John Halstead escreveu um artigo de título “What I don’t miss about Christianity” no Patheos na coluna Allergic Pagan e citou uma antiga colega, Star Foster, anunciando a reconversão dela ao Cristianismo. Anteriormente, outro autor do Patheos, do Pagan Channel, Teo Bishop também havia se reconvertido. Não que queiramos apontar o elefante no meio da sala, mas certamente cristãos fundamentalistas vão adorar esse pedaço de torta dada de graça e vão usar a reconversão de Star Foster para fazer proselitismo e denegrir o Paganismo Moderno.
Como minha proposta e oferta de escrever ao Patheos foi recusada, eu continuo a escrever meus comentários, apontamentos e críticas aqui mesmo. De tempos em tempos o Patheos lança um tema para seus autores escreverem e parece ser o caso aqui. Patheos deveria ter lançado a pergunta no Pagan Channel “What you miss in Christianity”. Para ser polemico e controverso, Patheos deveria ter perguntado “O que uma pessoa procura ao entrar no Paganismo”.
Desde que este blog foi fundado, em 13 de julho 2007, a identidade deste blog é definida como um blog sobre Paganismo, Bruxaria e Wicca, mas sobretudo sobre a minha jornada no Caminho no Bosque Sagrado. John Halstead e Star Foster foram traduzidos e citados aqui. Autores de caráter duvidoso, como Claudiney Prieto, foram citados aqui. Eu citei inclusive páginas e textos do Cristianismo, a título de comparação e crítica. Eu até dei testemunhos sobre as minhas boas e más experiências nesta jornada. Então, de certa forma, eu posso imaginar as razões que fizeram Teo Bishop e Star Foster em voltar para o Cristianismo.
Eu creio que não esteja exagerando nem simplificando ao afirmar que a maioria dos pagãos que existem, desde o surgimento do Paganismo Moderno, foram cristãos ou pertenceram ao Cristianismo, em alguma de suas vertentes. Nosso histórico, nossa vida, por coisas que passamos ou aprendemos, nos faz romper com o Cristianismo e nos leva a outros portos, ateísmo incluído.
Procuramos por liberdade, pois estamos cansados de dogmas e doutrinas impostas por uma organização religiosa. Procuramos por amor, pois estamos cansados de ter medo e de tanto ódio, causados pelas religiões oficiais. Procuramos por aceitação, pois estamos cansados de intolerância e preconceito. Procuramos por práticas, espiritualidades, misticismos, esoterismos, fórmulas, caminhos, crenças e religiões que possam suprir essa nossa busca, essa nossa carência. E é aqui que o bicho pega.
O ser humano tem na sua natureza o impulso de se agregar, de buscar sua tribo, seu grupo, pessoas afins, que compartilhem do mesmo ideal, crença, objetivo ou sonho. Saímos de um cenário traumático, frustrante, insatisfatório, limitado, dogmático, cheios de esperanças e expectativas. E nos esquecemos de quanto é humana toda e qualquer espiritualidade, crença e religião. Entramos ou procuramos entrar em um grupo, uma comunidade, de uma forma de espiritualidade, crença ou religião e nos sentimos rejeitados, excluídos, criticados. Esta é uma triste verdade da Comunidade Pagã, a despeito de sua apresentação ao público, onde dizemos que somos tolerantes, inclusivos, liberais, por dentro a coisa não é bem assim. Eu creio que se encaixam nesses casos o motivo da reconversão de Teo Bishop e Star Foster.
Eu não conheci Teo Bishop, mas eu conheci Star Foster. Eu traduzi e divulguei textos dela. Eu cheguei a adicioná-la no Google Plus. Eu comprei uma briga com ela depois que ela publicou um meme com Vivianne Crowley e eu respondi com um meme com Ray Bone. Diferenças, discussões, controvérsias e polêmicas acontecem na Comunidade Pagã e eu exagerei na minha cota. Então o leitor deve se perguntar qual a validade ou confiabilidade do Paganismo Moderno se vivemos às turras. Somos humanos, leitor, somos apaixonados pelas nossas visões e experiências, nós somos pessoas com personalidade e identidade forte. Se eu fosse levar em conta as dificuldades que Teo Bishop e Star Foster tiveram e eu mesmo tive [como testemunhei com a saga de Joãozinho] eu teria desistido do Paganismo Moderno muito antes deles. O que eu procurei no Paganismo Moderno foi o resgate das minhas raízes, da minha identidade, da minha origem e da minha essência, algo que eu jamais encontrei e encontrarei no Cristianismo. Eu digo com um certo orgulho que nossa obrigação é o de servir aos Deuses, não às nossas necessidades, carências, frustrações, traumas. Apenas isso é mais que suficiente para me deixar de fora de grupos, comunidades e redes sociais pagãs, dominadas por egos enormes e cultos de personalidade. Mas eu estou tranquilo, os Deuses estão me dando exatamente o que preciso. Eu não preciso procurar por aceitação, reconhecimento, público ou aplauso. Eu não preciso entrar em um grupo, uma comunidade, um coven para encontrar o Caminho Sagrado Entre os Bosques Sagrados, para adorar os Deuses e honrar meus ancestrais. Eu me encontro no Caminho Sagrado, eu estou no Bosque Sagrado, eu estou honrando meus ancestrais e eu estou servindo a meus Deuses.
Abandonar todas estas bênçãos e milagres para voltar a um cenário de medo, ódio, violência, intolerância, preconceito, dogmatismo, escravidão, rejeição, dessacralização, totalitarismo e ditadura, eu jamais farei, porque seria suicídio. Eu desejo sorte e felicidade a Teo Bishop e Star Foster, que sejam bem sucedidos nessa busca, ainda que tenham perdido a identidade.
Como minha proposta e oferta de escrever ao Patheos foi recusada, eu continuo a escrever meus comentários, apontamentos e críticas aqui mesmo. De tempos em tempos o Patheos lança um tema para seus autores escreverem e parece ser o caso aqui. Patheos deveria ter lançado a pergunta no Pagan Channel “What you miss in Christianity”. Para ser polemico e controverso, Patheos deveria ter perguntado “O que uma pessoa procura ao entrar no Paganismo”.
Desde que este blog foi fundado, em 13 de julho 2007, a identidade deste blog é definida como um blog sobre Paganismo, Bruxaria e Wicca, mas sobretudo sobre a minha jornada no Caminho no Bosque Sagrado. John Halstead e Star Foster foram traduzidos e citados aqui. Autores de caráter duvidoso, como Claudiney Prieto, foram citados aqui. Eu citei inclusive páginas e textos do Cristianismo, a título de comparação e crítica. Eu até dei testemunhos sobre as minhas boas e más experiências nesta jornada. Então, de certa forma, eu posso imaginar as razões que fizeram Teo Bishop e Star Foster em voltar para o Cristianismo.
Eu creio que não esteja exagerando nem simplificando ao afirmar que a maioria dos pagãos que existem, desde o surgimento do Paganismo Moderno, foram cristãos ou pertenceram ao Cristianismo, em alguma de suas vertentes. Nosso histórico, nossa vida, por coisas que passamos ou aprendemos, nos faz romper com o Cristianismo e nos leva a outros portos, ateísmo incluído.
Procuramos por liberdade, pois estamos cansados de dogmas e doutrinas impostas por uma organização religiosa. Procuramos por amor, pois estamos cansados de ter medo e de tanto ódio, causados pelas religiões oficiais. Procuramos por aceitação, pois estamos cansados de intolerância e preconceito. Procuramos por práticas, espiritualidades, misticismos, esoterismos, fórmulas, caminhos, crenças e religiões que possam suprir essa nossa busca, essa nossa carência. E é aqui que o bicho pega.
O ser humano tem na sua natureza o impulso de se agregar, de buscar sua tribo, seu grupo, pessoas afins, que compartilhem do mesmo ideal, crença, objetivo ou sonho. Saímos de um cenário traumático, frustrante, insatisfatório, limitado, dogmático, cheios de esperanças e expectativas. E nos esquecemos de quanto é humana toda e qualquer espiritualidade, crença e religião. Entramos ou procuramos entrar em um grupo, uma comunidade, de uma forma de espiritualidade, crença ou religião e nos sentimos rejeitados, excluídos, criticados. Esta é uma triste verdade da Comunidade Pagã, a despeito de sua apresentação ao público, onde dizemos que somos tolerantes, inclusivos, liberais, por dentro a coisa não é bem assim. Eu creio que se encaixam nesses casos o motivo da reconversão de Teo Bishop e Star Foster.
Eu não conheci Teo Bishop, mas eu conheci Star Foster. Eu traduzi e divulguei textos dela. Eu cheguei a adicioná-la no Google Plus. Eu comprei uma briga com ela depois que ela publicou um meme com Vivianne Crowley e eu respondi com um meme com Ray Bone. Diferenças, discussões, controvérsias e polêmicas acontecem na Comunidade Pagã e eu exagerei na minha cota. Então o leitor deve se perguntar qual a validade ou confiabilidade do Paganismo Moderno se vivemos às turras. Somos humanos, leitor, somos apaixonados pelas nossas visões e experiências, nós somos pessoas com personalidade e identidade forte. Se eu fosse levar em conta as dificuldades que Teo Bishop e Star Foster tiveram e eu mesmo tive [como testemunhei com a saga de Joãozinho] eu teria desistido do Paganismo Moderno muito antes deles. O que eu procurei no Paganismo Moderno foi o resgate das minhas raízes, da minha identidade, da minha origem e da minha essência, algo que eu jamais encontrei e encontrarei no Cristianismo. Eu digo com um certo orgulho que nossa obrigação é o de servir aos Deuses, não às nossas necessidades, carências, frustrações, traumas. Apenas isso é mais que suficiente para me deixar de fora de grupos, comunidades e redes sociais pagãs, dominadas por egos enormes e cultos de personalidade. Mas eu estou tranquilo, os Deuses estão me dando exatamente o que preciso. Eu não preciso procurar por aceitação, reconhecimento, público ou aplauso. Eu não preciso entrar em um grupo, uma comunidade, um coven para encontrar o Caminho Sagrado Entre os Bosques Sagrados, para adorar os Deuses e honrar meus ancestrais. Eu me encontro no Caminho Sagrado, eu estou no Bosque Sagrado, eu estou honrando meus ancestrais e eu estou servindo a meus Deuses.
Abandonar todas estas bênçãos e milagres para voltar a um cenário de medo, ódio, violência, intolerância, preconceito, dogmatismo, escravidão, rejeição, dessacralização, totalitarismo e ditadura, eu jamais farei, porque seria suicídio. Eu desejo sorte e felicidade a Teo Bishop e Star Foster, que sejam bem sucedidos nessa busca, ainda que tenham perdido a identidade.
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