Andrew pergunta:
Você passou por um Jesusplained? Se referindo a uma pessoa sendo assediada com Jesusplaining.
Um termo que, para ser traduzido, tem que ser explicado. A base vem de mansplainig, que seria algo como “explicação do homem”. Trata-se da tentativa de um homem de elucidar algo a uma mulher, sem considerar que ela já saiba – possivelmente até mais do que ele (apud, Revista Marie Claire).
Portanto, Jesusplaining é a tentativa de um cristão de elucidar sobre Cristo, Cristianismo e Bíblia a uma pessoa não cristã, sem considerar que ela saiba, possivelmente até mais do que ele.
Andrew estende o argumento, dizendo que tanto o mansplainig quanto o Jesusplaining são desenfreados nos EUA. Eu diria que Andrew está sendo provinciano, esse péssimo hábito entre os cristãos é muito comum em qualquer país onde o fundamentalismo cristão esteja presente. Por exemplo, o Brasil.
Andrew prossegue:
O raciocínio deles é que se um ateu começa a duvidar do método científico e de sua própria experiência vivida, então talvez o incrédulo vire essa carranca de cabeça para baixo e se torne um seguidor de Cristo.
Infelizmente isso acontece. O curioso, ao menos no meu caso, é ver um ateu explicando o método científico, sem considerar que a outra pessoa saiba, provavelmente melhor do que ele. Então eu posso dizer que existe um Atheisplaining?
Eu farei uma paródia aos itens listados pelo Andrew.
1.Você nunca foi realmente um cristão.
Acredite, mas eu tive minha identidade como pagão questionada. Em algum lugar eu escrevi sobre minha experiência como ateu e, pasmem, teve quem duvidou e questionou.
2.Você só está com raiva de sua mãe e de mim.
Sim, cristãos conseguem ser um enorme inconveniente. Eu testemunhei a reação de um trabalhador cansado diante da insistência do cristão em pregar no meio do transporte público. Mas falemos de psicologia. Freud escreveu sobre a necessidade de matar a figura paternal. A base do ateísmo consiste na chamada síndrome de Édipo.
3.Você só quer pecar.
Oh, bem, as notícias estão cheias de padres e pastores cujos atos e palavras não são exatamente virtuosas. O pecado é o carro chefe do Cristianismo, sem ele, nada funciona. O equivalente, no ateísmo, é "você tem necessidade de acreditar".
4.O clero católico tem a mesma porcentagem de pedófilos que a população em geral.
Genésio se revirou no túmulo com esse tiro no pé.
O problema é que o Cristianismo parte do pressuposto de ser moralmente superior. O equivalente, no ateísmo, é o pressuposto de que ateus são mais inteligentes.
5.Não há conflito entre o método científico e a fé.
Tem outra versão mais usada por ateus que é alegar que existe conflito entre religião e ciência.
Simplesmente ignorando a história da própria ciência, repleta de teóricos que possuíam algum tipo de religião. O ateu tem obsessão pelo método científico, mas o conhecimento humano tem outros métodos de conhecimento. O método científico tem um processo realmente prático, útil e objetivo, mas não responde as perguntas que nossa espécie faz desde que surgiu no mundo.
6.A liberdade religiosa significa que os cristãos são livres para lhe dizer o que fazer.
Sim, essa é a interpretação sofrível que o cristão fundamentalista faz da liberdade de religião. O similar, para o ateu, é a liberdade de expressão. O ateu se concede a liberdade de ofender a religião, qualquer uma, todas elas.
7.Deus ama a todos - mesmo aqueles que Ele está torturando para sempre no Inferno.
Eu creio que essa parte é uma mistura de frase dita por um cristão com a contestação dita por um ateu. Sim, a frase em si mesma é contraditória e confusa. O Deus Cristão pune por algo que fazemos pela natureza com a qual Ele nos deu criou. A punição eterna por um ato ou palavra que um homem tenha cometido em sua curta e efêmera vida é cruel e sádica. O que não explica nem justifica a choradeira do ateu quanto à dor e sofrimento, inerente à existência, mas curiosamente atribuídas e acusadas como obras do Deus Cristão.
8.Nós não somos gays. Somos irmãos em Cristo.
Sim, a homofobia está presente e atuante no fundamentalismo cristão. Costuma ser usada como ferramenta política e social, para incutir pânico moral e medo, com o único intento em angariar mais prosélitos. Não obstante, Richard Dawkins foi igualmente intolerante ao disseminar transfobia.
9.Você não pode ser moral se não acredita em Deus.
Desculpe se eu estiver sendo repetitivo. As notícias estão cheias de padres e pastores cujos atos e palavras não são exatamente virtuosas. Entretanto, considerando que o ateu adota o método científico e a premissa de que algo só existe se tiver evidência, fica estranho falar em moral, algo sem evidência e que foi criado pelos povos antigos, todos religiosos.
10.O segundo mandamento e a segunda emenda dizem exatamente a mesma coisa.
Essa parte deve ser algo bem americano. O segundo mandamento (que foi ditado ao povo de Israel, não ao mundo todo) é citado de duas maneiras: a) não terás outros deuses diante de mim; b) não farás imagens de esculturas. A segunda emenda à constituição dos EUA é o direito da população de garantir a legítima defesa, pelo porte e posse de arma. Algo necessário para o momento em que lutavam pela independência, mas tornou-se um problema nacional, com os constantes tiroteios vitimando pessoas inocentes. Nos EUA isso é explicável porque a "Terra da Liberdade" tornou-se o antro e berço do fundamentalismo cristão. Não é mero acaso ou coincidência que o presidente fascista genocida (que se identifica como cristão e conservador) defenda a adoção do American Way na liberação do posse e porte de armas. Eu não tenho o equivalente no ateísmo.
Fonte: https://onlysky.media/ahall/quiz-have-you-ever-been-jesusplained/
Traduzido com Google Tradutor.
Nota: eu traduzi "explain" como explanar para reforçar o sentido de tornar algo plano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário