quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Baile de máscaras

Tojita sentia a estranha sensação de déjà vu. A escola, um microcosmo do mundo, parecia um palco onde encenava uma peça que já havia visto antes. O segundo dia transcorria em uma rotina monótona e artificial. Seus colegas, com seus rostos vazios e sorrisos forçados, eram como marionetes em uma dança sem alma.

Uma comoção repentina irrompeu no pátio, quebrando a monotonia da manhã. Olhando pela janela, Tojita viu uma figura alta e esguia entrando pela porta principal. Aquele garoto, com um olhar desafiador e um sorriso torto, era conhecido por causar problemas. Os outros alunos o evitavam, mas ele parecia se divertir com a atenção negativa.

Havia algo de familiar naquele rosto, algo que Tojita não conseguia precisar. Era como se uma névoa estivesse se dissipando de seus olhos, revelando um passado que ela tentava desesperadamente esquecer.

Aquele garoto... Havia algo em seu olhar, uma sombra que ecoava em sua própria alma. Aquele olhar... Era o mesmo que havia enfrentado inúmeras vezes em batalhas épicas. O coração dela acelerou. Não podia ser... Mas sim, era ele. Evil Bread, o guerreiro das sombras, o inimigo implacável que havia marcado sua vida como garota mágica.

No intervalo, enquanto caminhava sozinha pelos corredores, Tojita sentiu uma presença. Virou-se bruscamente e foi atacada por uma garota mais velha, que a empurrou contra a parede. A agressora a olhava com desprezo, seus olhos faiscando de ódio.

Antes que Tojita pudesse reagir, uma figura surgiu entre elas. Era o mesmo garoto que havia causado a comoção mais cedo. Com um movimento rápido, ele interceptava o ataque e colocava-se entre as duas garotas.

O garoto nem sequer a olhou. Seus olhos estavam fixos em Tojita, e um leve sorriso surgiu em seus lábios. Nesse momento, Tojita o reconheceu. Aquele não era apenas um garoto encrenqueiro. Aquele era Evil Bread, o guerreiro das sombras, seu antigo inimigo e, ironicamente, seu maior aliado durante a guerra das garotas mágicas.

Mas por que ele estava a protegendo? Evil Bread era um vilão, um bandido. Ele havia causado inúmeros problemas durante a guerra das garotas mágicas. E agora, ali estava ele, defendendo-a como se fossem velhos amigos.

A memória a levou de volta aos tempos em que vestia a capa de garota mágica. Evil Bread era um oponente formidável, um mestre das sombras e da manipulação. Mas, por trás da fachada de vilão, havia um passado obscuro, uma história de dor e traição que a ligava a ele de uma forma que ela ainda não compreendia completamente.

-O que você está fazendo aqui?

Perguntou Tojita, sua voz tremula.

Evil Bread sorriu de lado.

- Pensou que eu não te reconheceria?

Disse ele, seus olhos brilhando de malícia. 

-A garota mágica que se escondia atrás de uma máscara.

As palavras de Evil Bread a atingiram como um soco no estômago. Ele sabia tudo sobre seu passado. Mas por quê? Por que ele estava revelando sua identidade?

Tojita sabia que não poderia mais esconder quem era. A máscara havia caído. E agora, ela precisava enfrentar as consequências de seu passado.

Evil Bread se virou para a garota mais velha e, com uma voz calma e fria, disse:

-Afaste-se dela.

A garota hesitou por um instante, mas logo voltou a sorrir.

-Ou o quê? Você vai me bater?

Evil Bread não respondeu. Ele simplesmente se aproximou da garota e a empurrou com força, fazendo-a cair no chão. Em seguida, ele se virou para Tojita e estendeu a mão.

-Vamos sair daqui.

Disse Evil Bread. 

Tojita hesitou por um momento, mas logo aceitou a ajuda de Evil Bread. Enquanto caminhavam pelo corredor, ela não conseguia tirar os olhos dele. Ele parecia tão diferente do guerreiro implacável que ela conhecia. Seus olhos, antes cheios de ódio e vingança, agora transmitiam uma calma surpreendente.

-Por que você está me ajudando?

Perguntou Tojita, finalmente quebrando o silêncio.

Evil Bread a olhou e sorriu de leve.

-Porque você precisa de um amigo.

Respondeu Evil Bread simplesmente.

Tojita sentiu um nó se formar em sua garganta. Ela não sabia o que dizer. Aquele garoto, aquele vilão, havia se tornado sua única esperança em um mundo que a havia rejeitado.

Criado com Gemini, do Google.

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