Em 2012 a Editora Madras publicou um verdadeiro tesouro para
todo estudioso e praticante de magia e bruxaria: “Três Livros de Filosofia
Oculta”, de autoria de Heinrich Cornelius Agrippa von Nettesheim.
Três Livros de Filosofia Oculta possui um amplo repertório
mágico, o qual tem influenciado os ocultistas por cinco séculos. Este clássico
da literatura oculta foi publicado pela primeira vez em 1531 e traduzido para o
inglês em 1651, porém nunca na íntegra. Agora - pela primeira vez em 500 anos -
Donald Tyson apresenta esses escritos da forma como Agrippa gostaria que eles
fossem exibidos e com as correções dos equívocos cometidos na tradução
original.
Nesta obra, reúnem-se extratos sobre a magia dos trabalhos
desconhecidos de Pitágoras; Plínio, o Velho; Cícero; Ptolomeu; Platão;
Aristóteles e muitas outras autoridades no assunto.
As anotações detalhadas de Donald Tyson esclarecem e
simplificam as referências de difícil compreensão, além de ele acrescentar
citações originais, a fim de tornar o trabalho de Agrippa mais acessível para o
leitor moderno. Também são descritos todos os modos de trabalhar com
adivinhação e magias natural e cerimonial de uma forma clara e com detalhes
úteis para as técnicas atuais. Trata-se, enfim, de uma obra essencial para
todos os estudantes das histórias das idéias e da tradição ocultas. [Saraiva]
Heinrich Cornelius Agrippa von Nettesheim (Colônia, 14 de
Setembro de 1486 — Grenoble, 18 de Fevereiro de 1535) foi um intelectual
polemista e influente escritor do esoterismo da Renascença. Interessou-se pela
magia, ocultismo, alquimia, astrologia e demais curiosidades esotéricas. Pelo
que deixou escrito, é considerado o primeiro intelectual feminista. Esteve ao
serviço de Maximiliano I devotando o seu tempo ao estudo das ciências ocultas.
Cornelius Agrippa foi o autor do livro mais abrangente e
mais conhecido sobre magia e todas as artes ocultas: De occulta philosophia
libri tres / Três Livros de Filosofia Oculta. Mais para o fim da sua vida
voltou-se contra as curiosidades e práticas esotéricas, mas também contra as
mais respeitáveis e estabelecidas formas de conhecimento científico: De
incertitudine et scientiarum vanitate et Artium, atque Excellentia Verbi Dei,
declamatio invectiva. Uma declamação invectiva sobre a incerteza e vanglória
das ciências, 1526. Proclamou-se a favor do cepticismo e da simples devoção
fideísta. Em 1529 escreve: De Nobilitate e Praecellentia Foeminei Sexus, onde
argumenta que o sexo feminino é superior e não meramente igual ao masculino.
Em seu próprio século, foi muitas vezes denunciado como
perigoso e herético. De occulta philosophia foi muito lida por estudantes dos
mais recônditos e menos respeitáveis ramos da filosofia natural e ciências
ocultas. Alguns deles buscaram alternativas para a filosofia aristotélica
natural ensinada nas universidades. Outros procuraram caminhos menos
convencionais, como o sucesso em operações alquímicas ou a capacidade de usar
segredos mágicos para controlar tanto o mundo natural como o mundo dos espíritos.
É intrigante como este autor assumiu posições tão antagónicas. Inicialmente
muito crédulo em relação à magia, alquimia e astrologia, e posteriormente um
grande céptico, incluindo em relação ao seu próprio trabalho mágico.
Cornelius Agrippa fornece uma demonstração clara da grande
agitação intelectual que se tinha apoderado dos humanistas da Renascença, ao
recuperarem as obras dos antigos. Isto incluía não apenas os autores clássicos
considerados "respeitáveis" pelos modernos, mas também um vasto corpo
de antigos (ou pseudo-antigos) textos que alegadamente ofereciam a sabedoria
das origens, de uma alegada civilização humana chamada prisca theologia. Eram
textos herméticos do antigo Egito, Oráculos Caldeus, escritos de Zaratustra,
ensinamentos atribuídos a Pitágoras e supostamente repassado dele para Platão e
seus seguidores. Agrippa foi um dos principais especialistas de seu século
sobre este tipo espiritual e teosófico da sabedoria antiga. [Wikipédia]
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