Citado parcialmente.
O personagem central é o histriônico Silas Malafaia, que se revela por inteiro, e é a liderança que emerge da teologia apocalíptica, que traz da ultradireita norte-americana a visão de que o mundo precisa ser destruído para, dos escombros, nascer o novo mundo.
O filme traz o alerta tenebroso do risco do país cair sob um regime teocrático. Mas não trata de modo preconceituoso a ascensão do evangelismo nem o próprio Malafaia – cujo histrionismo fala por si próprio. Mostra dados históricos relevantes, o papel da geopolítica norte-americana no apoio a esses grupos, como contraposição ao papel da teologia da libertação católica. Mostra que os evangélicos entregam o que prometem: amparo espiritual e apoio material aos mais desvalidos, conquistando as periferias das grandes cidades e o povo oprimido com pitadas de religião, auto-ajuda e apoio material.
Depois, envereda pela teologia apocalíptica, presente em diversas vertentes do protestantismo e que está na raiz do ativismo político de alas dos evangélicos lideradas por Silas Malafaia (o documentário é anterior à ascensão do fenômeno Pablo Marçal) . Acreditam em um mundo à beira do colapso, cuja salvação estará em uma intervenção divina. Este é o mote para conquistar crentes e eleitores e pavimentar a conquista do poder político.
O documentário mostra a aliança com Bolsonaro, a fé cega movendo multidões para a vizinhança dos quartéis e aponta os riscos de uma teocracia no Brasil. E tem uma entrevista com Lula, avalizando a eficiência do discurso religioso na política.
Fonte, citado parcialmente: https://jornalggn.com.br/politica/apocalipse-nos-tropicos-o-avanco-da-teocracia-no-brasil-em-um-grande-documentario/
Nenhum comentário:
Postar um comentário