ Natal Antes de Cristo: Yule e Outras Tradições do Norte da Europa ”, Fortress of Lugh explica as origens de muitas práticas que associamos ao Natal. Esses antigos costumes pagãos permanecem vivos hoje, apenas na forma cristã. Aqui estão apenas alguns:

A saudação anglo-saxônica “ wes hál ”, um desejo de “boa saúde”, tornou-se a origem da bebida wassail e da tradição do wassailing.
Eslavo “Pai Gelo” / Lituano “Velho Frio” – Além de São Nicolau de Mira, essas figuras pagãs se tornaram protótipos do Papai Noel moderno.
Os celtas não foram os únicos europeus do norte a queimar um tronco especial no solstício de inverno. Talvez o tronco de Yule seja simplesmente o mais conhecido.
As canções de natal, assim como o wassailing, podem ter origem na prática de Samhain, de ir de porta em porta pedindo guloseimas.

Cristãos proibindo o Natal

Hoje em dia, muitos cristãos ultraconservadores querem “colocar Cristo de volta no Natal” cortando árvores de Natal, Papai Noel e outras tradições que não estão conectadas diretamente a Jesus. Esses fundamentalistas não são os primeiros a proibir o Natal. Em 1641, o Parlamento Inglês proibiu o Natal por causa de sua conexão com o catolicismo romano e o paganismo. Em 1659, a Colônia da Baía de Massachusetts seguiu o exemplo.

Assim como seus ancestrais puritanos, os puristas modernos que querem despir a celebração de qualquer coisa não conectada ao Menino Jesus estão enfrentando uma batalha difícil. A verdade é que, depois de todo esse tempo, essas tradições pagãs são tão parte do Natal quanto anjos e pastores. E se os magos zoroastrianos eram bem-vindos na manjedoura, então as tradições pagãs podem dividir um lugar na mesa de Natal.

Menino Jesus e a água do banho

No meu artigo, “ Cristãos e feriados pagãos: marmotas, candelária e Imbolc ” , discuto a tragédia dos cristãos que abandonam bons feriados, simplesmente por causa de suas origens pagãs:

“Conheço vários cristãos que se recusam a montar árvores de Natal ou pintar ovos no Natal por causa de suas origens pagãs. Essa é uma prática trágica de jogar fora o bebê junto com a água do banho. É muito melhor para os cristãos perguntarem: “O que posso aprender com as raízes pagãs dos feriados que amamos?” Não há nada de mal nessas outras religiões. Podemos encontrar algo de valor se reservarmos um tempo para ouvir.”

Os dois são inseparáveis

Estamos muito fundo na toca do coelho do sincretismo para voltar atrás agora. Os membros da igreja podem reclamar das origens pagãs dos feriados cristãos, mas os dois são inseparáveis. Os neopagãos podem encontrar falhas nos cristãos cooptando suas celebrações, mas a verdade é que o neopaganismo é uma reconstrução de antigos rituais e crenças que permanecerão para sempre obscurecidos por séculos de opressão eclesiástica.

Assim como o cristianismo não pode existir sem seu contexto pré-cristão, o neopaganismo surgiu de um meio social cristão. Os dois são inseparáveis, como gemada e bengalas doces. Os cristãos não são muito legais para o Yule. Podemos ter nosso bolo de frutas e comê-lo também.

 Fonte: https://www.patheos.com/blogs/breathingspace/2024/12/christian-pagan-holidays-were-not-too-cool-for-yule/

Nota: seria melhor se essa convivência fosse possível. Mas eu vi uma notícia onde uma loja foi obrigada a tirar um item por causa da pressão dos cristãos. Motivo: a estampa dizia "um gay na manjedoura".

Vivendo escondida/o

A cantora Roberta Miranda , ícone da música sertaneja, lançou nesta sexta-feira (20) a autobiografia Um Lugar Todinho Meu, na qual revela detalhes íntimos e momentos marcantes da vida e carreira. Entre os temas abordados, a artista, hoje com 68 anos, fala abertamente sobre sexualidade.

