quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Senso comum não é métrica

Ao fazer a leitura dos artigos no Patheos Pagan, eu vi o texto do John Beckett falando sobre o problema do senso comum, analisando e criticando o texto de Anthony Costello falando sobre as vinte "verdades" do senso comum que as pessoas odeiam.
A análise e crítica do John foi mal feita, ele abordou apenas três temas que ele considerou sensíveis sem falar da questão principal: a lista é baseada na conceituação, visão e interpretação do Anthony do que ele considera ser senso comum. O senso comum é a maneira de pensar da maioria das pessoas, correspondendo a algumas noções que são, via de regra, admitidas por boa parte dos indivíduos. Aqui no Brasil, Nelson Rodrigues disse: toda unanimidade é burra.
John anota, chateado, que Anthony passou de um tratamento amistoso para o comportamento típico do cristão fundamentalista, quando ele tocou em um termo factual, mas sensível: pessoas transgênero são pessoas reais, existentes e passam por uma redesignação sexual por terem nascido em condições de pessoa intersexual. Homens e mulheres trans são homens e mulheres, isso é fato, não crença ou opinião. Eu tenho muita experiência nesse sentido e eu sei que entrar em um espaço de comentários em páginas feitas ou direcionadas a cristãos fundamentalistas não é um espaço feito para diálogo ou debate.
A intenção de Anthony é evidente de usar o senso comum como um subterfúgio para anunciar seus próprios (pré)conceitos e doutrinar a audiência. O problema é que não existe um senso comum sobre a Bíblia ou Cristo. Mas é habitual, entre pregadores, usar um tema para arrebanhar prosélitos.
Recuse. Resista.

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