Criado por volta de 1959 e publicado em 1961, os "gauleses irredutíveis" chegaram no Brasil na década de 80, século XX. A ideia dos quadrinhos envolve uma aldeia fictícia gaulesa que resiste ao domínio romano, os protagonistas principais são Asterix e Obelix. Em minha inocência eu achava engraçado, mas eu tenho que dizer que não eram historicamente corretos. Asterix foi criado na França do pós-guerra, então tal como outros quadrinhos [por exemplo, os americanos], os personagens foram criados para tentar animar os franceses. Em uma página de resenhas, Asterix é tido como uma obra feita como uma crítica ao imperialismo, talvez o americano, mas é incoerente, afinal a França também foi imperialista e tem em seu histórico a vergonhosa fase do governo de Vichy, quando colaboraram para o Nazismo.
Vamos a alguns esclarecimentos: os Romanos deram o nome de Gália a uma extensa região, não obstante, era subdividida em outras regiões e era habitada por diversos povos, oriundos dos Celtas [que também é um composto de diversos povos que tinham em comum a língua e a religião].
Entretanto a França ganhou o nome depois que foi conquistada pelos Francos, uma das muitas tribos Germânicas, tal como os Anglos e Saxões, que conquistaram a Bretanha e, juntamente com os Romanos, deram forma à Grã-Bretanha. Aliás, a história da Inglaterra e da França se misturam e se entrelaçam em muitos momentos.
Outros povos de origem germânica são os Lombardos, que dominaram a Itália por muito tempo e os Alemães, povos que tem cultura predominante na Áustria, Suíça e Alemanha. Outro povo de origem Germânica são os Godos, que conquistaram a Ibéria e influenciaram na origem de Portugal e Espanha.
A conclusão mais óbvia é que os atuais habitantes da Europa são miscigenados e são imigrantes, afinal, não nasceram na região, vieram de outras regiões e isso deve deixar o Caturo irritado, mas fatos vem antes de ideologias.
Apenas por curiosidade, a representação dos franceses no mundo da Arte [quadrinhos e cinema] é bem variável. Ora são vistos como irreverentes, ora são vistos como covardes. Eu creio que falar francês ainda é visto como sinal de sofisticação e elegância. No mundo da moda, a costura francesa é referência. Os filmes franceses são consumidos com avidez pelos intelectuais. A literatura francesa é bem eclética, quando não é polêmica, como as obras do Marquês de Sade.
O que eu espero dos franceses e dos europeus em geral é que vejam como francês todo aquele que nasceu ou mora na França. A Europa deve erradicar o racismo e a xenofobia. A Europa deve erradicar o neonazismo e o neofascismo.
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