sábado, 9 de julho de 2022

Suborno em troca de apoio

Autora: Jéssica Alexandrino.

A Marcha para Jesus, evento gospel liderado pela igreja Renascer em Cristo, que acontece neste sábado (9), em São Paulo, recebeu R$ 1,7 milhão de emendas de vereadores do estado. Segundo a Folha de S. Paulo, João Jorge (PSDB) destinou R$ 1 milhão, e o Missionário José Olímpio (PL), R$ 710 mil.

Em edições anteriores, o evento recebeu o mesmo tipo de recurso. Em 2019, o vereador Gilberto Nascimento Júnior (PSC) destinou R$ 1,1 milhão. Foi neste ano que Jair Bolsonaro (PL) tornou-se o primeiro presidente a participar da festividade e discursou para o público presente.

No ano seguinte, 2020, por conta da pandemia da Covid-19, a Marcha funcionou em formato diferente, mas não deixou de acontecer. Foi feita uma carreata, que terminou com um show acompanhado de dentro dos carros. Naquela edição, Eduardo Turma, que era do PSDB e hoje é conselheiro do Tribunal de Contas do Município, direcionou R$ 400 mil por meio de duas emendas.

O presidente Jair Bolsonaro e outros políticos, como o ex-ministro e pré-candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o governador do estado Rodrigo Garcia (PSDB) estarão presentes. Já para os shows, foram confirmados alguns nomes do meio gospel, como Aline Barros, Fernanda Brum, Damares, Ao Cubo e Yudi Tamashiro.

Após dois anos acontecendo de forma adaptada, a Marcha voltou ao formato original e a concentração para o evento estava prevista para acontecer entre 7h e 10h da manhã na Avenida Tiradentes, em frente ao metrô Luz, na região central da capital paulista.

Uma oração do apóstolo Estevam abre oficialmente o evento e os fiéis saem em caminhada em direção à Praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, próximo ao Campo de Marte, na Zona Norte de São Paulo. 10 trios elétricos percorrerão os 3,5 km do trajeto e cerca de 3.500 pessoas estão envolvidas na organização.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/marcha-para-jesus-de-sp-recebeu-r-17-milhao-em-emendas-de-vereadores/

Nota: isso explica em parte porque setores evangélicos apóiam o Bolsonaro.

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