O casco da Dag Gadol, a nau espacial pirata comandada pelo Capitão Sullivan, o polvo antropomórfico de oito tentáculos e olhar penetrante, rangia sob o impacto dos meteoritos. A batalha contra a frota da Corporação Xantus havia deixado suas marcas: a fuselagem estava crivada de furos, os escudos energéticos piscavam precariamente, e o ar dentro da nave cheirava a metal queimado e desespero.
Arth, a ursa mercenária, com seus músculos rijos sob a armadura danificada, inspecionava os canhões de plasma. Seus olhos dourados, normalmente brilhantes, estavam cansados. SayMore, o mantis antropomórfico, com seus múltiplos olhos cintilantes, analisava os dados de navegação com uma destreza fria e calculista. Sua paciência, normalmente infinita, parecia se esgotar a cada segundo.
A luta fora longa e brutal. A Corporação Xantus, implacável em sua busca pelo lendário Tesouro de Xantus – uma coleção de tecnologias alienígenas de poder incalculável – havia atacado com força total. Sullivan, apesar de sua astúcia e de seu braço direito, Arth, havia sofrido baixas significativas. Muito do seu precioso saque, resultado de anos de audaciosas incursões interplanetárias, tinha sido perdido.
"Capitão," a voz de SayMore ecoou pelas comunicações internas, carregada de uma mistura de preocupação e exaustão. "Estamos perdendo a batalha contra a gravidade do planeta. Se não efetuarmos um salto de dobra em cinco minutos, seremos apreendidos."
Sullivan, sentado em sua cadeira de comando, seus oito olhos fixos no mostrador da nave, suspirou. Seus tentáculos se moviam com a fluidez de uma dança macabra enquanto ele manipulava os controles danificados. O esforço era visível em cada curva de seu corpo.
"Arth, relatório!" Sullivan rosnou, sua voz rouca e grave.
"Os motores de dobra estão criticamente danificados, Capitão," Arth respondeu, sua voz carregada de fadiga. "Precisamos de um milagre para sair daqui vivos."
O milagre, no entanto, chegou na forma de uma transmissão inesperada. Uma voz feminina, suave e sedutora, rompeu o ruído da batalha.
"Capitão Sullivan," a voz sussurrou. "Sou Lyra, da Resistência Xantus. Conheço a localização do verdadeiro Tesouro de Xantus. Em troca de sua ajuda, posso repará-los e ajudá-los a escapar."
Sullivan olhou para SayMore, que examinava a transmissão com seus múltiplos olhos. "A Resistência Xantus... que coincidência," SayMore observou, sua voz tensa. "Mas... o que essa voz teria a oferecer?"
"Nós estamos perdidos de qualquer maneira, SayMore," respondeu Sullivan. "A aposta é pequena. A única coisa que podemos perder é o pouco que ainda temos."
Lyra guiou a Dag Gadol para um sistema estelar remoto, para um planeta desolado e esquecido. Lá, em uma base subterrânea abandonada, esperava o verdadeiro Tesouro de Xantus: não uma pilha de ouro e artefatos, como a Corporação acreditava, mas uma arma de aniquilação planetária, protegida por um complexo sistema de defesa.
A corporação havia se concentrado na lenda superficial, ignorando o verdadeiro poder que estava oculto ali.
Sullivan, Arth e SayMore, com a ajuda da Resistência, desativaram as defesas e tomaram o controle da arma. A Corporação Xantus, por sua vez, estava à beira da vitória, prestes a capturar a Dag Gadol quando a Resistência os atacou por trás utilizando o Tesouro de Xantus.
A Corporação foi derrotada de forma devastadora. Sullivan, honrou seu acordo com Lyra, entregando a arma à Resistência, que a utilizou para destruir a base principal da Corporação e garantir um futuro para o sistema estelar.
No final, a Dag Gadol, ainda em más condições, saltou para um sistema estelar remoto. Sullivan e sua tripulação – Arth, SayMore, e a nova aliada Lyra – decidiram se aposentar. A era da pirataria espacial estava terminando. O Tesouro de Xantus não era ouro, mas a liberdade. E Sullivan, o polvo pirata, finalmente encontrara a verdadeira riqueza: a paz. A história da Dag Gadol seria lembrada, não pelas pilhagens, mas por sua contribuição na queda de um império opressor. A era de Sullivan terminara, e a era da resistência havia começado.
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