Tojita entrou na sala de aula, o peso da mochila parecendo esmagar seus ombros. A luz fluorescente zumbia, revelando rostos pálidos e olhos fixos em telas de celulares. A sala era um aquário silencioso, onde cada peixe nadava em sua bolha individual.
A professora, uma mulher com um sorriso forçado e um manual nas mãos, iniciou a aula. Tojita ouvia as palavras, mas sua mente vagava. Lembrava-se dos campos de treinamento, das missões, da dor e da morte. E agora, aqui estava ela, em uma sala de aula, fingindo ser uma adolescente normal.
Uma garota, com um sorriso perfeito e cabelos impecáveis, levantou a mão. Sua voz era doce e melodiosa, como uma canção gravada. Tojita a observava, tentando decifrar a máscara que a garota usava. Atrás daquela fachada de perfeição, o que se escondia? Medos, inseguranças, desejos? Ou apenas um vazio?
A aula se arrastava, interminável. Tojita sentia-se sufocada pela hipocrisia. Todos sorriam, todos eram amigos, todos se encaixavam. Mas ela sabia que era tudo uma farsa. As pessoas usavam máscaras para se protegerem do mundo, para não serem julgadas.
Ao andar pela escola, Tojita caminhou, observando as pessoas. Pela janela era possível ver a rua. Vendedores ambulantes sorrindo para os clientes, casais se beijando apaixonadamente, crianças correndo e gritando. Tudo parecia tão perfeito, tão irreal.
Tojita se perguntou se alguma vez conseguiria se adaptar àquela sociedade falsa. Se conseguiria encontrar um lugar onde pudesse ser ela mesma, sem precisar usar uma máscara.
Os corredores tão iguais, salas numeradas, placas de sinalização e faixas de direção. A escola não era diferente da caserna. Um sinal ressoa e a turma tem que trocar de sala.
Tojita sentia um nó na garganta ao entrar na sala de aula. Os rostos que a cercavam parecem máscaras vazias. A garota que antes era uma máquina de matar, treinada para a perfeição, agora se sentia como uma intrusa.
A professora, uma mulher de meia-idade com um sorriso gentil, iniciou a aula. Tojita tentou se concentrar nas palavras da professora, mas sua mente divagava. Pensava em suas missões, nas vidas que havia tirado, nas noites sem dormir atormentada pelos pesadelos.
Ao olhar para os seus colegas, Tojita notou algo estranho. Todos pareciam tão... normais. Conversavam sobre festas, relacionamentos, os últimos lançamentos de filmes. Mas havia algo de falso em suas interações. Era como se todos estivessem interpretando um papel, tentando encaixar-se em um molde pré-determinado.
A lembrança de sua vida como garota mágica a assombrava. Tinha sido treinada para ser uma arma, para seguir ordens sem questionar. Não tinha amigos, não tinha família. Sua única missão era servir ao seu país.
Durante o intervalo, Tojita se isolou em um canto da biblioteca. Abriu um livro, mas as palavras não faziam sentido. Começou a rabiscar em um caderno, tentando dar vazão aos seus pensamentos confusos.
"Todos usam máscaras. Mas por quê? Por medo? Por conformismo? Ou será que a verdade é tão dolorosa que precisamos nos esconder atrás de uma fachada?"
De repente, a porta da biblioteca se abriu e um garoto entrou. Ele era alto, magro e tinha um olhar intenso. Tojita o reconheceu. Era o novo aluno, sobre quem todos estavam falando.
O garoto se aproximou da mesa de Tojita e se sentou.
— Posso me sentar aqui? — perguntou ele.
Tojita assentiu com a cabeça, sem tirar os olhos do caderno.
— Você parece perdida em pensamentos — disse o garoto. — Quer conversar?
Tojita hesitou por um momento, mas depois decidiu que precisava de alguém com quem pudesse falar.
Ela pode confiar nele? Outro sinal. Intervalo.
Durante o intervalo, enquanto os outros alunos se agrupavam em suas bolhas sociais, Tojita se isolou em um canto, observando a futilidade daquela encenação. Foi então que uma garota se aproximou, a única que parecia não usar máscara. Seus olhos, cansados e perspicazes, pareciam atravessar a fachada de Tojita e enxergar a alma ferida por trás daquela garota durona.
– Você parece perdida – a garota disse, sua voz suave quebrando o silêncio.
Tojita a encarou, surpresa. Ninguém nunca havia se atrevido a falar com ela daquela forma.
– E você parece cansada de fingir – Tojita respondeu, desafiadora.
As duas se olharam por um longo momento, uma conexão inesperada se formando entre elas.
Esta será inimiga ou aliada?
Criado com Gemini, do Google.
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