Na página do Pagan Square, na seção de Culture
Blogs, Steven Posh escreve um artigo intitulado “Where Were the Pagan Gods
During the Christian Centuries?”
A resposta que ele mesmo dá segue assim:
“Here we have the answer. The gods have never
deserted us. Though their groves and temples were thrown down and their worship
overthrown, they have never failed in their faithfulness to us, nor ceased to
do their sacred Work on which our lives depend.
Through all our centuries of faithlessness, they
have waited, waited for us, their people, to return.
No, the Old Gods never left us; it is we who left
Them”.
Ele cita o mito chamado Láchplesis, uma mitologia da
Letônia que, juntamente com as mitologias da Lituânia e da Prússia, faz parte
do Paganismo Moderno Báltico.
Steven Posh dá um resumo do mito:
“The Bearslayer is a fine, romping tale of love,
friendship, and treachery, filled with monsters, evil enchantresses, and
magicians. Characters include the Bearslayer's true love, daughter of Fate the
beautiful Laimdota, his best friend the hero Koknesis, and Kangars, the
traitorous pagan priest who seeks to betray his people to the Christians.
The Bearslayer rallies the people and fights the
good fight, protecting Latvia from enslavement for many years, but in the end
he himself is betrayed.
Through the treachery of Kangars, the renegade pagan
priest, the Black Knight learns the secret of the Bearslayer's strength: his
furry bear's ears.
In a sword fight, he lops off both ears. As they
grapple, locked together, they topple from a cliff into the waters of the
mighty Daugava, and are never seen again.
So begins Latvia's 700 years of enslavement to a
foreign people and a foreign creed”.
Eu estudei bastante a História Antiga e a História
do Cristianismo. Eu li o livro “Paganismo e Cristianismo” de Jocelyn Nigel
Hillgarth. Eu li “O Livro Negro do Cristianismo” de Laura Malucelli, Jacopo Fo
e Sergio Tomat. Recentemente, eu li “Assim na Terra Como no Céu”, de Mário
Jorge da Motta Bastos que mudou bastante a forma como eu encarava o processo de
supressão das religiões antigas pelo Cristianismo após esta tornar-se a única
religião oficial do Império Romano. O livro indica fontes históricas demonstrando
que o Cristianismo encontrou resistência, especialmente no meio rural, algo que
é parcialmente explicado no livro “Bruxaria e História”, de Carlos Roberto Figueiredo
Nogueira e no livro “O Imaginário da Magia”, de Francisco Bethencourt.
Conclui-se, então, que existiu resistência contra a
imposição do Cristianismo. Com o surgimento do Paganismo Moderno e de grupos de
reconstrução cultural, diversos países europeus buscaram resgatar suas raízes,
suas origens e suas religiões originais. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o
advento da Contracultura tornou-se o caldeirão de onde surgiram inúmeras
espiritualidades alternativas, no movimento chamado de Nova Era, tornando-se
extremamente fértil para o Paganismo Moderno e a Wicca.
Rapidamente, o Mercado tratou de transformar essas
religiões em mais um produto comercializado, com revistas e cursos sobre a
Wicca. Palco ideal para farsantes, vigaristas e falsários onde alguns, por meios
misteriosos, até conseguiram obter o treinamento e iniciação formais em uma
tradição wiccana. Eu passei vários anos tentando esclarecer o público sobre os
princípios e valores da Wicca Tradicional, sem sucesso. O Cristianismo não
sobreviveu depois da mutação feita por Paulo de Tarso. Se a Wicca vai sobreviver,
é problema dos wiccanos. Eu sigo resistindo, pelos Deuses Antigos e por meus
Ancestrais.
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