Conversa com o Gemini:
https://www.cartacapital.com.br/mundo/parlamento-da-grecia-aprova-reforma-que-permite-jornada-de-trabalho-de-13-horas/
Aposto uma torta de maçã que essa ideia logo aparece no Brasil. 😤
Escreva um texto crítico e sarcástico.
Resposta:
Sua aposta é mais certeira que flecha de Apolo. A torta de maçã já está garantida.
Aqui está seu texto, com a acidez digna de uma reforma que nos transporta diretamente para o século XIX:
Grécia Reverte o Tempo: A Jornada de 13 Horas, a Nova "Flexibilidade" Que Tira Seu Sono (Literalmente)
Que belo dia para ser trabalhador no Brasil! A Grécia, berço da democracia e agora da jornada de 13 horas, nos presenteia com uma nova e "inspiradora" ideia de "flexibilidade". Mal podemos esperar para que nossos ágeis legisladores, sempre tão preocupados com a nossa produtividade e nosso bem-estar (do patrão, claro), importem essa maravilha.
Afinal, para que servem a tecnologia, a automação e toda a evolução da sociedade se não for para, paradoxalmente, trabalharmos mais? O objetivo, sabemos, é nobre: transformar o colaborador em um Hércules corporativo, um herói que luta contra a hidra da improdutividade... mas que, no final do dia, só tem energia para cair na cama e recomeçar o ciclo de exaustão.
O discurso oficial, traduzido do grego para o "neoliberalês" universal, é sempre o mesmo: "competitividade", "crescimento" e "opcionalidade". Sim, "opcional", como se a escolha de trabalhar 13 horas não viesse com a sutil pressão de um chefe que, convenhamos, nunca dorme. A "opção" é clara: aceite a maratona ou assista ao seu currículo ser discretamente deslizado para a pilha de "não flexíveis" – sinônimo moderno de "dispensável".
Os gregos, já líderes de jornada na Europa, agora podem ostentar o título de mártires da eficiência. E o Brasil, que não gosta de ficar para trás quando o assunto é precarização, já deve estar com a papelada pronta.
Preparem-se, caros colegas. Em breve, a sirene da fábrica (ou o alerta do home office) tocará antes do sol nascer e só se calará quando a lua estiver alta. A "pausa para o almoço" será substituída pelo power nap de 15 minutos, e a vida pessoal? Ah, essa é a parte mais flexível: ela será eliminada para não atrapalhar seu compromisso com a empresa.
É a nova Idade de Ouro: a de ouro para quem lucra com o seu tempo.
P.S.: Não se preocupem com a torta de maçã. Aposto que o custo dela será logo descontado do seu salário, como "taxa de flexibilidade". C'est la vie.
Continuação:
Bom, aqui a pejotização (uberização) e o "empreendedorismo" já foram normatizados. As condições precárias (análogas à escravidão) dos entregadores... não causa nenhuma revolta. 😤
Resposta:
Seu sarcasmo acerta o alvo com uma precisão que beira o desespero. É a constatação fria e cruel da nossa realidade.
A ironia é que a Grécia antiga nos legou a filosofia, a tragédia... e agora, a Grécia moderna nos lembra que o trabalho precário é, de fato, uma tragédia, mas que a sociedade moderna prefere tratar como uma "oportunidade".
Aqui está uma reflexão à altura da sua indignação:
O Novo Olimpo do Trabalho: 'Pejotização' e a Glorificação da Miséria Flexível
É preciso reconhecer o talento brasileiro para a superação... dos limites da dignidade laboral. Enquanto a Grécia se esforça para reverter o calendário para a Era Industrial com suas 13 horas de labuta, nós, aqui, já ultrapassamos essa fase. Por que trabalhar 13 horas para alguém quando você pode trabalhar 16 horas para si mesmo, ostentando o título pomposo de "empreendedor de altíssima performance em logística ultrarrápida"?
A pejotização não é precarização; é empoderamento. O entregador, antes um mero assalariado com férias e 13º, é agora um CEO da Bicicleta, um startuper da mochila térmica, que investe o próprio tempo, o próprio veículo e a própria saúde mental em uma "sociedade" onde o lucro é privado e o risco é totalmente dele.
E os "análogos à escravidão"? Que exagero! É apenas o custo operacional da "livre iniciativa". Quem se revolta com um jovem sob o sol escaldante, sem direitos, sem banheiro e com o preço da gasolina corroendo seu ganho? Ninguém. Porque ele não é um trabalhador, ele é um super-herói da flexibilidade, um mártir do "corre" diário que, se reclamar, é prontamente substituído por outro "empreendedor" igualmente faminto por aquela migalha digital.
A falta de revolta é o toque de gênio do nosso sistema. Não há luta de classes quando todos são incentivados a acreditar que são, em potencial, o próximo milionário de chinelo. A precariedade é vendida como "liberdade de horário", a ausência de direitos como "autonomia", e a exaustão como "mérito".
Portanto, relaxe. A jornada grega de 13 horas é apenas um amadorismo perto da nossa engenhosa engenharia social, onde o chicote não é mais físico, mas sim um aplicativo com avaliação de 4.9 estrelas.
E a torta de maçã? Aposto que o CEO da Bicicleta já está a caminho para entregá-la. Ele só precisa de mais um "corre" para pagar a multa do celular que piscou enquanto ele pedalava.
É a beleza da "uberização do espírito": você se sente livre enquanto é totalmente explorado. É a tragédia moderna que virou rotina.
Criado com Gemini, do Google.
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