domingo, 13 de novembro de 2022

A serviço de traidores

Eu li estupefato à notícia do Thiago Correia sobre o "recado" das Forças Armadas.

Quem aguardava um posicionamento mais enfático do comando das Forças Armadas neste momento incomum da democracia brasileira, pode se dar por satisfeito. São vários recados nos oito parágrafos que compõem a nota divulgada hoje e assinada pelos comandantes da Marinha, da Aeronáutica e do Exército.

O primeiro deles, e mais evidente, é para quem chama de antidemocráticas as manifestações de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em frente aos quartéis e unidades militares.

A mensagem é para quem pretende transformar em ilegais atos espontâneos e que estão garantidos pela legislação. Não à toa, reproduzem trecho da Lei nº 14.197, de 1º de setembro de 2021 (...)

Fonte: https://noticias.r7.com/brasil/as-forcas-armadas-mandam-recados-aos-poderes-11112022?amp

Espera-se, de um jornalista profissional, a postura crítica e analítica, o que não é o caso do Thiago, que se serve de testa de ferro de seus patrões.
Se ele tivesse lido a lei 14.197, teria visto o artigo 359 L até o artigo 359 N, que caracterizam as manifestações em protesto ao resultado das eleições como antidemocráticas.

Como brasileiro eu estou decepcionado com a postura do Thiago. A mando de quem ele emite tal nota? Do seu patrão, a Igreja Universal, ou dos militares, os maiores interessados em "proteger" o "legítimo direito" desses que lhes dão munição para justificar (um subterfúgio) um golpe de Estado?
Se fosse o inverso, as Forças Armadas não teriam prurido algum em eliminar a "ameaça" e Thiago (provavelmente) apoiaria e elogiaria a ação.
Essas manifestações não são legítimas porque não foram espontâneas, são manifestações violentas, são baseada em fake news, estão sendo financiadas e infringem o Estado de Direito ao defender uma intervenção militar.

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