quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Diretrizes Internacionais para a Educação Sexual

A Unesco teve a coragem de lançar uma campanha pela Educação Sexual, de acordo com algumas diretrizes. Ainda é um projeto, uma proposta. Mas como é de se esperar, começou o esperneamento dos cristãos, começando com os católicos.
Para este pagão que vos escreve, não é novidade alguma, o curioso é quando os cristãos alegam que não tem problemas com o sexo, com o prazer, com o corpo. Quem não te conhece que te compre.
Eu transcreverei as melhores partes das diretrizes lançadas pela Unesco.
Este documento baseia-se nos seguintes pressupostos:
A sexualidade é um aspecto fundamental da vida humana: ela tem dimensões físicas, psicológicas, espirituais, sociais, econômicas, políticas e culturais.
A sexualidade não pode ser entendida sem referência a gênero.
A diversidade é uma característica fundamental da sexualidade.
As regras que governam o comportamento sexual são muito diferentes entre e dentro de culturas. Certos comportamentos são vistos como aceitável e desejável enquanto outros são considerados
inaceitáveis.

Isso não significa que estes comportamentos não ocorrem, ou que eles deveriam ser excluídos da discussão no âmbito da educação sexual.
Estudos mostram que programas eficazes podem:
Reduzir a desinformação;
Aumentar o conhecimento;
Esclarecer e solidificar os valores e atitudes positivas;
Aumento de competências;
Melhorar a percepção sobre as normas do grupo de pares e aumentar a comunicação com os pais ou outros adultos confiáveis.
A pesquisa mostra que programas que compartilham certas características-chave podem ajudar:
Atrasa o início da relação sexual;
Reduz a freqüência de atividade sexual desprotegida;
Reduz o número de parceiros sexuais e
Aumenta a prevenção contra a gravidez e DST durante a relação sexual.

Programas de educação sexual frequentemente tem objetivos que se reforçam mutualmente:
Aumentar o conhecimento e a compreensão;
Explica e esclarece sentimentos, valores e atitudes;
Desenvolve ou reforça as capacidadess; e
Promove e sustenta comportamento de redução de riscos.

As diretrizes tem por intenção:
Promover uma compreensão da necessidade de programas de educação sexual pelo desenvolvimento da percepção dos assuntos da saúde sexual e reprodutiva e em relação e no tocante a crianças e jovens.
Providencia um entendimento claro no que consiste a educação sexual, o que pretende realizar e quais são seus resultados;
Providencia diretrizes para autoridade educacionais em como construir um apoio para a educação sexual na comunidade e na escola;
Capacitar professores e incrementar a capacidade institucional para providenciar uma educação seual de boa qualidade; e

Providencia diretrizes de como desenvolver materiais e programas de educação sexual responsável, relevantemente cultural e na idade adequada.
Diante da possibilidade das escolas serem obrigadas a dar "ensino religioso", só os cristãos, em especial os católicos, ficam alarmados com uma proposta que vise a dar educação sexual. Diante dos inúmeros casos de sacerdotes cristãos envolvidos com pedofilia, uma aula de educação sexual fará mais bem a nossas crianças e adolescentes do que uma aula de "ensino religioso".

Um comentário:

Adília disse...

No caso do Brasil e de Portugal, os outros não conheço, o problema é que os adultos estão tão deseducados a nível sexual que é dificil ver quem vão ser os professores, a menos que se investisse previamente em acções de formação e mesmo assim ...