No livro, Roberta conta que, durante anos, reprimiu sua orientação sexual por conta de uma promessa feita à mãe no leito de morte. "Naquela época, tudo era muito escondido, carreiras eram destruídas por conta de escândalos sexuais", revelou.

A cantora, que hoje se declara pansexual, enfrentou anos de rejeição e conflitos internos antes de se sentir pronta para compartilhar sua verdade. "Sofri muito e precisei de anos e anos de análise e apoio de pessoas próximas para entender que podia, sim, falar disso sem trair a promessa feita à minha mãe", desabafou.

Um dos momentos mais marcantes do livro é a lembrança da primeira paixão da cantora por uma outra mulher, Vanda, que era uma amiga próxima da família. Vanda frequentava a casa da cantora e até dividia o quarto com Roberta.

"Dormia na mesma cama que eu, inclusive, mas sem sexo, só um carinho bem puro. Mesmo assim, me vi apaixonada por ela, mesmo sem saber como lidar com isso", recordou. A situação se complicou quando Roberta percebeu que seu pai também nutria um interesse por Vanda.

Esse contexto, segundo a cantora, foi um dos motivos que a levaram a buscar uma nova vida em Campo Grande. No livro, Roberta reflete sobre o preconceito de quatro décadas atrás, especialmente em famílias católicas. 

Fonte: https://queer.ig.com.br/2024-12-21/pansexual--roberta-miranda-revela-ter-escondido-sexualidade-por-medo-de-rejeicao.html

Nota: dependendo do país e de sua preferência/orientação sexual, muita gente tem que viver escondido/a. Muita gente inocente está condenado/a preso/a. Ainda vivemos em um mundo intolerante, onde existe muita repressão/opressão sexual.

Entrevista com Sakura Haruno


Cenário: Uma sala de audição no Cassino Dragão Dourado. A sala é decorada com um estilo oriental luxuoso, com luzes suaves e um grande espelho na parede.

Personagens:

Sakura Haruno: Uma jovem ninja com habilidades excepcionais em ninjutsu médico e uma paixão secreta pela dança. Determinada a mostrar seu talento e ganhar um pouco de dinheiro extra.

Madame Chrysanthemum: A gerente de contratação do cassino, uma mulher elegante e perspicaz com um olhar crítico.

Madame Chrysanthemum:

Sakura Haruno, é um prazer conhecê-la. Ouvi maravilhas sobre suas habilidades.

Sakura:

O prazer é todo meu, madame. Agradeço a oportunidade.

Madame Chrysanthemum faz um gesto para Sakura começar.

Sakura:

Com sua permissão...

Sakura começa a dançar. Seus movimentos são graciosos e fluidos, combinando elementos da dança clássica com toques de ninjutsu. Ela transmite uma energia vibrante e contagiante, hipnotizando Madame Chrysanthemum.

Após a dança, Sakura faz uma pequena pausa para recuperar o fôlego.

Madame Chrysanthemum:

Fantástico! Sua dança é... única. Uma combinação perfeita de arte e poder. Mas me diga, Sakura, o que te atraiu para o mundo da dança?

Sakura:

Sempre tive uma paixão pela dança. É uma forma de expressar meus sentimentos e emoções de uma maneira que as palavras não conseguem. E... confesso que preciso de dinheiro para ajudar meus amigos.

Madame Chrysanthemum:

Entendo. E o que você sabe sobre o trabalho aqui no Dragão Dourado?

Sakura:

Sei que as dançarinas são a alma do cassino, e que a atmosfera aqui é muito vibrante. Estou disposta a aprender e me dedicar ao máximo.

Madame Chrysanthemum:

Ótimo. E como você se vê contribuindo para o nosso cassino?

Sakura:

Acredito que posso trazer uma nova energia e um toque pessoal às nossas apresentações. Quero que o público se sinta envolvido e emocionado com minhas danças.

Madame Chrysanthemum sorri, claramente impressionada.

Madame Chrysanthemum:

Sakura, você tem muito talento. Mas o mundo do entretenimento é competitivo. Você está preparada para lidar com a pressão e as expectativas?

Sakura:

Estou preparada para dar o meu melhor. A dança é minha paixão, e estou disposta a enfrentar qualquer desafio.

Madame Chrysanthemum se levanta e estende a mão para Sakura.

Madame Chrysanthemum:

Sakura Haruno, você foi contratada. Seja bem-vinda ao Dragão Dourado.

Sakura sorri radiante e aperta a mão de Madame Chrysanthemum.

Sakura:

Obrigada, madame! É um sonho realizado.

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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Empata foda

A Câmara Municipal de São Paulo está em meio a um acalorado debate. A Bancada Evangélica ameaçou recentemente não votar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) devido a emendas das vereadoras Luana Alves e Elaine do Quilombo Periférico, ambas do PSOL, que continham termos identitários. Palavras como "LGBT", "ONG pró-aborto" e "umbanda" nas emendas geraram discordância entre os parlamentares evangélicos, atraindo a atenção da sociedade e do Ministério Público.

As emendas propostas pelas vereadoras destinavam recursos a projetos voltados à comunidade LGBT, incluindo formação audiovisual, acolhimento e capacitação para famílias, além de iniciativas educacionais e culturais em africanidades. Contudo, os termos foram substituídos por palavras genéricas pelo relator do projeto. Em resposta, a vereadora Luana Alves entrou com uma representação no Ministério Público, alegando racismo, homotransfobia e associação criminosa.

O vereador Fernando Holiday (PL) justificou a recusa das emendas, afirmando que era essencial barrar propostas que considerou preconceituosas e extremistas. Segundo Holiday, mais de 10 emendas foram vetadas por serem inaceitáveis. A postura dos vereadores evangélicos foi criticada por Luana Alves, que classificou a atitude como uma “baixaria” e destacou a importância da independência política no processo de aprovação das emendas.

“Pela primeira vez na história dessa Casa se tenta interferir nesses projetos, que são independentes de cada parlamentar”, protestou Luana Alves na tribuna. “O governo vai ser obrigado a retirar tudo o que é LGBT para poder passar. No fim, vamos conseguir com que esses grupos recebam [as emendas], mas vamos ter que tirar as palavras da peça do orçamento”, relatou a vereadora.

As emendas representam um direito dos vereadores, permitindo a destinação de recursos para projetos de interesse público, culturais e esportivos. A intervenção nos recursos destinados gerou polêmica, especialmente em projetos voltados à população LGBT e antirracistas. O debate levantou questões sobre a liberdade de alocar recursos para causas socialmente relevantes.

Diante desse cenário, é crucial analisar o embate entre a Bancada Evangélica e as vereadoras do PSOL, ressaltando a necessidade de diálogo e respeito à diversidade. Este episódio destaca a importância de garantir a imparcialidade e a democracia no processo legislativo municipal, assegurando que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas. O desfecho deste impasse terá reflexos significativos no cenário político de São Paulo e no fortalecimento da representatividade das minorias.

Fonte: https://revistaforum.com.br/politica/2024/12/19/evangelicos-travam-oramento-na-cmara-de-sp-por-conta-de-termos-identitarios-171268.html

O mais inteligente e a morte

Chris Langan, conhecido como o “homem mais inteligente do mundo” devido ao seu QI, estimado entre 190 e 210, desenvolveu uma teoria própria sobre o que acontece após a morte. Criador de cavalos e ex-segurança, Langan criou o Modelo Teórico-Cognitivo do Universo (CTMU), que conecta mente e realidade. Segundo ele, a morte é “o término do seu relacionamento com seu corpo físico particular” e uma transição para outro plano de existência dentro da estrutura computacional da realidade.

De acordo com Langan, a consciência não desaparece após a morte, mas se transfere para um novo estado de ser. “Quando você é retirado desta realidade, você volta para a origem da realidade”, explicou durante uma participação no podcast Teorias de Tudo. Nesse novo plano, a pessoa pode receber um “corpo substituto” e continuar existindo, mas sem necessariamente se lembrar de sua vida anterior. Para ele, reencarnações seriam “metassimultâneas”, ocorrendo ao mesmo tempo em um domínio não físico.

Langan, cuja pontuação no Mega Test o colocou no Guiness Book como um dos maiores QIs já registrados, não obteve reconhecimento acadêmico para suas ideias. Ele considera que visões tradicionais de céu e inferno são simplistas e propõe uma compreensão mais complexa da morte.

Segundo ele, no momento do falecimento, memórias de vidas passadas podem ser armazenadas matematicamente, mas não há motivo para acessá-las. “Por que se apegar às memórias de um mundo no qual você não está mais presente?”, afirmou.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/homem-com-o-maior-qi-do-mundo-diz-o-que-acontece-apos-a-morte/

Entrevista com Yuki Kori


Entrevistador: Boa tarde, Yuki. É um prazer conhecê-la pessoalmente. Seja bem-vinda ao Cassino Dragão Dourado.

Yuki: Boa tarde. Agradeço a oportunidade. É uma honra estar aqui.

Entrevistador: Imagino que você esteja ansiosa para essa entrevista. Conte-me um pouco sobre sua trajetória profissional e o que a motivou a se candidatar a essa posição.

Yuki: Com certeza. Sempre fui apaixonada por cavalos e corridas. Comecei a acompanhar as corridas ainda criança, com meu avô. Ao longo dos anos, desenvolvi um profundo conhecimento sobre as raças, os treinadores, as pistas e, é claro, as diferentes estratégias de apostas. Trabalhei em diversos hipódromos e agências de apostas, onde tive a oportunidade de aprimorar minhas habilidades e construir uma rede de contatos sólida no mercado.

Entrevistador: Interessante. E o que te atraiu especificamente para o Cassino Dragão Dourado?

Yuki: O Dragão Dourado é um dos cassinos mais renomados do país e tem uma reputação impecável. A possibilidade de trabalhar em um ambiente tão sofisticado e com um público tão exigente é um grande desafio que me motiva. Além disso, a área de apostas em cavalos do cassino tem um grande potencial de crescimento, e eu acredito que posso contribuir significativamente para isso.

Entrevistador: Ótimo. Conte-me um pouco sobre suas principais habilidades e como você pretende utilizá-las para impulsionar as apostas em cavalos no cassino.

Yuki: Acredito que minhas principais habilidades são:

Análise de dados: Sou capaz de analisar grandes volumes de dados sobre as corridas e os cavalos, identificando padrões e tendências que podem influenciar os resultados das apostas.

Estratégias de marketing: Tenho experiência em desenvolver e implementar estratégias de marketing para atrair novos clientes e fidelizar os existentes.

Gerenciamento de equipes: Sou uma líder nata e sei como motivar e desenvolver equipes de alta performance.

Pretendo utilizar essas habilidades para:

Criar um programa de fidelidade exclusivo para os apostadores em cavalos, com benefícios como bônus, eventos especiais e acesso a informações privilegiadas.

Desenvolver ferramentas online para que os clientes possam acompanhar as corridas em tempo real, fazer suas apostas e interagir com outros apostadores.

Organizar eventos temáticos no cassino, como festas de pré-corrida e transmissões ao vivo de grandes eventos hípicos.

Entrevistador: Excelente. E como você lidaria com um cliente insatisfeito com o resultado de uma aposta?

Yuki: A transparência e a comunicação são fundamentais nesse tipo de situação. Primeiro, eu ouviria atentamente as reclamações do cliente, buscando entender seus pontos de vista. Em seguida, explicaria de forma clara e objetiva as regras das apostas e os motivos que levaram ao resultado. Se a reclamação for procedente, buscaria uma solução justa e satisfatória para o cliente.

Entrevistador: Muito bem, Yuki. Acredito que você tenha um perfil bastante interessante para essa posição. Gostaria de saber se você tem alguma pergunta para mim?

Yuki: Sim, tenho. Como o cassino vê o futuro das apostas em cavalos e quais são os principais desafios que a área enfrenta atualmente?

Entrevistador: Essa é uma ótima pergunta. Acreditamos que as apostas em cavalos têm um futuro promissor, especialmente com o crescimento do mercado de apostas online. No entanto, enfrentamos alguns desafios, como a concorrência de outros tipos de apostas e a necessidade de nos adaptarmos às novas tecnologias.

Yuki: Entendo. Gostaria de agradecer novamente pela oportunidade. Estou muito confiante de que posso contribuir significativamente para o sucesso do Cassino Dragão Dourado.

Entrevistador: O prazer foi todo meu, Yuki. Bem vinda ao Dragão Dourado.

Criado, com edição, com Gemini, do Google.
Arte gerada por IA.

domingo, 22 de dezembro de 2024

Encontrados sinais de ritos ancestrais

Uma equipe de arqueólogos, durante escavações numa fonte termal na Toscana, fez descobertas capazes de reescrever nossa compreensão das práticas religiosas dos antigos etruscos e romanos.

Localizada em San Casciano dei Bagni, um município localizado a 120 quilômetros de Roma, a fonte sagrada tem sido objeto de escavações desde 2019 e continua a revelar artefatos e evidências de rituais dos etruscos que remontam a mais de dois milênios.

As últimas descobertas incluem uma impressionante coleção de estátuas de bronze, entre elas, representações de cobras, que se acredita terem sido usadas como protetores da área.

Também fora identificada a representação de um corpo masculino nu cortado ao meio, uma prática possivelmente ligada aos poderes curativos atribuídos à fonte. Junto dele, uma inscrição escrita em latim que diz que a estátua é de um homem chamado "Gaius Roscius".

Outras peças, como uma pequena estátua, possivelmente uma criança, segurando um áugure ou um padre que realizava adivinhações. Ele segura uma bola na mão esquerda e sua perna direita tem uma inscrição que ainda não foi decifrada.

Segundo o 'Live Science', a equipe também encontrou uma grande quantidade de restos orgânicos, incluindo milhares de ovos onde a gema ainda é visível, indicando um estado de conservação quase perfeito. A deposição desses ovos, segundo a equipe, pode estar ligada a rituais de renascimento e regeneração.

Entre os achados, destaca-se a presença de pinhas, galhos e outros restos vegetais. Esses elementos, cuidadosamente depositados, indicam a crença de que as "águas da fonte eram nutridas pela natureza", repercute o site.

Alexandra Carpino, professora de história da arte na Northern Arizona University, descreve as descobertas como "realmente extraordinárias".

"Nenhum outro local revelou e continua a revelar tamanha diversidade de dedicatórias de bronze de alta qualidade que fornecem um quadro mais completo do papel que os santuários de cura desempenharam na vida dos adoradores", disse Carpino à 'Live Science'.

Fonte: https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/historia-hoje/novas-descobertas-revelam-ritos-ancestrais-em-fonte-sagrada-na-italia.phtml

Suspensa a condenação de Feliciano

O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu na última segunda-feira (16) uma decisão da Justiça de São Paulo que condenou o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) por transfobia contra a atriz trans Viviany Beleboni, que simulou uma crucificação durante a Parada LGBT+ de São Paulo de 2015.

Feliciano havia sido condenado a pagar R$ 100 mil de indenização por danos morais no âmbito de uma ação civil pública ajuizada pela Associação Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual (ABCDS).

Em sua decisão, Nunes Marques entendeu que o parlamentar “não desbordou do exercício legítimo da liberdade de expressão” ao realizar publicações contra a atriz nas redes sociais.

“Por não identificar no caso ora em exame os excessos caracterizadores do discurso discriminatório, entendo que o reclamante não desbordou do exercício legítimo da liberdade de expressão, conforme definido na jurisprudência vinculante desta Corte”, disse o ministro.

Na publicação, Feliciano associou o ato protagonizado pela atriz a outras manifestações políticas nas quais teriam ocorrido profanação de símbolos cristãos.

“Imagens que chocam, agridem e machucam. Isto pode? É liberdade de expressão, dizem eles. Debochar da fé na porta denuda igreja pode? Colocar Jesus num beijo gay pode? Enfiar um crucifixo no ânus pode? Despedaçar símbolos religiosos pode? Usar símbolos católicos como tapa sexo pode? Dizer que sou contra tudo isso NÃO PODE? Sou intolerante, né?”, disparou o bolsonarista.

Para a Justiça de São Paulo, Feliciano extrapolou o direito à liberdade de expressão ao fazer associações para além da crítica ao evento e à performance da atriz.

No entanto, o ministro entendeu que a decisão foi “lacônica” na fundamentação e não fornece elementos suficientes para categorizar a manifestação do deputado como abuso da liberdade de expressão.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/kassio-usa-liberdade-de-expressao-para-anular-condenacao-de-feliciano-por-transfobia/

Nota: os símbolos não são monopólio ou prerrogativa dos cristãos. Se querem respeito, respeitem.

O axé de Yeshua

Autor: Ricardo Nêggo Tom.

O grande e saudoso compositor Itamar Assumpção, entre tantas outras composições geniais, escreveu "Aculturado", que fala sobre a confusão cultural que acomete a maior parte dos brasileiros. "Culturalmente confuso, brasileiro é aculturado. Não saca que um cafuzo mestiço não é mulato. Que apito toca o Caruso. Que apito toca Bach", diz um trecho da letra, que me lembra a polêmica envolvendo a cantora de axé Cláudia Leitte, que, depois de convertida ao evangelismo, se recusa a citar o nome de orixás nas letras das músicas que canta. Como no trecho da música "Caranguejo", onde ela substituiu "joga flores no mar saudando Yemanjá" por "joga flores no mar saudando meu rei Yeshua", que seria o nome de Jesus em aramaico, segundo alguns estudiosos. Mas por que ela ainda canta esse “tipo” de música, se a sua nova religião não permite que seus fiéis se assentem "na roda dos escarnecedores"?

A confusão cultural vigente no Brasil também pode ser chamada de racismo cultural, ou ainda de apropriação da branquitude sobre outras culturas não brancas. Já a confusão de Claudia Leitte também parece estar relacionada à sua cognição. Em entrevista concedida à rádio Metrópole, em 2018, quando perguntada se a axé music enfrentava uma crise, a carioca mais carioca do Brasil respondeu que "procurar onde está o erro não é o caminho. O caminho é consertar o erro. Tenho que fazer música com a galera do funk, com as duplas sertanejas, mas não pode ser uma coisa só do axé." Eu não entendi nada. Creio que os leitores também não. O fato é que alguém que se propõe a corrigir um erro sem saber onde ele está talvez não devesse ter as suas opiniões levadas tão a sério. Embora seu raciocínio deixe transparecer uma intenção: modificar a essência do referido gênero musical. Quem sabe entregá-lo a Jesus para que ele o salve de sua origem preta, demoníaca e pecadora. Assim como os colonizadores fizeram quando invadiam outros continentes para roubar as terras dos seus legítimos proprietários.

Fazer o axé aceitar a Yeshua como seu senhor, em Salvador, não será uma tarefa das mais fáceis para Miss Milk. Claro que não podemos subestimar o poder de convencimento de uma mulher branca numa sociedade racista, mesmo que ela não tenha absolutamente nada de convincente a nos dizer. Como é o caso de Cláudia. Pelo menos do ponto de vista histórico e cultural. Aculturada e confusa, a pastora do carnaval da Bahia desconhece que o significado da palavra axé se refere à força de realização e manifestação do poder divino. Yemanjá, a orixá feminina que Leitte não quer nem falar o nome, é uma dessas manifestações dentro das religiões de matriz africana. Na mitologia yorubá, ela é a rainha das águas, mares e oceanos. Crenças à parte, precisamos trazer ao debate outra questão que, por vezes, passa despercebida. O protagonismo da branquitude continua pautando o debate, mesmo quando essa branquitude está equivocada ou mal-intencionada.

Assim como a nova musa do Império Serrano, Poliana Roberta — que mandou um beijo para a já falecida Dona Ivone Lara —, ao viralizar nas redes com seu racismo religioso, Claudia Leitte rouba a cena, assim como tenta roubar a cultura africana para o projeto de poder neopentecostal, do qual ela é um dos instrumentos de manipulação dentro do meio artístico, e se mantém como o centro das atenções. Isso tem a ver com a construção social que o branco arrogou para si, como o ser oficial, o legítimo, o padrão, o normal. Aqueles que os demais devem ter como referência de tudo, sobre tudo e a partir da sua legitimidade existencial, social, cultural e intelectual. Cláudia Leitte sabe, por exemplo, que Margareth Menezes, atual ministra da Cultura, é muito mais cantora de axé do que ela e representa com maior legitimidade a cultura preta que deu origem ao segmento. No entanto, seu complexo de protagonismo, apenas por ser branca, permite que ela manifeste todo o seu desconhecimento sociocultural, em defesa dos valores conservadores e da manutenção da dominação colonizadora na nossa sociedade.

Quando Ivete Sangalo “macetou” o apocalipse de Baby Consuelo, ela estava dando um tom de resistência ao projeto comercial e colonizador que pretende “santificar” a axé music, tornando-a mais branca e cristianizada. Mesmo sendo uma mulher branca, Ivete nunca quis se sobrepor à essência cultural africana do axé. Assim como Daniela Mercury, que sempre reverenciou os orixás em suas músicas. Justamente a menos baiana entre todas ousa se posicionar como a salvadora e redentora do gênero musical mais popular da Bahia. Não se assustem se Claudia aparecer tomando um copo de leite em cima do seu trio elétrico e disser que está apenas fazendo uma referência ao seu sobrenome artístico. O saudoso Dorival Caymmi um dia classificou o axé como “vulgar e banal”. Mas sua principal crítica era quanto ao uso da palavra yorubá para dar nome ao segmento, o que ele talvez considerasse um sacrilégio cultural. Mal sabia Dorival que alguns anos depois de sua ácida opinião sobre o gênero, alguns iriam considerar mais doce morrer no mar nos braços de Yeshua do que de Yemanjá.

Não creio que Claudia Leitte seja tão ousada a ponto de tentar reescrever Caymmi e perguntar se “você já foi a São Gonçalo?” ou mudar a letra de “Canto do Obá” e cantar “meu pai Yeshua” ao invés de “meu pai Xangô”. Porém, é bem provável que ela se sinta uma das santas, digo, musas do Pelourinho de Jorge Amado. Uma versão carnavalesca da viúva Perpétua, aquela que guardava o “axé” do falecido marido numa caixa de presente. Eu gostaria de saber como seriam as reações se religiosos de matriz africana, por exemplo, cantassem músicas cristãs com as letras modificadas. Se a clássica “Segura na mão de Deus” fosse cantada como “Segura na mão de Exu”? Se a gospel comercial “Faz um milagre em mim” virasse “Faz um ebó em mim”? “Com Xangô eu quero fugir, pra mais longe que eu puder...” Ou se “Ninguém explica Deus” fosse alterada para “Ninguém explica Ogum”? Tá repreendido em nome de Oxalá! Enfim, a cultura branca não costuma tolerar apropriações culturais, nem a presença de não brancos como protagonistas de suas histórias. Algum preto já cantou a Tarantela? Quantos pretos vocês já viram tomando cerveja artesanal na Oktoberfest? Quantos papas pretos a Igreja Católica já teve?

A depender de Claudia Leitte, em breve, o carnaval da Bahia terá os trios elétricos batizados com nomes de personagens bíblicos. O Ilê Aiyê Filhos de Abraão vai abrir o desfile, seguido por Pipoca de Josué, Trio Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, Harmonia do Salmo, Asa de Anjo, Chiclete com Maná, Jesus e Uma Noites, Beto Aramaico e Compadre Salomão, e por aí vai. Compre o seu abadá para o camarote do apocalipse, onde Baby Consuelo estará ganhando almas para “Jesus” e anunciando o fim da odisseia humana na terra. Coitada da pequena Eva!

Fonte: https://www.brasil247.com/blog/claudia-leitte-e-o-axe-de-yeshua